Seminário

Reflexões decoloniais sobre as cidades contemporâneas na ótica de pesquisadoras negras brasileiras

Cintia Ataliba Domingos

Mariana Panta

Vitória Régia Izaú

3 de novembro de 2017, 15h00

Sala 1, CES | Alta

Moderação: Bruno Sena Martins (CES)


Resumo

Neste seminário, serão apresentados dados preliminares sobre as teses em desenvolvimento , que trazem temas a respeito da construção histórica das cidades brasileiras, tendo como pano de fundo as críticas a respeito do modelo de desenvolvimento com lógicas importadas que expulsou grandes parcelas da população pobre, sobretudo negra, para localidades socialmente marginalizadas, dando origens aos aglomerados urbanos. A permanência das opressões de classe-raça-gênero, criminalização da pobreza, violência do Estado, com notório rebatimento da colonização, serão abordados com focos distintos, propiciando um espaço de diálogo para ampliação de olhares sobre os fenômenos urbanos que considerem as epistemes, saberes, vivências dos sujeitos sociais que precisam ter reconhecidos a voz e a vida. O Seminário pauta-se na ecologia de saberes e na relevante contribuição do pensamento decolonial a fim de fortalecer a luta anti-racista, anti-patriarcal, anti-machista e  pela Democracia no Brasil.


Notas biográficas

CINTIA ATALIBA DOMINGOS: É natural da cidade de Viçosa no Estado de  Minas Gerais. Arquiteta e Urbanista, Mestre em Engenharia Civil pelo Departamento de Engenharia Civil da Universidade Federal de Viçosa (UFV) desde 2010. Profissionalmente atua como Arquiteta do Campus da Universidade Federal de Viçosa/MG. No momento está licenciada temporariamente desde 2015 pelo programa de treinamento e capacitação de pessoal da UFV para desenvolver o curso de doutoramento no Departamento Arquitetura da Universidade de Coimbra, em Portugal, onde elabora sua tese sobre feminismo e arquitetura (mulheres e cidade), orientada porJorge Manuel Fernandes Figueira Ferreira e coorientada por Tiago Castela.

MARIANA PANTA: É natural da cidade de São Paulo, Estado de São Paulo e atualmente reside em Londrina, Estado do Paraná. Bacharel em Educação Física e Licencianda em Sociologia. Mestre em Ciências Sociais pela Universidade Estadual de Londrina (UEL). Doutoranda em Ciências Sociais pela Universidade Estadual Paulista (UNESP/Marília), sob a orientação de Edemir de Carvalho. Realiza Estágio de Doutoramento no Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra, Portugal (CES/UC), como bolsista do Programa de Doutorado Sanduíche no Exterior (PDSE/CAPES), sob a supervisão de Giovanni Allegretti. É pesquisadora do Laboratório de Cultura e Estudos Afro-Brasileiros (LEAFRO/UEL), no qual trabalha na produção de bibliografia em conformidade com a Lei 10.639/03. Atua nos seguintes temas: Relações Raciais, Segregação Urbana e Racial, Racismo, Políticas de Ações Afirmativas e Trajetórias de Personalidades Negras.

VITÓRIA RÉGIA IZAÚ: É natural do Rio de Janeiro e ex-moradora da favela da Rocinha, onde viveu 26 anos. Atualmente reside na cidade de Belo Horizonte. É bacharel em Serviço Social pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). Tem mestrado em Educação pela Faculdade de Educação na Universidade Federal de Minas Gerais (FAE/UFMG), onde desenvolve a tese “Insurgências urbanas e Direito à cidade na perspectiva de ativistas atuantes em Belo Horizonte”, no programa de Doutoramento Educação e Inclusão Social, na linha: Educação, Cultura, Movimentos sociais e Ações Coletivas, sendo orientada por Rogério Cunha Campos. Desenvolve Estágio Doutoral no Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra, orientada por Bruno Sena Martins. É bolsista CAPES do Programa Abdias Nascimento voltado para pesquisadores negros e indígenas. Em Belo Horizonte é ativista do coletivo Pretas em Movimento. Tem experiências na abordagem de temas como: Educação popular em Periferias Urbanas, Diversidade e Relações Raciais, Juventude e Educação, Elaboração de metodologias para crianças e jovens nos aglomerados urbanos, Direito à Cidade.