Seminário ECOSOL-CES

Resistir à barbárie que vem: experimentações cosmopolíticas de re-existência

Alyne Costa (Doutoranda PUC-Rio/FAPERJ)

12 de janeiro de 2018, 17h00

Sala 2, CES | Alta

Resumo

Se a catástrofe ecológica de nosso tempo dota a célebre frase de Fredric Jameson (1994) – “é mais fácil imaginar o fim do mundo que o fim do capitalismo” – de um sentido assustadoramente realista, o que significa resistir? Nesta apresentação, discutirei uma concepção de “resistência” que, mais que denotar uma objeção, aponta para novas possibilidades de viver, pensar e agir – re-existir, segundo o neologismo cunhado por Viveiros de Castro (2015) – na e com a T(t)erra e os demais seres que a coabitam. Esta concepção ampliada – que chamo, a partir do conceito de Isabelle Stengers (2003), de resistências cosmopolíticas, por considerarem no fazer político a agência de seres que não apenas os humanos – é pensada a partir de diversas experiências de “coabitação”, que vão desde as praticadas por povos tradicionais até fenômenos recentes de neo-campesinato, passando por criações no campo teórico que visam abrir espaço para novos imaginários sobre outros mundos possíveis.


Nota biográfica

Alyne Costa é doutoranda em Filosofia na PUC-Rio com pesquisa sobre Filosofia e a Questão Ambiental, na qual investiga as mobilizações humanas e outras-que-humanas de resistência política ao colapso ecológico. Atualmente está em estágio doutoral em Filosofia na Université Paris Ouest Nanterre La Défense. Possui graduação em Comunicação Social pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) e mestrado em Filosofia pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio). É Bolsista Nota Dez da FAPERJ (2016-2018).