Visita guiada à exposição

Da Cartografia do Poder aos Itinerários do Saber

29 de março de 2012, 18h30

Museu da Ciência da Universidade de Coimbra

No âmbito das Comemorações do Ano de Portugal no Brasil

Co-organização: CES/Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra


Enquadramento

Esta exposição enquadra-se nas comemorações do centenário da Faculdade de Ciências da Universidade de Coimbra, criada na sequência da implantação da República em 1910, e é o leitmotiv para a evocação do momento fundacional desta instituição, cuja origem remonta ao ano de 1772, data em que são criadas, ex nuovo, as Faculdade de Filosofia e a Faculdade de Matemática. É a partir do espaço em branco criado pelo terramoto de 1755 e com a expulsão dos jesuítas em 1759, que o Ministro Sebastião José de Carvalho e Melo, Marquês de Pombal, irá lançar as bases da laicização da sociedade portuguesa, com base na refundação da Universidade de Coimbra e a concomitante introdução do ensino das ciências ao nível da educação superior.

Neste contexto, assume especial importância a vinda de professores italianos para leccionarem nas Faculdade recém criadas. Transferidos do malogrado projecto do Colégio dos Nobres de Lisboa, os professores contratados em Itália (Pádua), nomeadamente Giovanni Dalla Bella, Domingos Vandelli ou Michele Franzini, são eixos de ligação privilegiados entre o continente americano, Portugal e Itália. Destaca-se ainda a personalidade de Miguel Ciera, engenheiro italiano chamado a Portugal para participar nos trabalhos de delimitação das possessões portuguesas no Brasil.

O legado destes professores, e o valioso património científico reunido no âmbito das derivas e confluências entre Portugal e Brasil, são os elementos catalisadores Da Cartografia do Poder aos Itinerários do Saber.

Um elenco constituído por 18 autores contemporâneos redesenha um itinerário com as seguintes coordenadas:
A viagem enquanto processo de (des)construção do conhecimento: do mapeamento do mundo às cosmovisões pragmáticas e utilitaristas do homem e da natureza. Os seres naturais enquanto símbolos culturais são eles mesmos propostas de interpretações do mundo.
Conhecer é o acto de preservar, disseminar, miscigenar e dominar.

O mapa é o território: a partir do ideário iluminista saber & poder desenham-se Atlas físicos e humanos que materializam a noção de alteridade, equacionada no olhar estrangeiro do exótico.

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