Seminário Internacional
Espectáculo/Cidade/Teatro: as Representações da Cidade entre o Espectáculo e a Cena Teatral Contemporânea Luso-Brasileira

1 a 3 de Julho de 2009, Sala de Seminários do CES


Notas Biográficas

Abel Neves
Dramaturgo, poeta e romancista, com vasta obra em Portugal e muitas colaborações no estrangeiro, é autor das peças para teatro Amadis, Anákis, Touro, Terra, Medusa, Atlântico, Finisterrae e Arbor Mater, El Gringo, Lobo-Wolf e, mais recentemente, Inter-rail e Além as Estrelas são a nossa Casa. Autor, também, de textos para televisão, publicou o seu primeiro romance, Corações Piegas, em 1996 (Cotovia), seguido de Asas para que vos quero (1997). Em 1998 publica o livro de poesia Eis o Amor a Fome e a Morte e em 2002 um volume de ensaios, Algures entre a resposta e a interrogação ambos na Cotovia.

Ana Raquel Lourenço Fernandes
Pós-Doutoramento na área de Estudos Literários no Centro de Estudos Anglísticos da Universidade de Lisboa – CEAUL com um projecto intitulado “O conto na escrita de autoras contemporâneas inglesas e portuguesas como modo de construção de uma nova identidade: definindo e comparando o feminino na contemporaneidade / The Short Story in Contemporary British and Portuguese Women’s Writing and the Construction of a New Identity: Defining and Comparing Women Nowadays. 

António Pedro Pita
Professor catedrático da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra.
Professor visitante na Universidade de Santiago de Compostela e na PUC – Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro.
Investigador do Centro de Estudos Interdisciplinares do Século XX, da Universidade de Coimbra onde coordena o grupo de investigações sobre “Correntes artísticas e movimentos intelectuais”. Integra o Grupo de Pesquisa “Intelectuais e Poder no Mundo Iberoamericano”, com sede na Universidade do Estado do Rio de Janeiro e pertence ao Conselho Consultivo da sua revista electrónica, Intellectus.
Membro do Conselho Científico do Centro de Estudos Ibéricos.
Pertence aos Conselhos editoriais da Revista Filosófica de Coimbra e de Estudos do Século Vinte.
O seu trabalho desenvolve-se no âmbito da filosofia contemporânea, estética e cultura portuguesa (séculos XIX e XX).
Entre outros, publicou os seguintes livros: O aprendiz do mundo e outros fantasmas, Coimbra, 2007; Conflito e unidade no neo-realismo português, Porto, 2002; Edição crítica da obra integral de Bento de Jesus Caraça – vol. I: Cultura e emancipação, 1929-1933, Porto, 2002; A experiência estética como experiência do mundo, Porto, 1999.
Actualmente, é Director Regional de Cultura do Centro. 

Armando Nascimento Rosa
É um dos dramaturgos portugueses vivos mais representados, com catorze produções de peças suas desde a estréia cênica ocorrida em 2000 pela Comuna – Teatro de Pesquisa, com Lianor no país sem pilhas, obra distinguida com o Premio Revelação Ribeiro da Fonte, em 2000. É autor de doze livros, dez dos quais constituídos por peças de teatro originais, e dois volumes de ensaio: Falar no Deserto – Estética e psicologia em Samuel Beckett (2000), e As Máscaras Nigromantes – Uma leitura do teatro escrito de António Patrício (2003), editado pela Assírio & Alvim. De entre as suas peças encenadas e/ou publicadas, contam-se os títulos: Visita na Prisão ou O último sermão de António Vieira (2009); Antígona gelada (2008); Cabaré de Ofélia (2007); O eunuco de Inês de Castro – teatro no país dos mortos (2006); Maria de Magdala (2005); Nória e Prometeu – palavras do fogo (2005); O túnel dos ratos (2004); A última lição de Hipátia (2004); Um Édipo (2003); Audição – com Daisy ao vivo no Odre Marítimo (2002); e Espera apócrifa (2000). Tem peças publicadas em livro em Espanha e nos E.U.A, nomeadamente: El eunuco de Inês de Castro (tradução castelhana de Antonio Sáez Delgado) e An Oedipus – The untold story (tradução inglesa de Luis Toledo), num volume editado pela Spring Journal Books (Nova Orleães), com ensaios críticos de Marvin Carlson e de Christine Downing, e prefácio de Susan Rowland. Esta peça em tradução inglesa foiencenada em Londres por Pippa Guard, em 2006, estreada no Queen Anne Court/The University of Greenwich. Das estruturas teatrais com as quais tem colaborado como autor dramático, destacam-se: Comuna-Teatro de Pesquisa; Cendrev – Centro Dramático de Évora; Cassefaz/Teatro Maria Matos; Teatro O Bando; Teatro da Trindade; TEF – Companhia de Teatro do Funchal; Martin E. Segal Theatre Center (City University, Nova Iorque); Teatro del Astillero (Madrid); e StoneCrabs Theatre Company (Londres). Na qualidade de libretista, em parceria com o compositor Hugo Ribeiro, venceu a 2ª edição do concurso Ópera em Criação, promovida pela Ópera-estúdio de Lisboa e pelo Teatro São Luiz, em 2008, com o libreto da ópera curta As duas mulheres de Sigmund Freud, a que se segue a ópera extensa Os mortos viajam de metro, com música do mesmo compositor, a estrear em 2010 no Teatro São Luiz. Doutorado em Literatura Portuguesa Dramática do século XX, pela Universidade Nova de Lisboa, é professor adjunto, na área de Teoria e Dramaturgia, na Escola Superior de Teatro e Cinema do Instituto Politécnico de Lisboa, desde 1998.A primeira obra dramática que escreveu, Goiânia ou Uma Nova Caixa de Pandora, foi Menção Honrosa no Prémio Alves Redol de Teatro, em 1988. Fez crítica de teatro na imprensa escrita, em finais da década de 80, e recebeu o Prémio de Melhor Jovem Crítico – 1989, concedido pela revista Actor. Iniciou uma actividade profissional como dramaturgista em 1990, na companhia Teatro da Politécnica, em Lisboa, a convite do seu fundador, o encenador Mário Feliciano.
A sua mais recente peça publicada, Visita na prisão ou O último sermão de António Vieira, foi duplamente distinguida com o Prémio Albufeira de Literatura 2008 e a Menção Honrosa da 2ª edição do Prémio Luso-Brasileiro de Dramaturgia António José da Silva.

Berta Teixeira
Actriz; Licenciada em Sociologia pela Universidade de Coimbra (1996); Mestre em Estudos de Teatro pela Universidade de Lisboa e Diplomada (D.E.A.) pela Universidade Paris VIII Vincennes-Saint Denis na Área de Estudos: Esthétiques, Technologies et Créations Artistiques (2001); Como doutoranda na especialidade de Sociologia da Cultura, Conhecimento e Comunicação sob a orientação de João Arriscado Nunes (2005) desenvolve uma investigação sobre os processos criativos nas artes performativas enquanto dinâmicas de constelações porosas; Estudante associada do NECTS (Núcleo de Estudos sobre Ciência, Tecnologia e Sociedade) do CES (Centro de Estudos Sociais) e Bolseira do Instituto de Investigação Interdisciplinar (2007/2008), entidades afectas à Universidade de Coimbra, Portugal. Participou como encenadora-estagiária (2008) no projecto Auto-Peças (20º aniversário) da Cia dos Atores-Brasil. Concebeu e coordena, desde 2007, a residência de troca m.a.r.e.s. em Benguela-Angola. 

Carlos Fortuna
Ph. D. em Sociologia (State University of New York – Binghamton - 1989), é Professor Catedrático da Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra e Investigador Permanente do Centro de Estudos Sociais. Coordenador científico dos Programas de Mestrado e Doutoramento em "Cidades e Culturas Urbanas".
Áreas de interesse: Culturas urbanas; Turismo, patrimônios e memórias; Identidades e imagens das cidades.
É autor de vários livros e a sua publicação mais recente é “A internacionalização da sociologia: Notas sobre a globalização e a disciplina sociológica" (2008).

Claudino Ferreira
Doutorado em Sociologia (FEUC - 2006).
Professor Auxiliar da Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra e Investigador do Centro de Estudos Sociais, onde integra o Núcleo de Estudos sobre Cidades e Culturas Urbanas.
Coordenador Executivo dos Programas de Mestrado e Doutoramento em "Cidades e Culturas Urbanas".
Diretor Adjunto da Revista Crítica de Ciências Sociais.
Áreas de interesse: Cidades e culturas urbanas; Práticas e políticas culturais; Intervenção cultural nas cidades; Turismo, lazer e estilos de vida.
É autor de várias publicações sobre essas áreas, em torno das quais tem desenvolvido investigação.

Ingrid Dormien Koudela
Livre Docente pela ECA/USP e pesquisadora pelo CNPq, é Docente do Curso de Pós-Graduação em Artes Cênicas na ECA/USP e do Curso de Licenciatura em Teatro da UNISO - Universidade de Sorocaba, onde atua como encenadora, tendo encenado os seguintes espetáculos: Nós Ainda Brincamos como vocês brincavam? (2006); Peixes Grandes comem peixes pequenos (2007)Chamas na Penugem (2008).
Autora de JOGOS TEATRAIS (Perspectiva, 2002) é tradutora e introdutora do Sistema de Jogos Teatrais no Brasil. Pesquisadora de Brecht, com ênfase na Peça Didática, publicou vários volumes de sua autoria propondo uma abordagem alternativa para o ensino/aprendizagem da linguagem teatral e do texto literário: Em parceria com o Prof. Dr. Jacó Guinsburg publica sua tradução da obra de Georg Büchner, GEORG BÜCHNER. NA PENA E NA CENA (Pespectiva, 2004), pela qual os autores receberam o Premio Jabuti, em 2005. 
Colaboradora com vários verbetes no DICIONARIO DE TEATRO BRASILEIRO (Koudela, Ed. Perspectiva, 2006). Organizadora do volume HEINER MÜLLER. O ESPANTO NO TEATRO (Perspectiva, 2003) através do qual expande as suas pesquisas sobre o teatro alemão.
Coordenadora do Grupo de Trabalho – Pedagogia do Teatro e Teatro na Educação da ABRACE – Associação Brasileira de Pesquisa e Pós-Graduação em Artes Cênicas, com publicações de textos para os Anais da ABRACE e da IDEA – International Drama and Theatre in Educacion Association além de outras, a nível internacional.

Ivam Cabral
Mestre em Prática Teatral pela Escola da Universidade de São Paulo, é formado em Artes Cênicas pela Pontificia Universidade Católica do Paraná.
Nascido em Ribeirão Claro/PR, fundou em 1989, juntamente com Rodolfo Garcia Vàzquez, a Cia de Teatro Os Sátiros, uma das mais importantes trupes do teatro brasileiro.
Como ator, participou do elenco de vários espetáculos; recebeu inúmeros prêmios e atuou em diversos países europeus.
Publicou pela coleção Aplauso, da Imprensa Oficial de São Paulo, o livro “O teatro de Ivam Cabral- quatro textos para um teatro veloz” e pela Fundação de Cultura de Curitiba as obras “Cartazes do teatro Paranaense” e “Cinco Biografias do Teatro Paranaense”.
Compositor musical criou a trilha do teleteatro “O Vento nas Janelas” da TV Cultura de São Paulo e foi gravado por Alaíde Costa e Zeca Baleiro entre outros. Desde 1997 escreve, produz e apresenta o programa “Os cantos de Portugal” pela rádio Paraná Educativa de Curitiba, sobre música e poesias portuguesas.
Também escreve para televisão, onde assina os roteiros do programa “Direções- por uma Novo Caminho na Teledramaturgia” da TV Cultura de São Paulo.

Jaime Rocha
Nasceu em 1949. Estudou na Faculdade de Letras de Lisboa. Viveu exilado em França alguns anos até Abril de 1974. Foi jornalista durante mais de três décadas. Tem editadas várias obras de poesia, ficção e teatro. Obteve os prémios: Grande Prémio APE de Teatro, 1998 (O Terceiro Andar); Prémio Eixo Atlântico de Textos Dramáticos, 1999 (Seis Mulheres Sob Escuta); Selecção para o Prémio Europeu de Teatro, Berlim, 1994 (O Construtor); Grande Prémio de Teatro Português SPA/Teatro Aberto, 2004 (Homem Branco, Homem Negro); em 2008 recebe o Prémio de Ficção do Pen Clube, com o romance “Anotação do Mal”.
Obras representadas: A Repartição, 1989, pelo Grupo de Teatro da Faculdade de Ciências de Lisboa; Depois da Noite o Quê?, 1998, pelo Teatro de Carnide; Casa de Pássaros, 2001, pelo Teatro Experimental de Cascais; O Televisor, 2001, pelo Teatro Mosca (Cacém); Tansviriato, 2001, pelo Trigo Limpo/Teatro ACERT (Tondela); O Jogo da Salamandra, 2001, pela Comuna e Teatro Público (Lisboa); Seis Mulheres Sob Escuta, 2003, uma produção do Teatro da Trindade, (Lisboa) e 2007, pelo Grupo de Teatro da Faculdade de Letras do Porto; Quinze Minutos de Glória, 2003, pelo GRETUA, Grupo Experimental de Teatro da Universidade de Aveiro e O Terceiro Andar pelo Grupo de Teatro da Biblioteca da Nazaré. Em Janeiro de 2004 estreia-se a peça Homens Como Tu, pela Companhia de Teatro Útero (Lisboa). Em 2005, o Teatro Aberto leva a cena Homem Branco, Homem Negro, peça que foi representada nos festivais internacionais de teatro de Mulheim e Wiesbaden. Em 2006 estreia O Mal de Ortov, pelo Teatro ACERT (Tondela) e Morcegos pelo teatro O Bando (Palmela), peça que foi objecto de encenações, em 2007, nas cidades de Londres, Amesterdão e Lille.

Jorge Louraço Figueira
é autor das peças «O Espantalho Teso» (Edições Cotovia, produção Teatro Nacional de São João, 2001), «Auto da Revisitação», com Pedro Eiras (produção TNSJ, 2002), «Xmas qd Kiseres» (Campo das Letras, produção O Teatrão, 2002), «Flash Motel» (produção ESMAE, 2004) e «Cabaré da Santa», com Reinaldo Maia (Revista Magma, produção Folias, 2008). Escreveu também «Verás que tudo é verdade», a história da primeira década de vida do Folias, e é um dos críticos teatrais do jornal Público (http://estadocritico.wordpress.com/). Colabora regularmente com os grupos Art'imagem (Porto), O Teatrão (Coimbra) e Folias (São Paulo).
Formado em relações internacionais e em antropologia social, participou na Oficina de Escrita Teatral dirigida por Antonio Mercado no Dramat (TNSJ), no Porto, em 1999-2000; no Seminário Traverse Theatre / Artistas Unidos, em Lisboa, em 2002; na residência internacional do Royal Court Theatre, em Londres, em 2003; e no Seminário de Escrita Teatral dirigido por José Sanchis Sinisterra no Teatro Nacional Dona Maria II, em Lisboa, em 2007. É docente da Escola Superior Artística do Porto, desde 2000, da ESMAE, desde 2003, e do Balleteatro Escola Profissional, desde 2005.

José Antonio Bandeirinha
É arquiteto pela Escola Superior de Belas-Artes do Porto (1983). Exerce profissionalmente e é professor associado do Departamento de Arquitetura da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra, onde se doutorou em 2002 com uma dissertação intitulada O Processo SAAL e a Arquitetura no  25 de Abril de 1974.
Tomando como referência central a arquitetura e a organização do espaço, tem vindo a dedicar-se ao estudo de diversos temas — cidade, teatro, cultura.
É investigador do Centro de Estudos Sociais. É Pro- Reitor para a Cultura da Universidade de Coimbra.

José Simões de Almeida Junior
Graduado em Biologia pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas (1983); Bacharelado em Microbiologia e Imunologia pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas (1984); Graduação em Artes Cênicas pela Universidade Estadual de Campinas (1991); Mestrado em Comunicação e Semiótica pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (2001); Doutorado em Artes pela Universidade de São Paulo (2007), Pós-doutorado pela Universidade de Coimbra (2008). Professor Titular da Universidade de Sorocaba; Professor Adjunto das Faculdades de Valinhos e Diretor Teatral. Experiência na área do Teatro (direção, dramaturgia e formação profissional) e na Educação (Docência, Pesquisa, Orientação, Administração com foco no desenvolvimento de Projetos de Extensão). A produção cientifica tem como objeto o Espaço e o Lugar Teatral com interfaces na Educação, Sociologia, Comunicação e Cultura. Atualmente (2008-2010) realiza o projeto de pesquisa "Lugar teatral e a cidade - um estudo do imaginário social dos teatros de Portugal" no CES (Centro de Estudos Sociais), da Universidade de Coimbra (Portugal), como bolsista da FCT (Fundação de Ciência Tecnologia), sob supervisão do Prof. Dr. Carlos Fortuna.

Maria Amélia Jundurian Corá
Possui graduação em Administração pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (2003) e mestrado em Administração pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (2006). Atualmente é consultora do Instituto Via Publica e concursado da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. Tem experiência na área de Administração, com ênfase em Gestão Social, atuando principalmente nos seguintes temas: sustentabilidade, responsabilidade social, sociedade, empresa cidadã, políticas públicas, economia solidária e desenvolvimento local.
Realiza Doutorado Sanduíche no Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra de janeiro a julho de 2009 com bolsa CNPQ.

Maria Angélica Alberto
possui graduação em Ciências Sociais pela Universidade Federal do Pará (1979), mestrado em Educação pela Universidade Federal do Pará (1997) e doutorado em Educação pela Universidade Federal de Minas Gerais (2004). Atualmente é professor Associado II da Universidade Federal do Pará. Atua como professora na Graduação e na Pós-Graduação em Ciências Sociais desta Universidade. Tem experiência na área de Sociologia, com ênfase em Sociologia do Trabalho, atuando principalmente nos seguintes temas: empregabilidade, formação/qualificação profissional, mercado de trabalho e trabalho imaterial.

Mirian Tavares
Com formação acadêmica nas Ciências da Comunicação, Semiótica e Estudos Culturais (doutorou-se em Comunicação e Cultura Contemporâneas, na Universidade Federal da Bahia), tem desenvolvido o seu trabalho de investigação e de produção teórica, em domínios relacionados com o Cinema, a Literatura e outras Artes, bem como nas áreas de estética fílmica e artística.
Como professora da Universidade do Algarve, participou na elaboração do projeto de licenciatura em Artes Visuais, coordenando, presentemente, o doutoramento e o mestrado em Comunicação, Cultura e Artes. É membro do CIAC (Centro de Investigação em Artes e Comunicação), financiado pela FCT.
Foi assessora do Secretário de Estado da Cultura do Estado de Sergipe, no Brasil, onde coordenou diversas atividades culturais.       
Entre outras colaborações internacionais destacam-se as funções exercidas como professora convidada da Universidad Europea de Madrid, onde assegurou ciclos de conferências na área das relações entre as vanguardas históricas e o cinema. Por sua vez, na Universidad Complutense de Madrid lecionou alguns seminários sobre Literatura e Cinema. Participa ainda numa plataforma digital de produção e divulgação de documentários científicos e culturais num projeto internacional, sediado nesta instituição universitária espanhola. Comissariou, também, em Barcelona, uma mostra de cinema para o ciclo “Cinema a la Pedrera”, da Fundação Caixa Catalunya, fundação na qual participou, ainda, em actividades educativas durante a Exposição da obra do Malevich, falando da relação deste artista com o cinema.
Da sua obra publicada destacam-se a coordenação de um livro sobre Literatura e Cinema (2007): É Perigoso debruçar-se para dentro e alguns ensaios publicados em livros e revistas nacionais e internacionais, tais como: Revista ARS - “Cinema digital: novos suportes, mesmas histórias”; Revista Intermídias – “Surrealismo: A Revolução pela Arte”;  Revista Faces de Eva -  “A Doce Vida: do eterno feminino na obra de Federico Fellini”; Revista Graphos  - “Da poesia de Buñuel ao cinema de Garcia Lorca”.

Newton Moreno
Nascido em Recife, formou-se em Bacharel em Artes Cênicas pela Unicamp, no espetáculo Primeiras Estórias, adaptado e dirigido por João das Neves em 1995 e é Mestre em Artes Cênicas pela USP com orientação da Profa. Dra. Sílvia Fernandes onde desenvolve atualmente projeto de Doutoramento.
Fez parte do corpo docente da Escola Livre de Teatro de Santo André.
Em 2001, encenou seu primeiro texto Deus Sabia de Tudo..., que cumpriu temporada no TUSP e no Teatro Sérgio Cardoso entre 2001 e 2003.
É autor de Dentro (que participou da Mostra de Dramaturgia Contemporânea do SESI em 2002) e A Cicatriz é a Flor, estes dois textos juntos compõe a primeira etapa do Projeto Carne/Body Art e foram encenados do Teatro de Arena em maio de junho de 2004; e Agreste com direção de Márcio Aurélio, com a Cia Razões Inversas em São Paulo. Por este texto ganhou o Prêmio Shell de Melhor Autor e o Prêmio APCA (Associação Paulista dos Críticos de Artes) de Melhor Autor em 2004.
Recebeu Bolsa Vitae de Artes em 2003 para realizar livre adaptação teatral do livro Assombrações do Recife Velho de Gilberto Freyre. Este texto está sendo encenado pelo seu grupo, Os Fofos Encenam, com apoio da Lei de Fomento da Secretaria de Cultura da cidade de São Paulo. Este espetáculo ganhou os Prêmio Qualidade Brasil 2005 de Melhor Espetáculo, Direção e Ator na categoria Comédia e teve indicações ao Prêmio Shell de Teatro de 2005 para direção, iluminação e música.
Desenvolveu juntamente com Antônio Rogério Toscano texto para espetáculo do Núcleo Experimental do SESI, com a coordenação de Georgette Fadel, Santa Luzia passou por aqui com seu cavalinho comendo capim; e em parceria com Alessandro Toller assina o texto e direção do espetáculo Fronteiras em cartaz no SESI no primeiro semestre de 2007. Autor do espetáculo ÓPERA, encenado pelo Coletivo Angu de Teatro em Recife.
Adaptou Ferro em Brasa com o grupo OS FOFOS ENCENAM, este espetáculo foi indicado ao Prêmio Shell 2006 na categoria especial pela pesquisa da linguagem do circo-teatro.
A Refeição ( resultado da oficina de dramaturgia ministrada pelo Royal Court Theatre em 2004 em São Paulo e em 2005 em Londres ) foi encenada no primeiro semestre de 2007 em São Paulo e no Festival de Teatro de Curitiba e esteve em cartaz no espaço dos Parlapatões em São Paulo. Também de sua autoria, o texto do espetáculo VEMVAI, O Caminho dos Mortos, construído em processo colaborativo com Cia Livre e com direção de Cibele Forjaz.
As Centenárias com direção de Aderbal Freire Filho está em cartaz no Teatro Poeira no Rio de Janeiro com Marieta Severo e Andréa Beltrão no elenco e recebeu Prêmio Shell Rio e o Prêmio Contigo! em 2008 para Melhor Autor.
The Célio Cruz Show, Jacinta e Berço de Pedra são textos inéditos.

Paulo Peixoto
É investigador do Centro de Estudos Sociais, integrando o Núcleo de Estudos Sobre Cidades e Culturas Urbanas, e professor de Sociologia na Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra, onde leciona na licenciatura em Sociologia e no Programa de Mestrado e Doutoramento em Cidades e Culturas Urbanas. Doutorado em Sociologia pela Universidade de Coimbra é licenciado e mestre em Sociologia pela mesma instituição. Integra a Rede Brasil-Portugal de Estudos Urbanos, executa atualmente projetos de investigação sobre patrimônio e turismo, desenvolve atividades de extensão coordenando a avaliação de projetos de intervenção social e é Diretor da Ensino Superior – Revista do SNESup.É membro das Direções do Centro de Estudos Sociais, da Associação para a Extensão Universitária e do Sindicato Nacional do Ensino Superior. Os interesses atuais de investigação centram-se nos domínios das cidades e culturas urbanas, patrimônio, turismo, e exclusão e violência urbanas.

Rogério Proença Leite
Doutor em Ciências Sociais (UNICAMP), Pesquisador do CNPq, professor associado da Universidade Federal de Sergipe (UFS), colaborador do Programa de Mestrado/Doutorado em Cidades e Cultura Urbana da Universidade de Coimbra e atua como coordenador brasileiro da Rede Brasil-Portugal de Estudos Urbanos (CPLP do MCT/CNPq e CAPES-FCT). Publicou, entre outros, Contra-usos da Cidade, (Ed.Unicamp, 2º ed, 2007) e organizou a coletânea Cultura e Vida Urbana: Ensaios sobre a cidade, São Cristóvão, UFS, 2008.

Rui Pina Coelho
É docente na Escola Superior de Teatro e Cinema (ESTC) desde o ano lectivo de 2006/07. É investigador do Centro de Estudos de Teatro da Faculdade de Letras de Lisboa – onde colabora no projecto CETbase, uma base de dados para a história do teatro em Portugal - e do Centro de Investigação em Teatro e Cinema (CITECI). Colabora com o jornal Público, desde Julho 2006, na qualidade de crítico de teatro e é membro do Conselho Redactorial da revista Sinais de cena. É também membro da Associação Portuguesa de Críticos de Teatro (APCT). É Mestre em Estudos de Teatro, desde Junho de 2006, com a tese intitulada Casa da Comédia – Um palco para uma ideia de teatro, apresentada à Faculdade de Letras de Lisboa, e licenciado em Línguas e Literaturas Modernas, variante de Estudos Portugueses e Ingleses. É membro fundador da Trimagisto – Cooperativa de Experimentação Teatral (Évora).

Silvia Fernandes
Sílvia Fernandes da Silva Telesi (São Paulo SP 1953). Teórica, crítica, ensaísta e professora. Voltada para a análise das evoluções cênicas no Brasil, é pesquisadora da vanguarda no teatro, fina ensaísta das manifestações do contemporâneo.
Após concluir sua formação na Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo - ECA/USP, Sílvia passa a integrar a equipe de pesquisas do Idart, atual Divisão de Pesquisas do Centro Cultural São Paulo - CCSP, acervo documental sobre as artes cênicas paulistas, entre 1978 e 1991. Desenvolve ali inúmeros projetos, destacando-se os dedicados à complexidade da cena contemporânea. Juntamente com Mauro Meiches publica Sobre o Trabalho do Ator, investigação sobre a arte e a técnica de profissionais de várias gerações, em 1985.
Está ligada, ainda, a pesquisas e realizações significativas para a bibliografia teatral, como as dedicadas à trajetória do Ornitorrinco, do teatro de revista, dos grupos experimentais nascidos nos anos 1970.
Torna-se professora na Universidade Estadual de Campinas - Unicamp, até 1998, quando troca aquela pela Universidade de São Paulo - USP, ministrando cursos para a graduação e a pós-graduação.
Em 1995 publica, em parceria com Jacó Guinsburg e Antônio Mercado, Antonin Artaud - Linguagem e Vida, dedicada à obra do renomado inspirador das vanguardas do século XX. Investigadora das linguagens da performance, colabora com a publicação Work in Progress na Cena Contemporânea, de Renato Cohen, realizando seu prefácio, em 1998.
Com sua tese Grupos Teatrais - Percurso e Linguagem, volta-se para o fenômeno da contracultura e do experimentalismo reinantes nos conjuntos que fizeram avançar a cena brasileira naquela década, publicada em 2000, com o título Grupos Teatrais - Anos 70.
Em 1996, ao publicar Gerald Thomas - Memória & Invenção, fruto de seu doutoramento, eleva-se ao primeiro plano entre os teóricos e pesquisadores. Colabora, igualmente, para a publicação de Gerald Thomas, Um Encenador de Si Mesmo, reunião de textos do polêmico diretor, pela Editora Perspectiva.
Alguns de seus ensaios, publicados em revistas especializadas, contam-se entre os marcos do pensamento estético brasileiro contemporâneo.

Vera Borges
É doutorada em Sociologia pela École des Hautes Études en Sciences Sociales e pela Universidade Nova de Lisboa. Trabalhou com Pierre-Michel Menger no Centre de Sociologie du Travail et des Arts, em Paris. Tem vindo a desenvolver investigação sobre os mundos das artes, as profissões, organizações e mercados de trabalho artísticos. Actualmente desenvolve o projecto de pós-doutoramento Vivendo e trabalhando como artista de dança, teatro e música, no Instituto de Ciências Sociais, da Universidade de Lisboa. No mesmo instituto, trabalhou com Manuel Villaverde Cabral no livro intitulado Profissão: Arquitecto/a (no prelo).
Foi docente convidada na Faculdade de Letras, em Estudos Artísticos, e na Fundação Ricardo Espírito Santo no mestrado de Ciências da Cultura – Cultura Artística. Este ano co-organiza com Pedro Costa (Dinamia-ISCTE) o Ciclo Internacional de Conferências Artistas e trabalhadores culturais: carreiras e mercados de trabalho. Integra a Comissão Técnica de Acompanhamento dos grupos de teatro da região de Lisboa e Vale do Tejo, a convite do Ministério da Cultura.
É autora dos livros Todos ao Palco! (Celta, 2001), O Mundo do Teatro em Portugal (ICS, 2007), Teatro, Prazer e Risco (Roma Editora, 2008), Les commédiens et les troupes de théâtre au Portugal (Harmattan, 2009).

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