Editorial
Acompanhando Whitman com uma primeira pessoa plural:
we act as the tongue of we,
eis um editorial Esc
rito a quatro mãos.
Um editorial Escrinventado a quatro mãos: vinte dedos que
não
se cruzam ou pequenos lançamentos de fogo cruzado que
tentam
resultar num editorial.
Volvido um ano, a revista Oficina de Poesia mantém-se, a
par
e passo,
as imagens e as palavras,
palavras que são imagens que são palavras que são imagens.
Neste entretanto em que não nos publicámos, a cidade que
nos
acolhe, Coimbra, recebeu em Maio passado, durante três
dias, o
VII Encontro Internacional de Poetas subordinado ao tema
“As
Línguas da Poesia”.
Ao folhearmos esta edição da revista, com todas as
colaborações,
sempre tão diferentes entre si – seja de autores
convidados, seja de
oficineiros – relembramos o tão escutado no VII Encontro:
a língua
da poesia é sempre a mesma, e sempre estrangeira.
Neste número da Oficina de Poesia, que se perde e se
encontra em
si mesma,
15,
alguns contributos provêm das sessões de seminários do
Curso de
Formação Avançada de Escrita Criativa “Novas/Velhas
Poéticas”,
que decorreu no Centro de Estudos Sociais da
Universidade
de Coimbra, nos dias 12 e 13 de Março de 2010. Estas
criações
não surgem identificadas como tal. Contornamos, deste
modo, a
atribuição de um rótulo ao acto indi—
indiviglobal
de criar o poema.
Fazemos, pois, mais um número de revista em que se
ins e Esc
revem
as várias línguas da poesia.
Ou, noutra linguagem, podemos dizer que aquilo que o
leitor tem
nas mãos é um extenso poético de quinze-a-zero, onde não
há
vitória mas se resiste
as the tongue of we.
R E T S O N
I I E I R E
N U L E O L
F V L I P A
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