A Cultura Corporal do Brasileiro: as similitudes com a cultura corporal européia
Daniella Rocco, Edson Marcelo Húngaro, José Luis Soláis (Centro Universitário Municipal de São Caetano do Sul - IMES)
dani_rocco@hotmail.com

O presente artigo é parte constitutiva de um estudo que vimos realizando junto ao Observatório de Políticas Sociais de Esporte, Lazer e Educação Física do Grande ABC. Nesse estudo, pretendemos explicitar os fundamentos sócio-históricos que constituem a especificidade de alguns aspectos da cultura corporal do brasileiro. Para isso vimos estudando a formação sócio-histórico-cultural do povo brasileiro e alguns resultados já foram obtidos. Muito embora pretendamos, em nosso estudo, dar conta das especificidades da cultura corporal do povo brasileiro, nossos primeiros resultados têm nos apontado as similitudes de nosso povo com a cultura corporal européia, principalmente no que tange a formação histórica dessa cultura.
Os resultados, que ora apresentamos, foram obtidos por meio de uma pesquisa de revisão bibliográfica em que foram estudados os processos de formação sócio-econômica do Brasil e como se estes influenciaram as expressões corporais de movimento do povo brasileiro. Tal estudo é impossível de ser feito sem a remissão a como se deram os mesmos processos no continente europeu. Ao que parece, o processo de consolidação do capitalismo brasileiro determinou muitos aspectos da cultura corporal do povo brasileiro. O que passa é que o mesmo já havia sido no território europeu e uma série de determinações lá ocorridas, quanto à constituição da cultura corporal, acabaram, também, realizando-se no território brasileiro.
Resultados Preliminares: Todo aquele que pretende dar conta do entendimento da maneira de um povo se expressar corporalmente necessita fazer um estudo detalhado sobre como se deu o processo de construção desse povo. Assim, não há como entender a forma de expressão corporal do brasileiro sem entender os determinantes históricos, sociais e culturais que a influenciaram. Considerando o surgimento do capitalismo no século XVIII na Europa e posteriormente no século XX no Brasil, o presente artigo buscou pesquisar as similaridades existentes entre estas respectivas sociedades capitalistas no que diz respeito à consolidação do sistema econômico, à atuação política da burguesia e ao caráter biológico que fundamentou a compreensão de homem nesse processo. Tal caráter não entendia o homem como um ser social, mas sim como ser natural.
Percebeu-se que, tanto na Europa quanto no Brasil, algumas formas de expressão corporal foram privilegiadas em virtude dos interesses da burguesia: entre alas, principalmente a ginástica. Com a generalização destas práticas corporais se objetivava, fundamentalmente, a preparação de mão de obra para o trabalho industrial, o controle das epidemias que já ameaçavam a família burguesa e a generalização da visão positivista de ciência.
Diante dos resultados, o artigo concluiu que existe uma similitude entre a formação da cultura corporal européia e a brasileira que está diretamente ligada com o processo de consolidação do capitalismo e da burguesia no poder. Logicamente as respectivas sociedades apresentam culturas diferentes entre si por uma questão histórica, mas, se nos atermos ao processo de consolidação da sociedade em que vivemos, pensando um homem que vive num determinado sistema econômico e político, enraizado na lógica produtiva e ideológica, tais sociedades, apesar de suas especificidades, apresentam similitudes em suas bases históricas e, portanto, nas expressões corporais de seus povos nas quais é possível se identificar um elemento central e absolutamente funcional ao modo de produção capitalista: a dicotomização a que os homens são submetidos que faz com que estes não se percebam como seres históricos, como corpos.


Educação do corpo em manifestação cultural afro-brasileira: o jogo de capoeira no contexto da indústria cultural

Muleka Mwewa e Alexandre Fernandez Vaz (Universidade Federal de Santa Catarina)

A capoeira se combina - seja na forma de jogo, luta, dança ou mesmo esporte-espetáculo - com um conjunto de outros elementos da cultura corporal dos afro-brasileiros. A presente comunicação apresenta resultados parciais de uma pesquisa em andamento que tem procurado identificar, analisar e interpretar as relações entre o jogo de capoeira em suas múltiplas expressões e os esquemas da indústria cultural, marca distintiva dos tempos contemporâneos, processo de submissão à forma mercadoria e de construção de subjetividades. No centro do debate colocam-se os destinos de um elemento tradicionalmente associado à cultura popular em suas condições nas esferas da expressão cultural, mas também do entretenimento e do consumo, mostrando-se, desta forma, simultaneamente como manifestação de significativa riqueza cultural, mas também como em sua dimensão pedagógica das/para as diferentes classes e grupos sociais. A pesquisa tem procurado traçar o percurso que envolve as seguintes questões: a capoeira na sociedade brasileira contemporânea e seus deslocamentos espaço-temporais; a relação entre crítica cultural e indústria cultural; o corpo e suas expressões no jogo de capoeira sob os possíveis ardis da indústria cultural; entretenimento, "tempo livre" e sociedade de consumo; educação e adestramento no jogo de capoeira. Faz-se importante localizarmos o contexto social, histórico, político e cultural - que localizamos a partir da historiografia que trata do período que se estende de 1808 a 1950 - do jogo da capoeira para podermos entender os seus desdobramentos na sociedade contemporânea. Neste sentido, temos observado que a historiografia desmistifica diversas "verdades" que constituíram este universo até os dias de hoje, sem desconsiderar, no entanto, as diferentes vozes que esta manifestação traz consigo e que concorrem com as narrativas acadêmicas. É sobre esta base que se constrói a sustentação teórico-metodológica do trabalho, que tem como interlocutores centrais os filósofos associados à Teoria Crítica da Sociedade da Escola de Frankfurt, especialmente Theodor W. Adorno. É por meio de sua obra que procuramos fazer a crítica ao conceito de crítica cultural e aos destinos do "tempo livre", pensando-os como símbolos da indústria cultural: o conceito de crítica deve sofrer a auto-crítica do pensamento esclarecido, enquanto o "tempo livre" não pode ser entendido fora das relações de trabalho que o determinam. Coloca-se um desafio suplementar que é o de pensar não apenas a banalização da cultura erudita e seu rebaixamento à cultura de massas, mas, em direção algo oposta, analisar um elemento da cultura popular, sua apreensão pelos mecanismos da indústria cultural e sua (re)produção sob estes novos auspícios. O material empírico tem sido privilegiado da seguinte forma: documentos de diferentes grupos de capoeira e das publicações magazines sobre o tema; observação participante nos diferentes grupos, procurando trazer outros elementos diante da participação de suas atividades. As análises preliminares indicam as tensões da multivocalidade dessa manifestação cultural, localizada entre os ardis reificantes da indústria cultural na sociedade administrada e seu potencial pedagógico como possível expressão do inconformismo cultural. Elas também indicam que a prática da capoeira, no contexto do "tempo livre" solapa a construção/produção de conhecimento presente no universo desta manifestação cultural que se legitima como afro-brasileira.

 

Academia de ginástica: contemporaneidade, expressões corporais e sentido
Rosa Frugoli (PUC São Paulo)

Este trabalho investiga o significado da atividade física regular em uma academia de ginástica da cidade de Taubaté/SP/Brasil. Como nas últimas décadas a preocupação com a saúde e com a estética corporal levou a um aumento do número de espaços e locais especializados nesta questão, a academia torna-se também um micro-espaço relevante para o entendimento das novas relações e interações sociais de um contexto global. A questão que se coloca é como estas influências chegam nas relações diárias, mais especificamente em se tratando de pessoas que tem acesso e podem usufruir dos bens de consumo. Neste sentido, por quais caminhos estas transformações que estão vinculadas ao eixo político-econômico re-significa as expressões corporais em atividades decorrentes das novas linguagens sociais? Da perspectiva da questão formulada, o objetivo foi o de entender como a prática regular de uma atividade física num local determinado delineia o modo de vida dos envolvidos, como é o cotidiano deste ambiente e em quais elementos sócio-culturais se disponibilizam a valorização corporal nos moldes apresentados neste espaço. Na condição de pesquisa qualitativa, esta foi circunscrita na observação da rotina e na interpretação de entrevistas realizadas com os freqüentadores daquele espaço, no período de outubro/03 a fevereiro/04. A escolha da cidade ocorreu por ser um município de médio porte e apresentar movimentos políticos, econômicos e culturais que se assemelham àqueles que ocorrem nos grandes centros urbanos. A sistematização inicial dos dados colhidos indica que talvez a idéia da satisfação do corpo idealizado pelos canais midiáticos que se revelam neste local está mais próximo de ser um instrumental que continue a racionalização e a disciplina dos corpos individualizados do que um estado de bem estar do sujeito. Em outros termos, refiro-me aos seguintes indicativos: a) a disciplina do corpo funcional, dócil e útil e a repressão no molde do processo civilizatório sugerido por Michael Foucault (1997) e Norbert Elias (1992) não respondem mais às exigências do atual tempo econômico, político e sócio-cultural; b) na transição do modelo disciplinador ao "liberalizante" da concepção construída na imagem estética, de juventude e de saúde, os comportamentos apresentados na academia de ginástica, conseqüentemente, as expressões corporais ali presentes não se traduzem numa verdadeira libertação do corpo relativo aos constrangimentos adotados na modernidade, pelo contrário, há indicativos de que a disciplina ganha outras roupagens e se desloca do campo objetivo ao campo subjetivo, representa mais uma forma sutil utilizada pela sociedade para continuar a exercer a dominação, mesmo com características diferenciadas; c) pela pesquisa realizada foi possível notar quais os elementos do imaginário dos freqüentadores da academia de ginástica estudada que perpassam as tecnologias de informação e comunicação e que constitui a subjetividade desse grupo; d) no espaço da academia o corpo apresenta-se como um elemento a ser remodelado requerendo esforço e dedicação máxima; e) na condição de espaço de convivência social mostra-se numa relação contratual representada, segundo Marc Augé (1994: p. 93-94), por símbolos da supermodernidade como um não-lugar ou um espaço de solidão. Enfim, a academia de ginástica estudada caracteriza-se em um ambiente contraditório do ponto de vista da vida saudável propagada àqueles que podem pagar, pois por um lado estimula a saúde e a qualidade de vida, mas por outro lado esse alcance está associado por um ideal corporal desproporcional ao próprio corpo e ao cotidiano dos inscritos.

A relação corpo-natureza na modernidade
Dulce Suassuna (Universidade de Brasília)
dulce@unb.br
Aldo Azevedo (Universidade de Brasília)
aldoazevedo@uol.com.br
Jônatas Barros (Universidade de Brasília)
jonatas@unb.br
Juarez Sampaio (Universidade de Brasília)
juarez@unb.br

O trabalho apresenta uma reflexão teórica sobre o significado da relação corpo-natureza tomando como contexto a modernidade. O debate teórico proposto subsidia-se na teoria social, seguindo como referencial o pensamento weberiano no que concerne a sua visão sobre a modernidade. Ampara-se em Habermas para mostrar que na modernidade o quadro configurado se constrói por meio de rupturas que se processam como conseqüências patológicas do mundo natural, momento em que se permite discutir a relação homem (corpo) e meio ambiente (natureza). A recuperação da contribuição de Habermas (1987) ocorreu por meio do texto clássico Teoria da Ação Comunicativa e da leitura de Goldblatt (1996) no seu livro Teoria Social e Ambiente. Além desses autores, outros são utilizados dentro dessa linha de pensamento, entretanto, pretendendo-se fugir da visão instrumentalista, buscou-se em Mauss (1974 e 2003), por meio da teoria do fato social total e da noção de técnicas corporais, um esforço teórico para uma possível justificativa da perspectiva da interdisciplinaridade entre o campo disciplinar das Ciências Sociais e a Educação Física e, por conseguinte do desporto.
Palavras-chave: corpo, natureza e modernidade

 

Desporto, corpo e estética - sinais de expressão da cultura contemporânea ocidental
Teresa Oliveira Lacerda (FCDEF-Universidade do Porto)
tlacerda@fcdef.up.pt
Paula Queirós (FCDEF-Universidade do Porto)

É muito pela forma, pela aparência, que percepcionamos as coisas, que elas se nos dão, nos impressionam. Muitas vezes não estamos receptivos, disponíveis, para sentirmos as formas e ficamo-nos pela impressão sensorial que assalta os sentidos, nomeadamente a visão e a audição. Na sociedade ocidental contemporânea o sentido da visão é privilegiado relativamente a todos os outros. A imagem, projectada pelo corpo de cada um, funciona como o cartão de visita através do qual nos apresentamos aos outros. Mas, qualquer forma é sempre mais do que o efeito que consegue produzir sobre os nossos órgãos dos sentidos; o Homem não é fragmentário e a percepção duma forma inscreve-se também no plano da sensibilidade. Sensorialidade e sensibilidade confluem para uma dimensão que se vem convertendo num traço fundamental da cultura ocidental: a dimensão estética.
O desporto encontra no corpo o seu suporte material mais importante, funcionando, não raras vezes, como a roda do oleiro para o barro: a corrida desenfreada aos locais de prática de actividades físicas e desportivas permite, de algum modo, desenhar, modelar, reconstruir o corpo à imagem e semelhança dos estereótipos mais apreciados socialmente. Esta motivação faz correr multidões de homens e mulheres atrás de uma ideia de beleza, que se impõe de forma mais acentuada quando conjugada no feminino. Giddens (1997) refere que actualmente ser mulher é arriscado. A construção de uma auto-identidade e de um corpo ocorre no quadro de uma cultura de risco já que a sociedade é mais exigente para com a mulher quando o que está em causa é o corpo esteticamente atractivo. A desportivização da sociedade centrada nas questões do corpo está a transformar-se naquilo a que Garcia (1998) chama somatização da sociedade, onde o mais importante não é ser desportista, mas sim ter o corpo do desportista. É o predomínio do parecer sobre o ser.
O culto do corpo, a obsessão de o construir a todo o custo para o fazer corresponder a um ideal estético, conduz à necessidade de reflectir e encontrar novas argumentações, nomeadamente ao nível da intervenção pedagógica, sobretudo numa área profissional como a nossa onde as questões do desporto, e como tal do corpo, são centrais. Estas serão as ideias fundamentais que as autoras se propõem desenvolver ao longo do presente estudo.

Naturismo e identidade
Eduardo Carrascosa de Oliveira (Universidade Estadual do Rio de Janeiro)
eduardocarrascoa@yahoo.com.br

A presente proposta tem como interncao a analise do naturismo/nudismo como uma pratica relacionada a busca de identidade social na sociedade contemporanea. A relevancia do tema e a perspectiva adotada sao fruto de particular experiencia em pesquisas sociologicas anteriores, as quais conduziram a reflexao sobre que significados e explicacoes podem ser deduzidos de uma investigacao sobre a crenca , promovida por associacoes naturistas , baseada na ideia de que a nudez humana em espacos publicos e regulamentados levaria a uma maior ou total preponderancia da natureza humana em sua essencia, atingindo-se alegados beneficios morais de liberdade.

Quatro anos de trabalho em pesquisa sobre comportamneto sexual, consumo de drogas e Aids , realizada pela Universidade de Miami, EUA, na cidade do Rio de Janeiro, Brasil, serviram como ponto de partida para uma dissertacao de Mestrado sobre as consequencias do risco de morte que uma doenca como Aids implica, considerando os aspectos simbolicos de uma sociedade que priomove a afirmacao do induividuo e na qual seus membros portanto se identificam como tal. A caracteristica individualista dos tempos atuais foi tomada como uma importante indicacao a respeito da resistencia a adocao de praticas sexuais e de uso de drogas seguras (i.e. camisinha, seringas descartaveis, etc). Consideravel bibliografia discute negacao inconsciente da morte conectada a valorizacao de cada atomo da humanidade como singularidade. A perda da individualidade trazida por pensamentos sobre a morte torna-se fonte de medo crescente para uma vida organizada em termos de individuos livres, que nao possuem mais antigas tradicoes para bloquear seu livre arbitrio, mas por outro lado precisam construir novas identidades por si proprios, ao inves de recebe-las das mesmas tradicoes pre-modernas pelas quais posicoes sociais e valores eram organizados anteriormente .

Tomando a televisao como objeto relevante no sentido da compreensao do significado simbolico da morte, a promocao da juventude e liberdade, valiosos para propaganda e sustentacao do consumismo nas condicoes pos-modernas/industriais, foram essenciais para entender-se como o corpo humano serve como um simbolo concreto do conflito entre individualidade e morte. O corpo pode ser apreendido analiticamente como uma arena onde a eternidade trava sua batalha e atraves do qual pode-se tentar vende-la.

A objetivo visado do trabalho a que este resumo se refere, portanto, repousa sobre indicacao das possiveis identidades (de classe, genero, nacionalidade) que operam em grupos organizados de naturistas/nudistas, criadores de associacoes promovedoras da ideia de liberdade e progresso humanos atraves do estabelecimento de espacos onde estaria-se contato maior com a natureza humana. A crenca de que alguem, despido de roupas perante outros em um ambiente sob regulacao social, esta' exercendo sua liberdade contra iimposicoes sociais supostamente repressivas , como as que estabelecem a exposicao do corpo huimano em sua nudez como pecado ou crime, pode ser interpretado como um fenomeno derivado de uma determinada condicao da sociedade contemporanea que venera nao somente o corpo, na sua vitalidade e perfeicao, mas o poder de sua imagem.

O trabalho a ser apresentado no congresso a que esta proposta se endereca, entao, consite na analise do naturismo, ideias e pratica, tomando como base teorica a consideracao do individualismo e da significacao simbolica do corpo nos tempos atuais, bem como o questionamento das correlacoes posiveis de serem estabelecidas entre o fenomeno titulo e o crescimento e atuacao do lazer como base identitaria na vida social atual. Parte-se da suposicao que a busca de identidades, nao mais proporcionadas somente pelo trabalho e sim crescentemente pelo lazer nas pos-modernidade, tambem guiam os caminhos e intencoes do naturismo.

Moda e Globalización
Ana Martínez Barreiro (Universidad de la Coruña)
anamb@udc.es

Neste artigo, pretendemos analisar as principais mudanças sociais operadas sobre a imagem social do corpo na cultura contemporânea. Trata-se, igualmente, da controvérsia social sobre o futuro dos corpos, explorando o papel da ciência da tecnologia nas novas concepções acerca do corpo, da vida e da morte. O interesse deste trabalho radica em reconhecer o carácter profundo das interligações que existem entre a vida social e o corpo e "a socialização da natureza" .Expressão que refere o facto de que certos fenómenos que dantes eram naturais ou que vinham dados pela natureza agora têm um carácter social, isto é, dependem das nossas próprias decisões. A reprodução humana é um exemplo disso. As transfusões de sangue, os transplantes de órgãos, as procriações artificiais, as fecundações in vitro, os experimentos em seres humanos, as manipulações genéticas.

Clique no botão do lado direito do seu rato para imprimir