Esta atividade destina-se a dar a conhecer a situação atual da Amazónia e dos seus habitantes humanos e não-humanos, assim como as ameaças a esta que é a maior floresta tropical do mundo. Falaremos brevemente da história da Amazónia, dos seus povos indígenas, caboclos e ribeirinhos, das plantas e animais que habitam este espaço, e das relações entre todos os entes da floresta. Refletiremos depois sobre a atual situação económica e política da região no contexto do capitalismo extrativista global e dos problemas ambientais que se fazem sentir cada vez mais.

O direito a uma habitação adequada é inseparável do direito à vida e constitui a base de outros direitos humanos, tais como a educação ou a saúde. Com mais da metade da população mundial a viver em áreas urbanas, as desigualdades no acesso à habitação estão no centro dos atuais desafios para alcançar maior inclusão social, coesão, cidadania plena e uma vida saudável.Partindo da visualização de um pequeno filme / portfólio fotográfico / excertos de entrevistas / estudo de caso, procurar-se-á promover o debate e a reflexão crítica sobre os impactos psicológicos e sociais das desigualdades no acesso à habitação e nas condições habitacionais.

Esta sessão propõe um diálogo sobre as relações interculturais, interétnicas e raciais nas escolas portuguesas por meio da dinamização de oficinas artísticas que promovam o conhecimento e a escuta atenta sobre falas e experiências historicamente silenciadas.

Através destas atividades, esperamos que os estudantes conheçam melhor as identidades de pessoas/ grupos/ comunidades/ povos africanos, asiáticos e latino-americanos, a partir de manifestações e criações artísticas relacionadas com as suas histórias, promovendo desta forma o interconhecimento e diálogo intercultural, interétnico e racial. Serão desenvolvidas atividades que reflitam sobre os impactos duradouros do colonialismo e que, simultaneamente, apresentem dinâmicas locais de resistência, através de um conjunto de expressões artísticas de povos e comunidades colonizadas no passado, dando oportunidade aos estudantes para refletirem a partir destes outros olhares e novos repertórios.

As fronteiras da ciência e da investigação científica albergam diferentes formas de entender a natureza da realidade, o papel do/a investigador/a, de colocar questões e de abordar o mundo. Nesta oficina, apresentamos um paradigma de uma ciência segunda ordem, refletindo como o mundo investigado é perturbado e moldado no processo de fazer ciência. Através de uma série de exercícios teórico-práticos (e.g. de formulação de questões), convidamos os/as participantes a conhecerem e explorarem diferentes aspectos das paisagens e práticas da investigação qualitativa e a reflectir sobre a(s) qualidade(s) do pensamento subjacente, os seus efeitos e potencialidades.
As ‘questões’ apresentam-se como ponto de partida e ferramenta para se explorar a ligação entre modos de pensar o mundo na investigação científica e o pensar-se o mundo e o papel de ciência nele. O treino de formulação de questões de investigação contribui para a formulação de questões quotidianas, estimulando um pensamento crítico. A reflexão sobre os contextos, condições e consequências da produção das questões, e a relação com (diferentes usos) de diferentes métodos de investigação (e.g. qual/quantitativos) nas Ciências Sociais sublinha a diversidade de visões do mundo subjacentes às práticas científicas e o papel do observador-cientista. Estes são posicionamentos fundamentais para uma cidadania científica crítica. 

Com esta sessão, pretende-se discutir a questão da integração das subculturas juvenis em contexto escolar. Incide-se, especialmente, no tema da marginalização a que são votados muitos dos membros destas subculturas com base em estereotipizações relacionadas com os estilos de vida e estéticas individuais adotadas. Pretende-se alertar os jovens para a problemática da construção de imagens baseadas em preconceitos.

Através de 5 vídeos realizados por Hugo Ribeiro da Silva e Giuseppina Raggi em 2017 sobre o tema "O Atlântico dos Outros: a escravatura negra no império português". Os vídeos estão acompanhados por um guião de atividades didáticas. Foram os resultados de um projeto financiado em 2015 pela Fundação Calouste Gulbenkian e foram cedidos gratuitamente à Associação dos professores de História (APH), em cujo site se encontram disponibilizados livremente.
Os cinco vídeos abordam as seguintes temáticas: 1) Um continente, muitas Áfricas; 2) O tráfico dos Escravos; 3) Ser escravo no Brasil; 4) Portugal, um reino com escravos; 5) O fim da Escravatura

Esta iniciativa pretende levar aos estudantes a perspectiva de que os textos culturais, tais como músicas, filmes e novelas, configuram importantes veículos dos valores e das perspectivas vigentes nos diversos ambientes sociais. O foco recairá na forma como as pessoas com deficiência (PcD) vêm sendo – ou deixando de ser – retratadas por tais textos. Este cenário mostra-se ainda mais grave uma vez que, devido à proposital invisibilidade social dos indivíduos com deficiências, os textos culturais acabam sendo o único contato que muitas pessoas têm com a realidade de tais pessoas. Pretende-se buscar despertar o olhar dos jovens para os estigmas da dificiência e para o papel da mídia no processo de invisibilidade e exclusão social das pessoas com deficiência. Para isso serão discutidas as representações destas pessoas em filmes e principalmente em telenovelas. Acredita-se que é fundamental que as novas gerações entendam a importância dessas representações para que não reproduzam o modelo atual no futuro e sim utilizem a mídia em favor da inclusão social.

Nesta sessão serão tratados os temas da sexualidade e do envelhecimento. Conhecer as histórias de quem hoje tem a idade dos/as avós e enfrentou discriminação com base na orientação sexual e diversidade de género é fundamental para contextualizar o passado e intervir no presente. Assim, através das histórias de vida de pessoas que entrevistámos em projetos de investigação em sociologia desenvolvidos no Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra, proporcionamos conhecimento e reflexão sobre diversidade ao longo da vida, estimulando a criação de laços intergeracionais e o desenvolvimento de instrumentos para um futuro mais inclusivo e uma cidadania plena.

O palácio-convento de Mafra é, sem dúvida alguma o edifício mais representativo da época joanina. Ao longo do tempo e por causa da perda das arquiteturas joaninas na Ribeira e das grandiosas coleções joaninas de desenhos, projetos e planos para a cidade de Lisboa, o palácio-convento de Mafra tornou-se o "palácio real de D. João V", misturando memórias, cronologias, eventos históricos e, sobretudo, perdeu-se a profunda ligação entre o palácio-convento de Mafra e o grandioso projeto joanino sobre Lisboa como nova capital imperial e patriarcal. Isolou-se, por isso, o edifício numa "solidão" representativa que corresponde mais aos mitos que se foram erguendo em volta da figura histórica de D. João V, do que à compreensão das dinâmicas políticas, sociais, artísticas e arquitetónicas que caracterizaram o reinado de D. João V.
A atividade visa repensar e re-contextualizar as artes e a arquitetura joaninas em função, também, de uma melhor compreensão dos conceitos de memória, história e mito.

A atividade visa destacar o papel invizibilizado das mulheres no desenvolvimentos das artes e da arquitetura do século XVIII em Portugal e, especialmente, das artes e da arquitetura ligadas ao teatro, à música e à ópera. Partindo da vida em Portugal e da política cultural implementada pela arquiduquesa D. Maria Ana de Áustria, consorte de D. João V que o acompanhou ao longo de todo o seu reinado, serão introduzidas figuras femininas que, na corte joanina e fora dela, foram protagonistas na transformação cultural do reino de Portugal, cujas ações a História oficial esqueceu atribuindo a D. João V e a figuras masculinas este tipo de iniciativa político-cultural e de poder transformativo da sociedade e da cultura. Falaremos também de novas formas artísticas e de lazer introduzidas pela rainha austríaca e do impacto desta sua ação duradoura sobre as políticas dos seus filhos e netas (D. José I, rei de Portugal; D. Bárbara de Bragança, rainha de Espanha; D. Maria I, rainha de Portugal).

Uma reflexão sobre a ação organizada dos Sindicatos na construção da democracia: i) nos direitos laborais e democráticos; ii) nos sistemas que garantem direitos fundamentais e universais (educação e formação, saúde, segurança social, justiça, habitação) iii) nas mudanças estruturais de setores de atividade, de desenvolvimento das regiões, da vida das empresas.  Pretende-se tirar partido de múltiplos estudos de investigadores do CES e, em particular, da experiência de vida de Manuel Carvalho da Silva (ver CV).