Exibição do documentário
Tarrafal: Memórias do Campo da Morte Lenta, de Diana Andringa

25 de Maio de 2010, 20:00, Sala de Seminários do CES, 2º Piso, Coimbra

Entrada livre – Atribuição de certificado de participação


Debate com a presença da realizadora e produtora do filme, Diana Andringa

Por ocasião do Dia da África


Sinopse

“Tarrafal: memórias do Campo da Morte Lenta” narra a história do campo de concentração criado por ordem de Salazar, em despacho de 8 de Outubro de 1935,  na ilha de Santiago, Cabo Verde, para ali prender “presos politicos e sociais” e, depois de encerrado, sob pressão nacional e internacional, em 1954, reaberto em 1961, por despacho de Adriano Moreira, para ali encerrar nacionalistas angolanos, guineenses e caboverdianos.

É um documentário filmado nos mesmos espaços em que os presos se moviam,  o interior do campo, cercado por arame farpado, um fosso e um muro, as celas onde passavam anos encerrados. Uma das raras excepções é a fimagem  no cemitério, onde acompanhamos a homenagem dos sobreviventes aos trinta e dois portugueses,  dois angolanos e dois guineenses que ali perderam a vida.

Baseado em depoimentos de antigos prisioneiros do Tarrafal, o documentário assume-se como parte de uma história oral indispensável ao conhecimento de uma realidade ainda hoje mal conhecida em Portugal e até nos novos países africanos de língua oficial portuguesa – aqueles mesmos por cuja independência estes homens sacrificaram os anos da sua juventude.

Tarrafal: Memórias do Campo da Morte Lenta” é, contada na primeira pessoas por uma trintena de vozes, a história de combatentes antifascistas e anticolonialistas que o regime de Salazar e Caetano encerrou num campo de concentração numa ilha de Cabo Verde. De homens a quem quiseram destruir toda a esperança, como diz o angolano Joel Neto: “Ali é só deixar de pensar. Porque, se não, morre aqui de pensamentos. É só deixar, pronto. Os que têm vida ficam com vida. Nós aqui estamos já quase mortos.” E da forma como esses homens souberam resistir até à vitória: “Porque” , como diz o cabo-verdiano Jaime Scofield, “no Tarrafal nós inventámos a vida, sempre!”

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