Manifestações culturais
e identidades Organizadora: Leila Maria da Silva Blass (Programa de Estudos Pós-graduados em Ciências Sociais da PUC de São Paulo, Brasil) Resumo:
Mediadora: Relatora: José Manuel Sobral (ICS/ UL, História) Maria Antonieta Antonacci (PUCSP, História, Brasil) Dr. Vítor Sérgio Ferreira (ICS/ UL, Sociologia)
1. O Norte e o Sul (representações da identidade nacional em Portugal em perspectiva comparada) Na sua comunicação, o autor debruça-se sobre a elaboração de uma classificação dualista sobre Portugal nos séculos XIX e XX, inserindo-a no discurso sobre a decadência nacional. Dá-se um particular destaque à racialização dessa classificação, inserindo a contraposição no caso português numa perspectiva comparada (Espanha, Itália, França, Inglaterra). 2. Culturas da voz em circuitos África/Brasil Analisando cantorias, contos, mitos, literatura oral de folhetos, manifestações artísticas visuais apreendidas nos dois lados do Atlântico negro, focalizaremos práticas de leitura da poética e da sabedoria oral de culturas "entre lugares" nas injunções com as matrizes de culturas letradas. Através de evidências historicamente produzidas, temos dialogado com fragmentos de culturas da voz em circuitos África/ Brasil, alcançando expressões de tradições orais reconstituídas e reatualizadas no corpo-a-corpo letra, voz e imagem. 3. Arremedos carnavalescos em Portugal Esta comunicação trata das tensões internas que marcam os festejos carnavalescos recentes em Portugal, tendo, de um lado, as chamadas formas tradicionais como, por exemplo, entrudos, cegadas e corsos e, de outro, as modernas como escolas de samba e grupos de percussão que remetem ao caráter abrasileirado do Carnaval português. Além da evidente mistura de elementos culturais presentes nessas manifestações, esse confronto coloca a questão da formação das identidades na sociedade portuguesa. Essa análise tem por referência a organização e dinâmica ritual desses festejos em Torres Vedras e em Sesimbra. 4. Gangues Juvenis: a luta por território e poder em São Paulo Nesta comunicação, focalizarei a constituição do movimento punk nos subúrbios da cidade de São Paulo, Brasil, tendo como eixo central as guerras e disputas entre algumas gangues. Inicialmente, será reconstruída a contextualização do aparecimento, no Brasil, dos primeiros grupos de jovens que apresentaram comportamento e atitude rotulados como gangue para, em seguida, analisar alguns dos confrontos de gangues punks contra os Carecas do Subúrbio, ABC e White Power, que apareceram, nessa cidade, no decorrer da década de oitenta e início dos anos noventa. 5. Culturas ‘radicais’ e manifestações corporais entre os jovens O traço de 'radicalidade' atribuído a algumas formas contemporâneas de cultura urbana juvenil tem implícito a noção de comportamento orientado por um princípio de exacerbação, experimentação, superação ou transgressão de normatividades que regulam e disciplinam social e culturalmente os corpos, concedendo-lhes uma visibilidade marcada pela originalidade e pela diferença, socialmente reconhecida como 'radical'. Se esse traço passa pela excessividade reconhecida aos usos e investimentos feitos no corpo é porque o corpo aparece, simultaneamente, como objecto de constrangimentos e recurso de estratégias sociais variadas, quando alguns jovens introduzem, subrepticiamente, desordem na ordem corporal imposta. |
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