O Carnaval é uma luta nuclear de mãos a festa da terra na metrópole

a arte que se escuta de fora a velocidade da pele

os ciclos novos nas senzalas

as ruas dos homens descalços os cavalos no cérebro

e as palavras das ancas alegóricas.

É as horas praieiras de tecido-cor à cabeça

ou a música com-a-força-da-fome-e-de-navios.

No Carnaval a brincadeira está fortalecida do barulho e do céu e do mar

que se dançam nos abadajes

e com o povo perto.

CRISTINA NÉRY


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