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    Com 192 milhões de habitantes, a República Federativa do Brasil passou a ser, recentemente, a sexta economia mundial por PIB nominal e mantém-se enquanto maior economia da América Latina. Considerada uma superpotência emergente, pelo seu contingente populacional e rápido crescimento económico, integra, desde 2001, a lista dos BRIC, em conjunto com a Rússia, Índia e China. É um dos países de destino de portugueses que, perante a crise económico-financeira, emigram. O país atravessa, desde 2000, uma fase que tem sido apelidada de novo desenvolvimentismo, alicerçada na exportação de produtos manufaturados ou produtos primários de alto valor acrescentado (entre 2002 e 2008 as exportações triplicaram, em particular para a China) e recusando a substituição de importações como estratégia de superação da restrição externa ao crescimento.

    Juntamente com o processo de crescimento do mercado de produtos primários, o Brasil passou a ter governos com maiores vínculos sociais, com maior intervenção no planeamento da produção e na distribuição de rendimentos. No entanto, a pobreza e a desigualdade constituem, ainda, os grandes desafios da sociedade brasileira atual. Apesar de ter havido uma evolução positiva da maioria dos indicadores sociais na última década, nomeadamente em relação ao aumento da esperança média de vida, diminuição da mortalidade infantil, acesso a saneamento básico, recolha de lixo, diminuição da taxa de analfabetismo, existem ainda claras diferenças regionais, em particular no que diz respeito ao nível de rendimentos.

    Calcula-se que em 2011 existissem 16,2 milhões de brasileiros (8,6% do total) vivendo na miséria extrema ou com um ganho mensal de até 70 reais, na sua maioria jovens, sendo as regiões Nordeste e Norte as mais afetadas, contrastando com o Sul do país. No entanto, este número é já inferior ao de 2003, calculando-se que ao longo da última década mais de 24,5 milhões de brasileiros tenham saído da pobreza.

    A classe média passou a ser predominante no país, em resultado do investimento na educação e da estabilidade económica do país. Simultaneamente, entre as classes mais baixas, os programas governamentais de transferência de rendimentos (prestações dependentes dos recursos dos benefi ciários) têm sido instrumentos centrais para a mobilidade social. Programas como o Fome Zero ou Bolsa Família são claros exemplos deste tipo de programas.

     

    Tatiana Moura

    Observatório sobre Crises e Alternativas
    Centro de Estudos Sociais
    da Universidade de Coimbra
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