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    Feminismo, palavra que devemos pronunciar no plural dada a diversidade de correntes, é liberdade e humanismo, é a luta pela liberdade e realização da pessoa humana sem restrições por se ser de um ou outro sexo. É a luta contra um sistema opressivo, muito subtil, que condiciona as cognições, opções e práticas de mulheres e homens, induzindo modelos hegemónicos de ser – não ser pessoa completa, mas “homem” ou “mulher”. O sistema patriarcal que instituiu a distinção e a hierarquia dos sexos alavancou o “masculino” como modelo de “sujeito universal”, “cidadão” e “trabalhador”.

    Um dos mais revolucionários gritos feministas é o de que “o pessoal é político”, máxima com a qual o pensamento e ação feministas procuram derrubar uma das mais discriminatórias ideologias do modelo único liberal – a dicotomia público/privado. Esta colocou os homens no público/produtivo/ político e fechou as mulheres no privado apolítico, excluindo as suas vozes e participação, não reconhecendo a sua contribuição social, económica, cultural e política. Fez também das questões do privado (sexualidade, família, intimidade, corpo) assuntos não desejáveis do debate político, enraizado num modelo conveniente de família como extensão do poder masculino. Trazer o pessoal ao político como grito emancipatório é mais do que trazer a intimidade, é politicizar e visibilizar um mundo de relações (de cuidados, de sexualidades, mas também de violências) e contribuições; é, por exemplo, valorizar o trabalho que nele acontece e que não entra nas contas da economia dominante, distribuí-lo de forma mais justa entre os sexos de maneira a que as mulheres tenham oportunidades no público e os homens no privado. É dizer que ambos se intersetam.

    Os feminismos contestam o mundo existente e propõem uma modificação real da distribuição do poder na sociedade a partir de uma consciência crítica sobre as injustiças e sobre as ausências, e por isso se constituem como pensamento alternativo. Para eles, o desenvolvimento e a felicidade implicam mudanças profundas e duradouras na estrutura social, no funcionamento das instituições, nos valores culturais.

     

    Rosa Monteiro 

    Observatório sobre Crises e Alternativas
    Centro de Estudos Sociais
    da Universidade de Coimbra
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