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    Av. Defensores de Chaves, nº16, cave dtª 1000-117 Lisboa, Portugal
    Tel. +351 211 353 775

     

    É o cultivar do sentimento de revolta com o sistema político e económico dominante, e que desde 2011 se tem materializado num movimento de contestação social contracultural que procura resgatar o debate e a decisão política para a vida quotidiana através da ocupação dos espaços públicos. Céticos com a inevitabilidade da austeridade imoral imposta pela crise, e não se sentindo representados pelos decisores políticos, da indignação fez-se resistência e os indignados rapidamente se transformaram num movimento mundial antiapatia reunido em mais de 706 praças públicas. Originário nos protestos da Puerta del Sol em Madrid, o lema Por Uma Democracia Verdadeira fez milhares viverem durante semanas nas ruas por uma revolução ética onde o ser humano está acima do dinheiro. Organizados em assembleias populares locais, debateram-se as alternativas de um movimento mundial que se quer pacifista, laico e apartidário. Estas formas igualitárias de organização promovem a reconcepção da democracia e contrariam o modelo parlamentarista que agrega em torno de si formas de decisão vertical.

    Em Portugal, ocuparam-se as principais praças de Lisboa, Porto, Coimbra e Barcelos, um ato inspirado e solidário com a indignação organizada. Graças às redes sociais, o movimento ganhou uma adesão popular que amplificou a dimensão local dos protestos e enriqueceu a construção coletiva de uma declaração pública de princípios e intenções que confluía para uma declaração mundial. Assumida na diversidade de pessoas que compõem a indignação (ideológica, religiosa, geracional, de classes, de identidades e sexualidades), nas ruas abre-se espaço para as vozes que os processos tradicionais de decisão não contemplam, como contraposição ao seu domínio pela corrupção política e dos interesses financeiros. Exige-se uma democracia que priorize princípios de igualdade, solidariedade, liberdade, cultura e felicidade, apelando à união de todas as pessoas e rejeitando a visão do individualismo económico. Atualmente os indignados, apesar de não estarem a ocupar as praças, mantêm o seu sentido de Acampada e continuam a organizar reflexões e protestos localmente.

     

    Bela Irina Castro 

    Observatório sobre Crises e Alternativas
    Centro de Estudos Sociais
    da Universidade de Coimbra
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