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    As indústrias culturais utilizam o conhecimento, a criatividade e a propriedade intelectual para produzir produtos e serviços com significado social e cultural. As indústrias culturais têm taxas de autoemprego mais elevadas do que outros setores e empresas muito pequenas dominam normalmente as cadeias de produtos criativos. Estes criadores e produtores são flexíveis, inovadores e ligados em rede, mas também frágeis e vulneráveis.

    Muito embora as indústrias culturais ou criativas sejam frequentemente tratadas como um setor coerente, cada subsetor caracteriza-se por atividades bastante distintas, com diferentes processos e sistemas de valores, em relação à arte e ao comércio. A designação “atividades culturais e criativas” é frequentemente usada para afastar as conotações associadas a “indústrias” e refletir de forma mais exata a natureza e a diversidade do trabalho artístico e cultural. O crescimento da economia criativa evidenciou o potencial económico de produtos culturais e posicionou as indústrias culturais e criativas como fontes de experimentação e inovação para a economia em geral. O Programa Europa Criativa, da União Europeia, é o enquadramento macro disponível atualmente. São diversas e altamente contextualizadas as estratégias localizadas para promover indústrias culturais, com numerosas iniciativas empenhadas em fomentar atividades culturais catalisadoras da transição e do desenvolvimento económicos .

    No atual clima de austeridade, o Governo está a centrar a sua atenção na exportação de produtos de indústrias culturais/criativas portuguesas
    – especialmente em áreas não linguísticas, como o design de mobiliário e de moda – como um setor de potencial crescimento económico e desenvolvimento. Esta estratégia faz-se eco de iniciativas de economia criativa visíveis em outros países europeus. No entanto, à medida que a política governamental se centra nas indústrias culturais/criativas “exportáveis”, corre-se o risco de atividades culturais menos comerciais perderem incentivos e serem ameaçadas. Esta questão é particularmente grave num momento em que as políticas e os programas culturais fundamentais são associados a algumas incertezas. Uma ambiguidade que pode comprometer os objetivos de desenvolvimento económico com o tempo. É seriamente inquietante que a maioria das artes e das atividades culturais possa ser vista apenas a partir da ótica do “desenvolvimento e progresso económico”.

     

    Nancy Duxbury 

    Observatório sobre Crises e Alternativas
    Centro de Estudos Sociais
    da Universidade de Coimbra
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