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    O sindicalismo foi o principal movimento social da sociedade industrial, nascido das ações de resistência da classe trabalhadora (embora com raízes no corporativismo medieval). As contradições do capitalismo não podiam oferecer melhor terreno para o florescer das lutas sociais: de um lado, o rápido crescimento económico com o rápido enriquecimento da burguesia; do outro, as condições miseráveis das classes trabalhadoras, a fome, a doença e o desemprego (a “questão social”). Foi a conflitualidade social promovida por associações e sindicatos que veio a impor todo um leque de conquistas civilizacionais traduzidas mais tarde no “direito do trabalho” a partir de finais do século XIX e no Estado-Providência do século XX.

    Em Portugal, os sindicatos foram fundamentais na organização da classe operária e nas lutas sociopolíticas de finais do século XIX até 1926, mas foram sempre objeto de forte repressão e controlo por parte do Estado. Porém, mesmo o sindicalismo corporativo do Estado Novo não impediu o trabalho clandestino de ativistas e militantes (em especial os comunistas) na defesa dos trabalhadores. Só após o 25 de Abril de 1974 o campo sindical atingiu o seu apogeu, tendo porém, caído de imediato numa nova cisão, resultante da rivalidade política entre o PCP e o PS, que permanece até hoje com a divisão entre as duas confederações sindicais: a CGTP e a UGT.

    Nas últimas décadas, o sindicalismo português, além de permanecer dividido, institucionalizou-se e em boa medida burocratizou-se, sendo incapaz de se renovar e de inovar a sua prática e o seu discurso. As novas gerações de trabalhadores, em especial os setores mais precários, afastaram-se do campo sindical e desconfiam das suas propostas. Enquanto os novos movimentos e o novo “precariado” se manifestam e se indignam recorrendo aos novos meios e redes do ciberespaço, o sindicalismo revela-se impotente para lidar com esses novos segmentos da força de trabalho, para se aliar a eles ou para se renovar a partir das novas modalidades de ativismo que tais movimentos estão a afirmar no espaço público e mediático.

     

    Elísio Estanque
     

    Observatório sobre Crises e Alternativas
    Centro de Estudos Sociais
    da Universidade de Coimbra
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