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    A WikiLeaks assume-se como organização de comunicação sem fins lucrativos. Lançada oficialmente em 2007, abanou o mundo em 2010 com revelações que embaraçaram governos. Tornou-se objeto de debate e foi alvo de bloqueio por parte de empresas de serviços bancários. Em 2011, chegou a anunciar a suspensão de atividades, mas, em 2012, voltou a apresentar sinais vitais.

    Wiki aponta para a ideia de edição coletiva simples e facilmente acessível e leaks para a de vazamento ou fuga. As divulgações partem de informações secretas com origem em fontes anónimas. Podem passar por tratamento jornalístico ou ser apresentadas em bruto. São difundidas através do sítio na Internet, por vezes como parte de ações coletivas com jornais de referência.

    Os pacotes de informação que conferiram ampla visibilidade à organização incluem documentos militares sobre a guerra no Iraque e no Afeganistão e telegramas da diplomacia americana. Os ficheiros de guerra, em particular o vídeo Collateral Murder, dão forma e rosto à desumanidade. Se sabíamos ou desconfiávamos do que são feitas as guerras, passou a ser mais difícil remeter ao esquecimento a arbitrariedade que produz o sofrimento. O pacote de correspondência entre o Departamento de Estado e 274 embaixadas é imenso e diverso. Entre apontamentos previsíveis e outros surpreendentes, existe informação digna de revistas sociais, lado a lado com revelações sobre espionagem feita por diplomatas e um mar de ilegalidade e corrupção do mundo da política e da economia internacionais. São muitos os governos atingidos pela avalanche de verdades inconvenientes.

    Se parte da polémica girou sempre em torno da personagem do fundador, Julian Assange, o debate é mais denso. De um lado, defende-se que há segredos necessários, cuja revelação ameaça a diplomacia. Do outro, enfatiza-se a importância da transparência. De ambos, questiona-se sobre o que fica por revelar. É inegável que o mundo mudou e a WikiLeaks é uma metáfora dos tempos que correm, em que política, jornalismo e cidadania são desafiados pelas possibilidades crescentes das tecnologias da informação.

     

    Sara Araújo

    Observatório sobre Crises e Alternativas
    Centro de Estudos Sociais
    da Universidade de Coimbra
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