RES/RSE
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Entre cosmologia e sistema: uma heurística para a globalização
Shiv Visvanathan - India

Este é um capítulo sobre o uso da metáfora da energia na construção do Estado indiano. Procura-se mostrar que a energia é um termo polivalente que foi disciplinado numa unidade estandardizada como caloria ou watt. Mostra como é que a "energia" se tornou um termo disciplinar nos textos do Comité Nacional de Planeamento. As ideias de Jawaharlal Nehru sobre planeamento, quando afirmou que as barragens são os templos da Índia moderna, apenas oficializaram este fenómeno. O capítulo mostra, primeiro, como é que a energia se tornou uma metáfora oficial para o Estado, em especial através da glorificação da electricidade, ao mesmo tempo que a lenha, enquanto energia usada pelas mulheres, nem sequer foi incluída na lista do orçamento energético. A seguir, o capítulo procura observar como é que a energia teve que ser pluralizada para desencadear os debates no conhecimento alternativo e na sociedade civil. Por fim, examina-se em detalhe o trabalho de especialistas em energia alternativos como C.V. Seshadri (Chennai) e Amulya Reddy (Banalore). Estuda-se como é que as tentativas de Seshadri para produzir uma teoria da energia se tornam um trabalho na política do conhecimento que liga energia a democracia, em que modelos alternativos de energia se tornam modelos alternativos de política. Situando-se no laboratório de Seshadri em Chennai, este estudo examina a sua crítica da entropia explorando como é que a sua filosofia da termodinâmica é uma teoria da diversidade, localismo e pluralismo. O estudo baseia-se em trabalho de campo em laboratório, o Murgappa Chettiar Research Centre e é uma tentativa de ligar ciência e democracia utilizando a diversidade como terreno.

 
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