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Oradores/as


Adelino Gomes

Jornalista. Foi locutor da Rádio Clube Português, da Rádio Renascença e da Deutsche Welle, director de informação e realizador de programas na Radiodifusão Portuguesa. Foi repórter da Radiotelevisão Portuguesa em 1975, tendo acompanhado acontecimentos como o 11 de Março de 1975, o início da guerra civil em Angola e a guerra civil em Timor. Retomou esse dossier no Público, jornal que ajudou a fundar, em 1989, e do qual foi director-adjunto e redactor principal. É co-autor do disco O dia 25 de Abril (duplo álbum com a reportagem sobre a revolução) e dos livros Portugal 2020 (1998), O 25 de Abril de 1974 — 76 fotografias e um retrato (1999), Carlos Gil - um fotógrafo na revolução (2004), As flores nascem na prisão, Timor-Leste - ano 1 (2004) e co-autor de Os dias loucos do PREC (2006). Desempenhou o cargo de Provedor do Ouvinte da RDP (2008-2010) sucedendo a José Nuno Martins. Leccionou na Escola Superior de Comunicação Social de Lisboa (1975-1981), na Escola Superior de Jornalismo do Porto (1986) e na Universidade Autónoma de Lisboa (1992-2002), foi formador no CENJOR - Centro de Formação Protocolar para Jornalistas e coordenou o Curso de Formação de Jornalistas e Animadores de Emissão da TSF.



António Sousa Ribeiro

Professor catedrático do Grupo de Estudos Germanísticos da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra e director do Departamento de Línguas, Literaturas e Culturas desta Faculdade. Foi, entre 1991 e 2008, responsável pela Revista Crítica de Ciências Sociais. É co-coordenador do programa de doutoramento em Pós-Colonialismos e Cidadania Global. Ao longo da sua trajectória de docente e investigador, exerceu diversos cargos, incluindo os de presidente do Conselho Científico da Faculdade de Letras (2000-2002) e de presidente do Conselho Científico do CES (2003-2007). Tem publicado extensamente sobre temas de literatura de expressão alemã (com especial incidência em Karl Kraus e na modernidade vienense), literatura comparada, teoria literária, estudos culturais, estudos pós-coloniais e sociologia da cultura. Entre as suas actuais áreas de interesse, destacam-se os estudos sobre literaturas e culturas de expressão alemã, a literatura comparada, os estudos pós-coloniais, os estudos de tradução, os estudos sobre o Modernismo e estudos sobre temas de violência, cultura e identidades. Tem-se dedicado também à tradução literária (p.ex. Karl Kraus, Os últimos dias da humanidade, 2003).



Carlos de Matos Gomes

Coronel na reserva. Cumpriu três comissões, em Moçambique, Angola e Guiné como oficial dos Comandos. Condecorado com as medalhas de Cruz de Guerra de 1ª e de 2ª Classe. Pertenceu à primeira Comissão Coordenadora do Movimento dos Capitães na Guiné. Foi membro da Assembleia do MFA. Além da sua carreira militar tem-se dedicado a estudos de História Militar, tendo publicado em co-autoria com Aniceto Afonso as obras Guerra Colonial e Portugal na Grande Guerra. Com Fernando Farinha publicou Um Repórter na Guerra. É autor da obra Moçambique 1970 – Operação Nó Górdio, da colecção Batalhas de Portugal. Como romancista publicou, sob o pseudónimo Carlos Vale Ferraz, os romances: Nó Cego, ASP - de passo trocado, Soldadó, Os Lobos não Usam Coleira, O Dia das Maravilhas e Flamingos Dourados. Na área do cinema e do audiovisual colaborou com Maria de Medeiros no filme Capitães de Abril e com Joaquim Leitão nos filmes Inferno e 20.13. É autor do argumento do filme Portugal SA, de Ruy Guerra. Participou nas séries documentais televisivas Portugal Século XX e Um Século Português. Tem publicado artigos de opinião sobre Estratégia e Política Internacional em diversos órgãos de Comunicação Social.



Diana Andringa

Jornalista. Em 1968 foi redactora da revista Vida Mundial e em 1971-1972 trabalhou no Diário de Lisboa. Passa de novo pela Vida Mundial (1976-1977), fixando-se no jornalismo televisivo em 1978. Durante cerca de dez anos foi jornalista do Telejornal, e de programas como Zoom, Triangular, Informação 2 - Internacional, Grande Reportagem, projectos especiais, documentais e eruditos. Entrevistou escritores como Jorge Luís Borges e Marguerite Yourcenar ou políticos como Kurt Waldheim, Delfim Neto, Enrico Berlinguer, Georges Marchais. Na RTP assinou vários documentários, entre eles, José Rodrigues Miguéis (1998), Jorge de Sena - uma fiel dedicação à honra de estar vivo (1997), António Ramos Rosa - estou vivo e escrevo sol (1997), Rómulo de Carvalho e o Seu Amigo António Gedeão (1996), Vergílio Ferreira: retrato à minuta (1996), Corte de Cabelo: história de amor, Lisboa, anos 90 (1996), Fonseca e Costa: A descoberta da vida, da luz e da liberdade, também (1996), Humberto Delgado: obviamente, assassinaram-no (1995), O Caso Big Dan's (1994), Iraque, o país dos dois rios (1985), Aristides de Sousa Mendes, o cônsul injustiçado (1983), Goa, 20 anos depois (1981). Foi subdirectora do Diário de Lisboa (1989-1990), subdirectora de actualidades na RTP1 (1998-2001) e subdirectora da RTP2 (2000-2001). Foi presidente da Direcção (1996-1998) e da Assembleia-Geral (1998-2001) do Sindicato dos Jornalistas. Leccionou na Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico de Setúbal (1998-1999) e na Escola Superior de Comunicação Social do Instituto Politécnico de Lisboa (1998-2001). Comendadora pela Ordem do Infante D. Henrique.



Fernando Oliveira Baptista

Engenheiro agrónomo pelo Instituto Superior de Agronomia da Universidade Técnica de Lisboa. Doutor em Ciências Agronómicas pela Universidade Técnica de Lisboa. Professor Catedrático do Instituto Superior de Agronomia/Departamento de Economia Agrária e Sociologia Rural. Professor visitante do Instituto de Economia da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) no Brasil. Membro da Academia de Agricultura de França. Docente de diversas disciplinas no âmbito das licenciaturas do Instituto Superior de Agronomia e do Mestrado em Economia Agrária e Sociologia Rural, com especial relevo para a docência das disciplinas de: Análise dos Sistemas Agrários e Sociologia Rural. Docente de diversas disciplinas de mestrado e de curso de pós-graduação no Instituto de Economia da UNICAMP, na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa e nos Institutos Agronómicos Mediterrânicos de Montpellier e de Saragoça. Coordenador e membro de diversas equipas responsáveis por projectos de investigação em Portugal, Espanha e Brasil. Coordenador e colaborador em acções de desenvolvimento em Portugal, Brasil e África. Autor de numerosos artigos, capítulos de livros e livros publicados em Portugal e no estrangeiro. Foi Ministro da Agricultura e Pescas do Governo Português entre Março e Setembro de 1975.



Francisco Louçã

Economista. Licenciou-se no Instituto Superior de Economia da Universidade Técnica de Lisboa (Prémio Banco de Portugal para o melhor aluno do curso), onde ainda fez o mestrado (Prémio JNICT) e concluiu o doutoramento, em 1996. Em 1999 prestou provas de agregação (tendo obtido aprovação por unanimidade) e, em 2004, ascendeu a Professor Associado. Preside à Unidade de Estudos sobre a Complexidade na Economia do ISEG. Recebeu em 1999 o prémio da History of Economics Association para o melhor artigo publicado em revista científica internacional. É membro da American Association of Economists e de outras associações internacionais, tendo tido posições de direcção em algumas; membro do conselho editorial de revistas científicas em Inglaterra, Brasil e Portugal; “referee” para algumas das principais revistas científicas internacionais (American Economic Review, Economic Journal, Journal of Economic Literature, Cambridge Journal of Economics, Metroeconomica, History of Political Economy, Journal of Evolutionary Economics, etc.). Foi professor visitante na Universidade de Utrecht e apresentou conferências nos EUA, Inglaterra, França, Itália, Grécia, Brasil, Venezuela, Noruega, Alemanha, Suíça, Polónia, Holanda, Dinamarca, Espanha e outros países. Publicou numerosos livros sobre economia e política – o último, de 2010, é Economia(s), com José Castro Caldas – e artigos em revistas internacionais de referência em economia e física teórica e é um dos economistas portugueses com mais livros e artigos publicados (traduções em inglês, francês, alemão, italiano, russo, turco, espanhol, japonês). É deputado à Assembleia da República desde 1999 e é colaborador regular em diversos jornais e revistas nacionais.



João Cravinho

Licenciado em Engenharia Civil pelo Instituto Superior Técnico, fez estudos de Economia em Yale e Oxford. Possui um extenso currículo como responsável de gabinetes do sector da Indústria. Em 1972 participou na fundação do Grupo de Estudos Básicos de Economia Industrial, de que foi director. Fez parte do IV Governo Provisório enquanto Ministro da Indústria e da Tecnologia (1975). Nos anos 80 foi deputado à Assembleia da República e de 1989 a 1994 deputado ao Parlamento Europeu. Nos finais dos anos 80 era consultor da Comissão Europeia, da OCDE e da UNESCO. Para além da sua actividade como docente nas áreas de Economia Industrial e das Relações Externas, foi autor de inúmeros trabalhos apresentados em seminários e conferências e publicou inúmeros artigos em revistas da especialidade. Foi Ministro do Equipamento, do Planeamento e da Administração do Território no governo socialista de António Guterres de 1995 até 1999. Posteriormente foi, por nomeação do governo português, administrador de The European Bank for Reconstruction and Development.



João Rodrigues

Economista e investigador no Centro de Estudos Sociais – Laboratório Associado, onde integra o Núcleo de Estudos sobre Ciência, Economia e Sociedade (NECES). Doutorado pela Universidade de Manchester com uma tese intitulada Are Markets Everywhere? Ludwig von Mises, Friedrich Hayek and Karl Polanyi. O seu trabalho de investigação incide na análise das relações entre as instituições económicas, o comportamento humano e a moralidade e no escrutínio dos principais contributos teóricos por detrás do chamado projecto neoliberal. Tem numerosos artigos publicados nestas áreas em revistas científicas nacionais e internacionais.



Jorge Almeida Fernandes

Jornalista. Possui uma longa carreira profissional, tendo sido um dos fundadores e redactores, em conjunto com João Martins Pereira, do jornal Gazeta da Semana. É actualmente, e desde a sua fundação, jornalista especializado em temas de natureza geo-estratégica e editorialista no diário Público, sendo ainda autor ou prefaciador de diversos livros.



Jorge Silva Melo

Encenador, cineasta e crítico. Frequentou a Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, onde integrou o Grupo de Teatro de Letras. Em 1969 partiu para o Reino Unido, com uma bolsa da Fundação Calouste Gulbenkian, tendo estudado Realização na London Film School. Passou por Berlim e por Milão, onde estudou teatro. Em 1973 funda o Teatro da Cornucópia, com Luís Miguel Cintra, que integrou até 1979. Em 1995 fundou a Artistas Unidos, companhia que dirige e na qual se centra a sua actividade como encenador. É autor do libreto de Le Château des Carpathes, de Philippe Hersant, baseado em Júlio Verne, e das peças de teatro Seis Rapazes Três Raparigas, António, Um Rapaz de Lisboa, O Fim ou Tende Misericórdia de Nós, Prometeu, Num País Onde Não Querem Defender os Meus Direitos, Eu Não Quero Viver, baseado em Kleist, de Não Sei (em colaboração com Miguel Borges) e O Navio dos Negros. Traduziu obras de Carlo Goldoni, Luigi Pirandello, Oscar Wilde, Bertolt Brecht, Georg Büchner, Lovecraft, Michelangelo Antonioni, Pier Paolo Pasolini, Heiner Müller e Harold Pinter. É colaborador regular do diário Público. Como realizador de cinema assinou nove filmes, tendo participado na cooperativa de cinema Grupo Zero, entre 1975 e 1979. Tem diversos livros publicados, sendo um dos mais recentes o autobiográfico Século Passado (2007).



José Mariano Gago

Físico. Professor catedrático do Instituto Superior Técnico. Obteve a formação em engenharia electrotécnica pelo mesmo Instituto em 1971. Em 1976 doutorou-se em Física pela Universidade de Paris e em 1979 obteve o grau de agregado em Física pelo Instituto Superior Técnico. Foi bolseiro do Instituto de Alta Cultura no Laboratório de Física Nuclear e de Altas Energias da École Polytechnique (Paris, 1971-76) e do CERN (Organização Europeia de Pesquisa Nuclear, Genebra, 1976-78), contribuiu para a renovação do ensino experimental básico de Física no IST e participou em várias experiências no domínio da Física Experimental de Partículas. Foi Ministro da Ciência e Tecnologia dos XIII e XIV Governos Constitucionais (1995-2002), liderados por António Guterres, e voltou a ocupar a pasta da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior nos XVII e XVIII Governos Constitucionais.



José Neves

Historiador, Professor Auxiliar Convidado do Departamento de História da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa e Investigador do Instituto de História Cóntemporânea da mesma Universidade. Publicou em 2008 o livro Comunismo e Nacionalismo em Portugal - Política, Cultura e História no Século XX, pelo qual recebeu o Prémio de História Contemporânea Victor de Sá 2008, o Prémio Jovens Cientistas Sociais de Língua Portuguesa CES 2009 e o Prémio Sedas Nunes 2010. Editou recentemente Como se Faz um Povo - Ensaios em História de Portugal Contemporâneo e, com Bruno Peixe Dias, A Política dos Muitos - Povo, Classes e Multidão.



José Reis

Director e Professor Catedrático da Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra e Investigador do Centro de Estudos Sociais (CES), onde integra o Núcleo de Estudos Ciência, Economia e Sociedade. Doutorado em Economia pela Universidade de Coimbra, onde também prestou provas de agregação na mesma área. Os seus temas de investigação em economia compreendem Economia dos Territórios, Institucionalismo, Estado e Governação e Economia Portuguesa. Ultimamente tem dado especial atenção às políticas territoriais. Complexidade, diferenciação e variedade, estruturas institucionais, territórios e proximidade são, pois, algumas das palavras-chave. Os trabalhos publicados estão disponíveis em livros e em revistas, destacando-se entre estas a Revista Crítica de Ciências Sociais (da qual foi membro do Conselho de Redacção) e Notas Económicas – Revista da Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra (de que foi fundador e Director). Recentemente publicou Ensaios de Economia Impura (Coimbra, Almedina, 2007 e 2009) onde desenvolveu o seu programa de investigação de raiz institucionalista. No domínio das políticas públicas tem dado espacial atenção às políticas para o território. É coordenador do Programa de Doutoramento em Governação, Conhecimento e Inovação (CES e FEUC), encarregando-se do Seminário Governação, Instituições e Políticas Públicas. Do seu Curriculum Vitae faz parte ter sido Secretário de Estado do Ensino Superior (1999-2001), Presidente da Comissão de Coordenação da Região Centro (1996-1999), Presidente do Conselho Científico da FEUC (1992-1994 e 2002-2004) e candidato a Reitor da Universidade de Coimbra (2003) com o programa Um Outro Futuro para a Universidade de Coimbra.



Luís Mourão

Professor Coordenador do Instituto Politécnico de Viana do Castelo, onde lecciona Literaturas de Língua Portuguesa. Agregação e doutoramento em Literatura Portuguesa do Século XX (Universidade Nova de Lisboa). Membro do Centro de Estudos Humanísticos da Universidade do Minho. Livros publicados: Sei que já não, e todavia ainda. ensaioliteratura.pt, 2003; Vergílio Ferreira: excesso, escassez, resto, 2001; Um romance de impoder. A paragem da história na ficção portuguesa contemporânea, 1996; Conta-Corrente 6: ensaio sobre o diário de Vergílio Ferreira, 1990. Artigos mais recentes: “O romance-reflexão segundo Gonçalo M. Tavares”, Diacrítica, 24-3, Centro de Estudos Humanísticos da Universidade do Minho, 2011; “Os livros impróprios: o autobiográfico e a série como processo de re-leitura”, in Dumas, Catherine [Coord.], Agustina Bessa-Luís: Audaces et Défigurations, Université Sorbonne Nouvelle Paris 3, 2011; “Radiografia da paisagem e do desejo: incursão em José Luís Peixoto e Gonçalo M. Tavares”. In Lourenço, António Apolinário e Silvestre, Osvaldo Manuel (Coord.). Literatura, Espaço, Cartografias. Centro de Literatura Portuguesa da Faculdade de Letras de Coimbra. 2011. pp. 467-484; “valter hugo mãe: a lei menor dos temas maiores”. In Martins, Cândido (Coord.) Pensar a Literatura no século XXI, Faculdade de Filosofia de Braga da Universidade Católica Portuguesa, 2010.



Luís Trindade

Lecciona cultura portuguesa contemporânea e história de Portugal no Birkbeck College da Universidade de Londres. Foi docente no Departamento de História da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa e investigador de pós-doutoramento na École des Hautes Études en Sciences Sociales de Paris. É investigador do Instituto de História Contemporânea da Universidade Nova desde 2002, onde participa no projecto de investigação Processos de Institucionalização de Poder do Estado em Portugal. Tem investigado e publicado sobre nacionalismo e comunismo, história dos intelectuais, do cinema, da imprensa, da publicidade, bem como outros temas relacionados com as indústrias culturais em Portugal no século XX. Publicações mais recentes: O Estranho Caso do Nacionalismo Português. O salazarismo entre a literatura e a Política e Foi Você que Pediu uma História da Publicidade?; e os artigos “O Riso Desdramatizador. Combate de géneros e as memórias do cinema clássico português” (P. Portuguese Cultural Studies), “A Cultura Comunista – Política do Diálogo” (Intervalo), “Um Cartaz Espantando a Multidão. António Ferro e outras almas do modernismo banal” (Comunicação & Cultura), “A Mãe de Todos os Vícios. Agostinho de Campos perante a crise da massificação” (Estudos do Século XX). Encontra-se a terminar um livro jornalismo, modernismo e cinema em Portugal nos anos de 1920.



Manuela Silva

Licenciada em Economia pelo Instituto Superior de Economia e Gestão da Universidade Técnica de Lisboa. Foi Professora catedrática convidada daquele Instituto onde leccionou cadeiras de Planeamento, de Política económica e de Política Social. Exerceu também funções docentes no Instituto Superior de Serviço Social de Lisboa, no Instituto Superior de Sociologia e Gestão de Évora e no Instituto Nacional de Administração, tendo leccionado e dirigido seminários de mestrado nas áreas da Política Social, Planeamento e da Economia portuguesa. Desempenhou diversos cargos na Administração Pública, nomeadamente os seguintes: Directora do Gabinete de Estudos Sociais do Ministério da Saúde (1965-70); Directora do Serviço de Estudos e da contabilidade nacional do Instituto Nacional de Estatística (1970-71); Presidente do Instituto de Tecnologia Educativa (1974-75). Foi Secretária de Estado para o Planeamento, no I Governo constitucional (1976-77). Integrou diferentes grupos de peritos e realizou missões de consultadoria no âmbito da UE, Conselho da Europa e BIT. Desenvolveu investigação e tem livros e artigos publicados no domínio da repartição do rendimento, pobreza, política social e planeamento. Foi pioneira no estudo do desenvolvimento comunitário em Portugal. Dedicou também a sua atenção às questões de igualdade de género. Foi Presidente da Comissão Nacional Justiça e Paz entre 2006-08. Foi fundadora e é Presidente vitalícia da Fundação Betânia. Presentemente, é vogal do Conselho Geral da Universidade Técnica de Lisboa e membro do Conselho Geral do Montepio.



Maria João Seixas

Jornalista profissional. Licenciada em Filosofia, pela Universidade de Lisboa, em 1969, foi secretária de Vítor Alves, então ministro da Educação e Investigação Científica do V Governo Provisório, e de Maria de Lurdes Pintasilgo. Entre 1978 e 1980 dirigiu o Departamento de Produção de Filmes da Secretaria de Estado da Emigração e, entre 1980 e 1986, o Departamento de Venda de Programas da RTP, acumulando essas funções com as de vice-presidente do European Film Distribution Office, de 1989 a 1997. Entre 1995 e 1997 foi assessora do primeiro-ministro António Guterres, para os Assuntos Culturais. Durante seis anos publicou mensalmente Conversas com vista para... no jornal Público, e concebeu as cinco edições dos Clássicos para a Fundação Calouste Gulbenkian. Fez parte do painel semanal Um Certo Olhar, da Antena 2, e colaborou com o realizador Fernando Lopes, enquanto co-argumentista dos filmes O Delfim (2002) e Lissabon, Wuppertal (2004). Foi mandatária das candidaturas de Mário Soares e Jorge Sampaio à Presidência da República, e de Manuel Maria Carrilho, à Câmara Municipal de Lisboa. É directora da Cinemateca Portuguesa, desde Janeiro de 2010.



Maria Manuela Cruzeiro

Maria Manuela Cruzeiro foi investigadora do Centro de Documentação 25 de Abril e é-o actualmente no Centro de Estudos Sociais. Trabalha há anos na área da História Oral aplicada sobretudo à recolha, tratamento e publicação de entrevistas aprofundadas aos principais protagonistas da Revolução de 25 de Abril de 1974. Nesse âmbito publicou Costa Gomes - O Último Marechal, Vasco Gonçalves - Um General na Revolução, Melo Antunes - O Sonhador Pragmático e Vasco Lourenço - Do Interior da Revolução. Os seus interesses actuais são o estudo do 25 de Abril, na sua dimensão cultural, a problemática da história oral e da memória, os movimentos de resistência à Ditadura, especialmente entre as mulheres e a juventude académica, cultura e identidade nacional, particularmente a partir da obra de Eduardo Lourenço. Sobre todos estes temas tem publicação variada. Destacam-se as obras: Maria Eugénia Varela Gomes - Contra Ventos e Marés, Anos Inquietos - Vozes do Movimento Estudantil em Coimbra (1961-1974) (em co-autoria com Rui Bebiano), Eduardo Lourenço, o Regresso do Corifeu e Tempos de Eduardo Lourenço (em co-autoria com Maria Manuel Baptista).



Rui Tavares

Escritor e historiador, tem centrado o seu trabalho na história cultural, na história e crítica da arte e da literatura, bem como no estudo das relações entre cultura, política e ciência na Época Moderna. A multiplicidade do seu campo de interesses e a vasta produção escrita levaram à criação do blogue Barnabé, do qual foi um dos principais redactores. É doutorando na École des Hautes Études en Sciences Sociales, Paris, e especializou-se em história setecentista. Os seus trabalhos têm sido apresentados em diversos colóquios nacionais e internacionais. Traduziu para a Tinta-da-China Cândido ou o Optimismo, de Voltaire, e Tratado da Magia, de Giordano Bruno. O Arquitecto e a tradução do Tratado da Magia serão publicados no Brasil pela Martins Editora. O seu estudo O Pequeno Livro do Grande Terramoto está também traduzido em russo. É cronista regular no jornal Público e na revista Blitz e é consultor no programa Câmara Clara (da RTP2). Presentemente é também deputado independente, eleito pelo Bloco de Esquerda, no Parlamento Europeu.