Seminário do ECOSOL CES
Dabukuri, bem viver ou viver melhor? Reflexões sobre (etno)desenvolvimento,  «sustentabilidade» e saberes indígenas
Ivani Ferreira de Faria (Titular da Cátedra CAPES/CES de Ciências Sociais e Humanas)

13 de dezembro de 2016, 16h00, Sala 2, CES-Coimbra

Resumo

O dabukuri ainda expressa as formas originais de trocas de bens (comida, vestimentas, artefactos ou conhecimentos e saberes etc)?
Quais as finalidades dos projetos que os povos indígenas vem desenvolvendo? Bem viver ou viver melhor? Inserir no mundo ou no mercado do trabalho? As forças do processo colonial e do capitalismo conseguiram lançar seus tentáculos sobre suas práticas sociais, culturais e económicas?  Existem resistências? São participantes ou participativos? Qual o significado de sustentabilidade para eles? Qual o sentido do etnodesenvolvimento?

Nos propomos a conversar sobre alguns projetos realizados pelos povos indígenas na região do rio Negro, Amazonas e como estes se incorporam nos seus modos de vida e  a diferença entre a conceção de sustentabilidade para estes povos e as agências financiadoras dos projetos.


Nota biográfica

Ivani Ferreira de Faria é titular da Cátedra CAPES/CES de Ciências Sociais e Humanas no período de setembro de 2016 a fevereiro de 2017. Atualmente é professora no curso de Geografia e orienta várias pesquisas no Curso de Licenciatura Indígena  Políticas Educacionais e Desenvolvimento Sustentável da Universidade Federal do Amazonas/UFAM e pesquisadora/líder de Grupo de Pesquisa “Dabukuri – Planejamento  e Gestão do Território  na Amazônia “, CNPq. Licenciada e bacharel em Geografia pela Universidade Federal do Espírito Santo/UFES; mestre em Geografia Humana (1997) e doutora em Geografia Física (2007) pela Universidade de São Paulo/USP, e Pós Doutora pela Universidade Autônoma do México/UNAM e Universidade Pedagógica Nacional do México/UPN.
Seus projetos de pesquisa e extensão financiados pelo CNPQ e FAPEAM versam sobre: diagnóstico socio ambiental em Unidades de Conservação; planejamento e gestão territorial e mapeamento participante em áreas protegidas (Unidades de Conservação e Terras Indígenas); ecoturismo de base comunitária; gestão do território em terras indígenas e etno desenvolvimento; educação indígena e geopolítica ambiental utilizando a pesquisa participante e aprendizagem pela pesquisa e demais metodologias participantes.

Entre os livros publicados estão:
Gestão do conhecimento e território indígena: por uma geografia participante.
Território e Territorialidades Indígenas do Alto Rio Negro.
Geopolítica Ambiental; a produção do território no Estado do Amazonas.
Ecoturismo Indígena: Território, sustentabilidade, multiculturalismo.
Saberes Indígenas: ensino superior, autonomia e território.