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Titular da Cátedra

 

CURRICULUM VITAE RESUMIDO

A Professora Maria Victoria Chenaut nasceu na Argentina e vive no México desde 1976, onde obteve a nacionalidade mexicana. Licenciou-se em História na Universidade Nacional de Tucumán (Argentina), realizou o Mestrado em Ciências - Sociologia Rural na Universidade de Wisconsin-Madison (EUA) o Doutoramento em Ciências Sociais na Faculdade de Michoacán (México). A sua tese de doutoramento aborda a questão da honra, das disputas e dos usos do direito na população indígena totonaca do Distrito de Papantla, Veracruz (México). Em 1987 juntou-se ao Centro de Investigação e Estudos Superiores em Antropologia Social (Centro de Investigaciones y Estudios Superiores en Antropología Social, CIESAS), com a afetação ao CIESAS-Golfo, onde mantém o cargo de Professora-Investigadora Titular "C". Integra o Sistema Nacional de Investigadores (Nível II) e da Academia Mexicana de Ciências.

Realizou a sua investigação entre os pescadores das Penínsulas de Baja California e Yucatán e em zonas rurais dos estados de Puebla, Veracruz e Quintana Roo. As principais linhas de investigação que tem trabalhado abrangem sobretudo os seguintes temas: 1) a etnohistória da população totonaca no século XIX e primeiras décadas do século XX, questionando as dinâmicas históricas, políticas e culturais da região conhecida como Totonacapan; 2) os temas do pluralismo jurídico, práticas jurídicas, justiça e interlegalidade em regiões indígenas no que diz respeito à resolução de conflitos e administração da justiça para indígenas e hibridização estabelecida entre o direito oficial do Estado, o direito indígena e a legislação local. Quanto à metodologia de investigação, o seu trabalho consistiu em combinar uma abordagem etnográfica com a pesquisa em arquivos de fontes judiciais, utilizando ambas as perspetivas no estudo de casos de disputas; 3) a questão das intersecções entre género e direito, estudando o conceito de honra e as relações de género em arquivos judiciais e na legislação civil e criminal de Veracruz no século XIX. Também no trabalho de campo realizado na Serra de Papantla concentrou-se em investigar o tema da capacidade de atuação das mulheres indígenas na reivindicação dos seus direitos e os seus usos do direito.

A autora integra a Rede Mexicana e Latino-Americana de Antropologia Jurídica (Redes Mexicana y Latinoamericana de Antropología Jurídica, RELAJU) e, como tal, fez parte da comissão organizadora do Congresso Internacional da rede, realizado no México em 2006. Lecionou em cursos de licenciatura da Universidade Nacional de Salta e da Universidade Católica de Salta (Argentina). No México, lecionou em cursos de licenciatura da Universidade Autónoma de Nuevo Leon a da Universidade Autónoma de Puebla, cursos de mestrado na Universidade de Villarica e no CIESAS-Golfo e cursos de doutoramento no CIESAS D.F., na Universidade de Veracruz e no Colégio de Michoacán. Publicou diversos artigos em revistas especializadas, capítulos de livros, livros de sua autoria e foi coorganizadora de livros coletivos. Entre os seus trabalhos, destacam-se: Migrantes y aventureros en la frontera sur (México, SEP/CIESAS, 1989); Aquellos que vuelan. Los totonacos en el siglo XIX (México, CIESAS/INI, 1995); Pueblos indígenas ante el derecho (livro coletivo coordenado com María Teresa Sierra, México, CIESAS/CEMCA, 1995); Procesos rurales e historia regional (Sierra y costa totonacas de Veracruz) (livro coletivo coordenado pela autora, México, CIESAS, 1996); Decoding Gender: Law and Practice in Contemporary Mexico (livro coletivo coordenado com Helga Baitenmann e Ann Varley, EUA, Rutgers University Press, 2007), cuja versão ampliada e atualizada em espanhol tem como título Los códigos del género: Prácticas del derecho en el México contemporáneo (México, PUEG-UNAM, 2010), e Justicia y diversidad en América Latina. Pueblos indígenas ante la globalización (livro coletivo coordenado com Magdalena Gómez, Héctor Ortiz e María Teresa Sierra, México, CIESAS/FLACSO-Ecuador, 2011).