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EVENTOS

 

 

 

O QUE SE GANHA QUANDO SE PERDE: CONVERSAS PERANTE IMAGENS DE ARQUIVO.

O projeto Fora de Campo – arquivo de cinema de Moçambique, em colaboração com a Rádio Zero, propõe um programa de rádio ao vivo, em três sessões, desde o local da sua instalação, no CarpeDiem Arte e Pesquisa, Bairro Alto, em Lisboa.

 

Sessão 1 Quarta-feira dia 18 de janeiro de 2012 | www.radiozero.pt | das 15:03 às 15:40 |

A Drª Maria Paula Meneses é Moçambicana e investigadora do Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra. "A luta continua" tornou-se o slogan de conquista da Revolução Moçambicana mas é também a evidência de uma agenda em processo. Depois do visionamento de um filme do Arquivo de Cinema de Moçambique a conversa abordará o modo como essa agenda se revelou na constituição da história oficial e na produção nacional de cinema Pós-Independência.

 

Sessão 2 Quinta-feira dia 19 de janeiro de 2012 | www.radiozero.pt | das 15:03 às 15:40 |

A Dª Teresa Almeida é a responsável pelo Arquivo da Liga dos Combatentes. Trabalha há cerca de 40 anos nesta instituição, situada a alguns metros do antigo Palácio Pombal onde está agora instalado o projeto Fora de Campo – Arquivo de Cinema de Moçambique. A Dª Teresa Almeida foi convidada a visitar a instalação e a trazer alguns pequenos filmes do acervo do Arquivo da Liga, que vai constituindo em colaboração direta com os ex-Combatentes. A conversa vai revelar o universo de experiências de guerra que a Dª Teresa Almeida gere, arquiva e assimila, no seu quotidiano.

 

Sessão 3 Sexta-feira dia 20 de janeiro de 2012 | www.radiozero.pt | das 15:03 às 15:40 |

Esta sessão é dedicada à reutilização do material de arquivo. Os realizadores Fernando Matos Silva e António Escudeiro vão trazer dois filmes que realizaram sobre a Independência de Guiné-Bissau, respetivamente "Acto dos Feitos da Guiné" (1980) e “Guiné-Bissau – Independência” (1977). A ideia é integrar na emissão de rádio alguns dos tópicos que surjam no seguimento do visionamento dos filmes. Catarina Simão e Gonçalo Tocha (realizador de “É na Terra, não é na Lua”, de 2011), abordarão o tema desde o seu próprio trabalho.

 

Ciclo 1961: o ano de todos os perigos

19 de fevereiro a 10 de dezembro de 2011, Picoas Plaza, Rua de Viriato 13, Lj 117/118, CES-Lisboa

Enquadramento

O ano de 1961 foi, para o regime salazarista, o ano de todos os perigos, vindo a revelar-se como o annus horribilis do ditador. Em distintos contextos, múltiplos acontecimentos marcariam esse ano, prenúncio do final do regime colonial-fascista português. Porque uma das linhas de orientação temática do CES aposta no aprofundar do conhecimento sobre o espaço de expressão portuguesa – e sobre as suas ligações históricas – este conjunto de sessões procura refletir sobre um espaço unido por várias histórias e lutas.


Colóquio Arquivos do Silêncio: Alianças Secretas da Guerra Colonial

29 de Novembro de 2011, 10h00, Sala 1, CES-Coimbra

Enquadramento:
Assinalam-se este ano os 50 anos sobre o início da Guerra Colonial portuguesa. O tema da Guerra Colonial tem vindo a conhecer novas revelações suscitando debates sobre o sentido desta guerra e das lutas nacionalistas que conduziram a processos de independências em meados dos anos 70. Questionar o colonial implica o levantar de inúmeras questões, quer nos espaços outrora metropolitanos imperiais, quer nos vários contextos colonizados. Esta relação obriga a repensar o tempo da história e a própria História. A luta pela independência de Angola, da Guiné e de Moçambique esteve intimamente ligada a outros processos geopolíticos, a apoios do continente africano e à persistência do fascismo em Portugal. Porém muito permanece por dizer sobre a Guerra Colonial e suas implicações geoestratégicas no contexto da guerra-fria.
O ritmo crescente das polémicas associadas a este conflito opõe-se todavia ao ritmo lento da constituição de saberes académicos. Este colóquio procura cruzar olhares e perspetivas sobre a última etapa da história colonial de Portugal, abrindo portas para uma análise mais profunda dos vários sujeitos e narrativas que este violento processo encerrou, integrando oradores com diferentes percursos. Procura-se, igualmente, aprofundar os conhecimentos sobre os contornos e implicações do Exercício Alcora, uma aliança nunca publicamente reconhecida, que Portugal estabeleceu com a África do Sul e a Rodésia em 1970 para apoiar a sua luta contra os movimentos nacionalistas na Guerra Colonial. Neste sentido a aliança estabelecida pelo Exercício Alcora oferece elementos importantes para confrontar visões já estabelecidas sobre a Guerra Colonial e para uma melhor compreensão das suas consequências.
 

 Ciclo de Cinema e Debates: Encontros com a História

22 de março a 19 de julho de 2011, 17h30, Mosteiro de Santa Clara-a-Velha ; Casa das Artes (Ass. Fila K)

Enquadramento

A década de 60 inaugurou um novo momento político em África. Todavia, as transições para as independências foram acompanhadas, em vários casos, por situações de extrema violência, reflexo quer da complexidade política presente, quer da intolerância imperial. É objetivo deste ciclo (Iº semestre de 2011) ver e discutir estes filmes como testemunho político da construção do projeto das independências africanas, abrindo pontes para uma análise mais profunda dos vários sujeitos que estes ‘encontros com a história’ procuram resgatar.

 

Curso de Formação:  Arquivos do Silêncio: Estilhaços e Memórias do Império

16 e 17 de junho de 2011, Picoas Plaza, R. Tomás Ribeiro,65, CES-Lisboa

Resumo

O tema da Guerra Colonial tem vindo a conhecer novas revelações suscitando debates sobre o sentido desta guerra e das lutas nacionalistas, associadas aos processos de independências em meados dos anos 70. Questionar o colonial implica o levantar de inúmeras questões, quer nos espaços metropolitanos imperiais, quer nos vários contextos colonizados. A luta pela independência de Angola, da Guiné e de Moçambique esteve intimamente ligada a outros processos geopolíticos, a apoios do continente africano e à luta contra o fascismo em Portugal. Esta senda anticolonial envolveu a rejeição da discriminação racial e das fronteiras sulcadas pelo imperialismo num apelo à conjugação de esforços para resistir à opressão colonial e fascista, transformando-as numa causa única contra um opressor comum. Esta relação obriga a repensar o tempo da história e a própria História.
O ritmo crescente das polémicas associadas a este conflito opõe-se todavia ao ritmo lento da constituição de saberes académicos. Este curso procura cruzar olhares e perspetivas sobre a última etapa da história colonial de Portugal, abrindo portas para uma análise mais profunda dos vários sujeitos e narrativas que este violento processo encerrou em si, integrando oradores com diferentes percursos.

 

Workshop: Quem é o Inimigo? Anatomias de Guerras Revolucionárias

18 de Janeiro de 2013, Picoas Plaza, R. Tomás Ribeiro,65, CES-Lisboa

Enquadramento

Esta oficina, que decorrerá durante um dia, examinará a centralidade do discurso sobre o ‘inimigo’ ao nível da análise da construção de sociedades cuja história recente está marcada por episódios de extrema violência. Combinando problemáticas teóricas e metodológicas e apoiada nos textos nacionalistas, a oficina procura ampliar a leitura sobre como a produção de conhecimento, as culturas de legalidades, a política e a luta pelos direitos humanos se (re)constroem no presente do continente africano.

 

Seminário Internacional: Violências, memórias e justiças no tempo presente

20 e 21 de Maio de 2013

Enquadramento

Este seminário internacional pretende ser um espaço interdisciplinar para ampliar a discussão e a reflexão crítica sobre os sentidos de justiça e de reconciliação à escala nacional e regional dilatando, numa perspetiva plural, o contexto, processos históricos, a multiplicidade de atores e de projetos políticos envolvidos.