Como decorreu o estudo
Sendo este um projecto transdisciplinar, os métodos de recolha de dados foram diversificados. Foram usados métodos de investigação qualitativos e quantitativos na recolha de narrativas privadas e públicas sobre a Guerra Colonial e na recolha de dados para estudar factores de vulnerabilidade ao trauma.
O processo de investigação com os participantes compreendeu duas fases:
Fase 1– dirigida a filhos: entrevista semi-estruturada sobre memórias da Guerra.
Fase 2 – dirigida a filhos e aos respectivos pais: preenchimento de questionários e recolha de amostras salivares para estudo de factores de vulnerabilidade ao trauma.
Os participantes do estudo foram portugueses nascidos entre 1960 e 1985 e seus pais.
O projecto contou com 465 participantes, dos quais 223 são filhos. Das 130 famílias que participaram, 111 são famílias completas: 83 são do grupo A (famílias cujo pai foi à Guerra) e 28 famílias do grupo B (famílias cujo pai não foi à Guerra).
A todas as famílias que gentilmente se disponibilizaram a participar, agradecemos a paciente generosidade!
Questões éticas e legais
Atendendo a que o projecto envolvia a recolha e tratamento de dados pessoais, foi elaborado um pedido de autorização formal à Comissão Nacional de Protecção de Dados que obteve parecer favorável (Autorização nº 274/2008), o que garantiu oficialmente as condições de segurança e confidencialidade de recolha e tratamento dos dados.
Só participaram no estudo pessoas que voluntariamente aceitaram as condições propostas no consentimento informado. Foi sempre possível solicitar a consulta, revisão ou eliminação dos dados, ou mesmo desistir em qualquer etapa do estudo.