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O sexismo é uma ideologia e uma prática que se baseia em estereótipos e preconceitos em torno do sexo e dos papéis sociais atribuídos à mulher e ao homem. O sexo feminino é equacionado com a natureza, a paixão e a reprodução, reservando-se à mulher o papel da maternidade e do cuidado. O sexo masculino é identificado com a cultura, a razão e o poder, atribuindo-se ao homem o papel de provedor da família e de liderança no espaço público. O sexismo gera a discriminação contra a mulher, sendo produzido e reproduzido pelas normas culturais e pelas estruturas sociais.

Graças às mobilizações feministas, as normas jurídicas em diversas sociedades têm vindo a consagrar o princípio da igualdade entre homens e mulheres. No entanto, a ideologia sexista continua a influenciar as práticas institucionais e as relações interpessoais. A desigualdade com base no sexo ainda é um desafio da democracia e do exercício da cidadania das mulheres no século XXI. Por exemplo, os homens continuam a ocupar a maior parte dos cargos políticos e das posições de chefia no trabalho.

As respostas feministas ao sexismo são múltiplas. O feminismo liberal propõe mudanças na legislação e na educação, bem como a integração plena da mulher no mercado e na política. O feminismo socialista critica as políticas neoliberais e busca mudanças estruturais que possam eliminar as desigualdades com base no sexo e na classe social. O feminismo pós-colonial e antirracista põe em causa o significado da identidade “mulher”, no singular, e o discurso a-histórico da opressão das mulheres. Dependendo do contexto, o classismo e o racismo podem ser tão relevantes quanto o sexismo na vida das mulheres.

Em momentos de crise, as mulheres trabalhadoras e em situação de pobreza encontram-se especialmente vulneráveis. As empresas, por exemplo, tendem a despedir as mulheres com base no preconceito de que o homem é o provedor da família. As trabalhadoras domésticas podem perder o trabalho em função da crise que afeta as famílias empregadoras. Possíveis alternativas passam pela criação de redes de solidariedade entre mulheres e homens da mesma classe social e, quando possível, entre mulheres de diferentes classes sociais.

 

Cecília MacDowell Santos

Observatório sobre Crises e Alternativas
Centro de Estudos Sociais
da Universidade de Coimbra
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