Este artigo discute o conceito de inovação social e identifica as suas principais dimensões analíticas. Pretende-se construir uma matriz analítica que permita, por um lado, sistematizar e comparar estudos de caso sobre o papel da inovação social no desenvolvimento dos territórios e, por outro, definir indicadores para um estudo de carácter extensivo. São identificadas cinco dimensões de análise da inovação social: a natureza, os estímulos, os recursos e dinâmicas, os agentes e os meios inovadores ou criativos. Dá-se particular importância à quinta dimensão de análise correspondente à espacialidade do processo de inovação social, ou seja, às características dos meios inovadores ou criativos. Nesta perspectiva, salienta-se a ideia da plasticidade do meio – lugar ou espaço-rede – resultante da conjugação de três condições: a diversidade, que assegura a abertura ao exterior e a entrada de ideias, atitudes e práticas novas; a tolerância, que permite o risco, possibilitando, por essa via, a emergência de inovação; a participação, que promove o debate e o envolvimento dos actores. Na segunda parte do artigo, apresenta-se um estudo de caso exploratório, o microcrédito em Portugal, que surge como um exercício de aplicação da matriz analítica apresentada na primeira parte. Este caso ilustra bem o papel decisivo do capital relacional na inovação social, bem como a articulação entre várias escalas do espaço-rede.

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Palavras-chave:  Inovação social, meios inovadores, meios criativos, plasticidade dos lugares, microcrédito.

 Saber mais: http://www.yearofmicrocredit.org/http://www.microcredito.com.pt/;

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