2007   2006   2005   2004/2003
 
2006
CURSO DE FORMAÇÃO
Desafios sociais e educacionais em Portugal e no Brasil: escola, direitos das crianças e superação do racismo
CES, 15 e 16 de Dezembro de 2006

PROGRAMA

15 de Dezembro das 10h às 13h
Paula Meneses, Raça, etnia e ciência - para uma discussão crítica sobre a persistência do racismo em ambiente escolar.

15 de Dezembro das 15h às 18h
Marta Araújo,A escola a preto e branco: o racismo no quotidiano.

16 de Dezembro das 10h às 13h
Catarina Tomás, "O mundo tem esta linha ao meio, é a dividir, e os pretos estão em baixo": crianças, racismo e reconhecimento das diferenças.

16 de Dezembro das 15h às 18h
Nilma Gomes, A formação de professores e propostas de superação do racismo na escola brasileira: limites e possibilidades.
CONFERÊNCIA
14 de Dezembro de 2006, na Sala Keynes da FEUC, às 16h30m  

O MICRO-CRÉDITO, UMA ARMA PARA A PAZ

Catarina Frade e Paula Duarte Lopes.
Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra,
Centro de Estudos Sociais

Organizado pelo o Observatório do Endividamento dos Consumidores
e o Núcleo de Estudos para a Paz (CES/FEUC)
II Ciclo Anual Jovens Cientistas Sociais 2006-2007

Conferência
14 de Dezembro, 17:00h, Sala de seminários (piso 2) do CES

Histórias de crânios e o problema da classificação antropológica de Timor

Ricardo Roque
Universidade Açores

Comentários: João Arriscado Nunes e Oriana Raínho Brás
CURSO DE FORMAÇÃO
Capital Social e Participação
CES, 6 e 7 de Dezembro de 2006

PROGRAMA

SESSÃO 1 - DIA 6: 10H-13H
Sílvia Portugal (CES/FEUC)
Capital Social: conceitos e problemáticas centrais
- Os conceitos de capital social.
- As teorias do capital social: novidade ou reinvenção?
- Redes sociais e capital social.
- O carácter individual e o carácter público do capital social.

SESSÃO 2 - DIA 6: 14H30-17H30
José Manuel Mendes(CES/FEUC)
Capital social e mobilização: as lideranças e o papel da comunicação social
- Análise crítica do impacto dos discursos mediáticos sobre as acções de protesto colectivo.
- Reflexão sobre as estratégias eficazes de apresentação e representação dos movimentos sociais no espaço público
- Dinâmicas de liderança e processos de democracia interna nos movimentos sociais.
- Análise dos constrangimentos e das lógicas de construção de uma cidadania activa.

SESSÃO 3 - DIA 7: 10H-13H
Pedro Hespanha (CES/FEUC)
A acção descentralizada entre o universalismo e o particularismo
- Os riscos da intervenção descentralizada particularista: do “familismo amoral” ao clientelismo de bem-estar.
- Os riscos da descentralização universalista: “disempowerment”, desdiferenciação e parificação.
- Outros problemas da intervenção descentralizada: eficácia, equidade, “accountability”, localismo, efeito de proximidade e escala. 

SESSÃO 4 - DIA 7: 14H30-17H30
Cristina Milagre (IEFP)
Capital social e educação
- Educação–formação e aprendizagem ao longo da vida.
- De indivíduos a actores na educação–formação.
- Práticas participativas na educação–formação.
Seminário No CES
28 Novembro, 15 Horas

Etnografia das Demonstrações Sociotécnicas na Trajectória da Barragem de Alqueva

Sofia Bento
Instituto Superior de Economia e Gestão

No âmbito do Núcleo de Estudos sobre Ciência, Tecnologia e Sociedade

Nota biográfica:
Docente no Departamento de Ciências Sociais do Instituto Superior de Economia e Gestão da Universidade Técnica de Lisboa, obteve doutoramento em Sociologia da Inovação em regime de co-tutela na Ecole Supérieure des Mines de Paris e no Instituto Superior de Economia e Gestão, com financiamento da Fundação para a Ciência e a Tecnologia. A sua tese reconstroi a trajectória da barragem de Alqueva a partir da circulação desta no espaço público português, propondo a re-discussão de questões clássicas tais como a relação da técnica e da sociedade em grandes empreendimentos hidroeléctricos. Os seus interesses científicos actuais cruzam várias questões: trajectórias de objectos técnicos e científicos, controvérsias técnicocientíficas e debates públicos, instituições científicas e conhecimento, e finalmente políticas de investigação científica e do ensino superior.

Resumo:
Partindo de uma investigação empírica sobre a barragem de Alqueva, que incidiu numa recolha exaustiva de imprensa num período de mais 40 anos, convida-se a olhar para a trajectória desta barragem. Referiremos as perspectivas dos estudos da ciência e da técnica e a abordagem do actor-rede como enquadramento à nossa análise, mostrando como uma etnografia mulsitio à barragem de Alqueva pode devolver ao observador dados sobre a forma como os vários actores se ligam entre si e com objectos diferentes. A nossa proposta é de ler a configuração da barragem de Alqueva como um processo de singularização a partir das várias demonstrações sociotécnicas que inserem actores em formatos muito diversos. Veremos assim como a força desta barragem se mantém nas várias fases da sua existência, ao mesmo tempo que assistimos à construção da sociedade portuguesa.
Seminário No CES
20 Novembro, 18 Horas

Truth' and Consequences: Ethnicity, Narration, and the Commodification of Suffering

Prof. Sidonie Smith
Universidade de Michigan, USA

Nota biográfica:
A Prof. Sidonie Smith (Universidade de Michigan, USA), consultora do Programa Transdisciplinar "Linguagens, Identidade e Mundialização" (FLUC/FEUC/CES da Universidade de Coimbra) é especialista em "Autobiography Studies, Narrative and Human Rights, Feminist Theories, Women's Studies in Literature".

A Prof. Sidonie Smith é Martha Guernsey Colby Collegiate Professor of English and Women's Studies Chair, do Department of English da Universidade de Michigan. As suas áreas de especialização temática incluem Autobiography Studies; Narrative and Human Rights; Feminist Theories; Women's Studies in Literature.
CURSO DE FORMAÇÃO
Educação Multicultural ou Intercultural? Da Política à Prática
17 e 18 de Novembro de 2006


Programa:

Dia 17 de Novembro
 
Sessão 1 – 10:00h às 13:00h
Competências para a Cidadania e a Interculturalidade
José Manuel Pureza, Centro de Estudos Sociais

Sessão 2 –14:30h às 17:30h
Multiculturalismo ou  Interculturalidade? O pensamento e o discurso político
Manuela Guilherme, Centro de Estudos Sociais
Graça Costa, Centro de Estudos Sociais

Dia 18 de Novembro
 
Sessão 310:00h às 13:00h
O discurso e o texto: Análise documental e curricular e a formação de professores
Olga Solovova, Centro de Estudos Sociais
Ricardo Cabrita, Centro de Estudos Sociais

Sessão 414:30h às 17:30h
As palavras e os actos: As ‘boas práticas’ no tempo presente
Madalena Mendes, Ministério da Educação
Adelaide Silva, Centro de Formação de Almada Ocidental, PROFORMAR
João Raimundo, Centro de Formação de Almada Ocidental, PROFORMAR
Ana Gaspar, Sindicato dos Professores da Grande Lisboa
II Ciclo Anual Jovens Cientistas Sociais 2006-2007
CONFERÊNCIA
15 de Novembro, CES, 17 Horas

MOVIMENTOS ESTUDANTIS NA CRISE DO ESTADO NOVO: MITOS E REALIDADES

Miguel Cardina
Universidade de Coimbra
Curso de Formação
10 e 11 de Novembro, Sala de seminários (piso 2) do CES

Racismo e Pós-racismo

Coordenadores: Maria Paula Meneses, Marta Araújo e Nilma Gomes

Objectivos: A partir de uma reflexão sobre as práticas que, diariamente, reproduzem concepções estereotipadas sobre os outros, este curso procura reflectir sobre as implicações da permanência do discurso racista nas sociedades contemporâneas. Partindo de alguns casos de estudo, este curso procura interrogar, a partir da construção social da noção de ‘raça’, as lógicas de dominação que este discurso continua a legitimar. Neste sentido, o objectivo principal deste curso é o de problematizar a não-discussão deste tema, ao mesmo tempo que procura identificar possibilidade de produção de práticas e de glossários alternativos que permitam ultrapassar o recurso persistente à discriminação como prática de poder. É igualmente objectivo do curso alargar o debate à análise crítica de outras categorias classificatórias, centrais à estruturação de processos identitários contemporâneos, como sendo as noções de ‘etnia’, ‘grupo cultural’, ‘grupo religioso’, etc.
Seminário de Pós graduação
31 de Outubro, 18:00h, Sala de seminários (piso 2) do CES

DO NACIONAL AO GLOBAL: TRAJETÓRIAS, SENTIDOS E LIMITES DA SOCIEDADE CIVIL GLOBAL

Joviles Vitório Trevisol
Universidade do Oeste de Santa Catarina, Brasil

Resumo:
O termo sociedade civil global tem pouco mais de uma década de uso corrente nas ciências sociais e no vocabulário político. Mais recentemente, houve uma verdadeira proliferação de trabalhos sobre o tema, uma parte escrita com o propósito de aprimorar o conceito e ampliar sua capacidade analítica, outra para apontar limites e, inclusive, sugerir outras conceituações e perspectivas de análise. Ainda que seu uso tenha sempre suscitado polêmicas e desconfianças, é inegável o fato de que a temática da sociedade civil global tenha estado no centro das discussões sobre uma série de temas fundamentais de nosso tempo, especialmente os que se referem à democracia, globalização, governação global, direitos humanos, meio ambiente e justiça social. O conceito adquiriu uma notável – e também acrítica – legitimidade científica e política, e passou a ser o depositário de uma grande aspiração normativa. Nos últimos anos falar em sociedade civil global tornou-se fascinante e popular, um discurso proferido por ativistas, acadêmicos, diplomatas, políticos, banqueiros, jornalistas, entre outros. De forma invariável, praticamente toda a literatura que se serve do conceito é unânime em reconhecer o caráter polissêmico, confuso, impreciso do termo. Os contornos não são claros, sendo ainda mais imprecisos quando é utilizado na sua acepção normativa, para referir-se ao tipo ideal de vida em sociedade. Com freqüência é associado a um "novo" sujeito histórico e revolucionário capaz de fazer frente a todas as injustiças e desigualdades do mundo globalizado.Esse contexto reforça a necessidade de problematizar o conceito, submetendo-o a uma hermenêutica de suspeição. Algumas perguntas estimulam e orientam esse esforço: (i) tem sentido falar em sociedade civil global? (ii) O que há de global na sociedade civil global? (iii) Trata-se de um conceito plausível (do ponto de vista analítico) e desejável (do ponto de vista político)? (iv) Quais são os principais limites que cercam a emergente sociedade civil global?. Esses são alguns dos questionamentos que orientam o presente seminário.

Nota biográfica:
Doutor em Sociologia pela Universidade de São Paulo (USP). Mestre em Sociologia Política pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Ex-Pró-Reitor de Pesquisa e Pós-Graduação da Universidade do Oeste de Santa Catarina (UNOESC).  Docente/pesquisador do Programa de Mestrado em Educação da Universidade do Oeste de Santa Catarina (UNOESC). Autor de inúmeros artigos científicos, apresentados em eventos e publicados em revistas especializadas sobre sociedade civil, ONGs, meio ambiente e educação ambiental. Membro da Rede Sul-Brasileira de Educação Ambiental (REASUL) e da Comissão Interinstitucional de Educação Ambiental do Estado de Santa Catarina (CIEASC). Coordenador de inúmeros projetos de pesquisa e de extensão universitária.
Provas de Doutoramento
de Sílvia Portugal

Sala dos Capelos
31 de Outubro de 2006 – 15.00H
Apresentação do livro
30 de Outubro, 21:00h, Livraria Almedina, Estádio da Cidade de Coimbra

A GRAMÁTICA DO TEMPO: PARA UMA NOVA CULTURA POLÍTICA

De Boaventura de Sousa Santos
Seminário de Pós graduação
30 de Outubro, 15:00h, Sala de seminários (piso 2) do CES

MOVIMENTO NEGRO, SABERES E A CONSTRUÇÃO DE UM PROJETO EDUCATIVO EMANCIPATÓRIO

Nilma Lino Gomes
Departamento de Administração Escolar da Faculdade de Educação da UFMG

Resumo:
Este seminário consiste na apresentação dos primeiros resultados do projeto de pós-doutoramento da autora que se encontra em curso.O estudo e a reflexão sobre a produção de saberes e a construção de um projeto educativo emancipatório pelo movimento negro brasileiro são o objetivo central do trabalho. Isso, por vezes, é desperdiçado conquanto experiência humana, social, educativa e política. Trata-se de uma pesquisa bibliográfica, com recorte histórico, focalizando o período que se configura a partir dos anos 2000, no Brasil, em que a luta pelas políticas de ações afirmativas para a população negra na educação ganha destaque na mídia, nos meios universitários e na arena política. As ações afirmativas são entendidas, nesta pesquisa, como a principal expressão do caráter emancipatório do movimento negro nos últimos tempos. Elas não se reduzem às cotas. Nessa perspectiva, elas também são entendidas como espaço, movimento e possibilidade de confluência de três tipos de saber construídos pela comunidade negra ao longo da sua trajetória histórica, quais sejam: o saber identitário, o saber político e o saber estético/corpóreo. Privilegiaremos, nesse momento, a discussão sobre os saberes estéticos/corpóreos e as diferentes expressões de corporeidade negra que os mesmos possibilitam. Esta reflexão é inspirada na crítica à teoria social produzida pelo sociólogo Boaventura de Sousa Santos, tendo como destaque a sociologia das ausências e das emergências (2004).

Nota biográfica:
Doutora em Antropologia Social/USP, professora do Departamento de Administração Escolar da Faculdade de Educação da UFMG, coordenadora do Programa Ações Afirmativas na UFMG e membro da equipe do Programa Observatório da Juventude da UFMG. É autora de vários livros e artigos sobre a questão racial no Brasil, dentre os quais destacamos: Sem perder a raiz: corpo e cabelo como símbolos da identidade negra (Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2006), Para entender o negro no Brasil de hoje (São Paulo:Global/Ação Educativa, 2004), em parceria com o prof. Dr. Kabengele Munanga e A mulher negra que vi de perto: o processo de construção da identidade racial de professoras negras (Belo Horizonte: Mazza Edições, 1995).

Apresentação pública do estudo do Observatório Permanente da Justiça
27 de Outubro, 11.30h, Sala de Seminários (Piso 2) do CES

A GEOGRAFIA DA JUSTIÇA - PARA UM NOVO MAPA JUDICIÁRIO

Sessão com as intervenções de Boaventura de Sousa Santos e de Sua Excelência o Sr. Ministro da Justiça

Aula Inaugural do Programa de Doutoramento em Política Internacional e Resolução de Conflitos
20 de Outubro, 15.00h, Sala Keynes da FEUC

Segurança e Desenvolvimento: problemas actuais


Prof. Doutor João Gomes Cravinho
Secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros e da Cooperação
Seminário No CES
19 Outubro,17 Horas

Transições Falhadas? O caso da Ucrânia

Raquel Freire
Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra

(No âmbito do Núcleo de Estudos para a Paz)
II Ciclo Anual Jovens Cientistas Sociais 2006-2007

CONFERÊNCIA

18 de Outubro, CES, das 17 Horas

Interacção verbal em contexto pedagógico português: por caminhos de acção e reflexão em didáctica das línguas.

Teresa Cardoso
Universidade de Aveiro
Lisboa, 17 de Outubro
Apresentação promovida pelo Núcleo de Estudos para a Paz, Estudo de David Sogge - "Angola: e onde está a 'boa governação' do mundo?" a realizar às 18h no mini-auditório da Universidade Autónoma de Lisboa.
LANÇAMENTO DE LIVRO

Anos Inquietos. Vozes do Movimento Estudantil em Coimbra [1961-1974]

Organização e prefácios de Rui Bebiano e Manuela Cruzeir
o

Apresentação
Abílio Hernandez Cardoso e João Botelho

Com a presença dos entrevistados

Almedina - Estádio
12 de Outubro, 5a. feira, 21h00
 

Conferência Internacional
Competências Interculturais para a Mobilidade Profissional
ICOPROMO – Intercultural Competence for Professional Mobility

   

Lisboa, 9 - 10 Outubro 2006

English Version

11ª Conferência Internacional Metropolis
"Caminhos e encruzilhadas: migrações e transformação dos lugares"
Lisboa, Portugal, entre 2 e 6 de Outubro de 2006

Foi atribuído a António Casimiro Ferreira o Prémio Agostinho Roseta, 4ª edição, na categoria "Estudos e Investigação" ao seu livro Trabalho Procura Justiça: os Tribunais de Trabalho na Sociedade Portuguesa. A deliberação do júri considerou a qualidade técnico-científica do trabalho e o contributo da investigação para a melhoria das relações laborais.
Apresentação do novo curso de Doutoramento "Direito, Justiça e Cidadania no Séc. XXI"
21 de Setembro, pelas 11 horas, na Sala 9 da Faculdade de Direito
Decorreu no CES a acção de formação
Implementação de sistema e gestão da qualidade nas respostas sociais
Organizada pela REAPN - Núcleo Distrital de Coimbra
12, 15 e 19 de Setembro de 2006, 9.30h-12.30h; 14.00h-17.00h
Seminário no CES
28 de Julho, 18.00h

Para a transição de paradigmas: Um diálogo entre um certo marxismo crítico e as teorias da emancipação de Boaventura de Sousa Santos.

Juarez Guimarães
Departamento de Ciência Política da Universidade Federal de Minas Gerais

Nota biográfica:
Juarez Guimarães é professor do Departamento de Ciência Política da Universidade Federal de Minas Gerais e está em Coimbra como parte de um convênio de intercâmbio entre o CES e o Programa de pesquisas em democracia participativa. Tem orientado inúmeras teses de doutoramento e dissertações de mestrado nas áreas de teoria e política e de pensamento político e social brasileiro.
Sua dissertação de Mestrado chama-se "Claro enigma: o PT e a tradição socialista", defendida em 1990, e sua tese de doutoramento foi publicada com o nome de "Democracia e marxismo: crítica à razão liberal".
Coordena duas linhas  editoriais, uma sobre autores clássicos na interpretação do Brasil ( Editora da  Fundação Perseu Abramo) e outra sobre intelectuais contemporâneos do Brasil ( Editora da UFMG e da Fundação Perseu Abramo).
Coordenou recentemente, junto com outros professores, uma grande investigação sobre a memória da luta pela reforma agrária no Brasil, a ser publicado em livro em agosto próximo. Livros mais recentes: "A esperança equilibrista: o governo Lula em tempos de transição", "Leituras da crise: o PT, a democracia e o socialismo" e "Ao futuro do socialismo petista: 13 ensaios sobre a gênese e a possível superação da crise".
Foi editor durante 13 anos do jornal Em Tempo e edita desde 2001 um boletim mensal de análise da conjuntura brasileira.

Resumo:

De modo mais sistemático, nos últimos dez anos, tenho desenvolvido uma reflexão sobre a refundação de uma cultura de emancipação socialista no século XXI, tendo como ponto de partido a tese de doutoramento.
Esta tese sistematizou o que há de razão e erro na crítica de quatro grandes autores liberais ao marxismo, isto é, Benedetto Croce, Max Weber, Popper e Bobbio, a partir do tema da incompatibilidade entre as visões deterministas da história e o ideal normativo da democracia. O argumento da tese buscou avaliar a justeza e erro destas crítica na obra de Marx e na cultura marxista, desde o primeiro marxismo da II Internacional até os dias de hoje, culminando no diálogo promovido por Habermas com a obra de Marx.
Após a tese, ofereci um curso no doutorado em Ciências Sociais, no qual examinei o tema da relação entre Estado e Sociedade Civil na obra de Marx e nos autores clássicos e contemporâneos do marxismo no século XX. Deste trabalho, resultará um livro em processo de elaboração cujo ponto de partida é uma reavaliação da crítica de Marx à Filosofia do Direito em Hegel. E, como uma primeira expressão, resultou na apresentação a um seminário nacional do texto "Marxismo e democracia: um novo campo analítico-normativo para um socialismo no século XXI", publicado recentemente no Brasil.
No período recente, aprofundei o diálogo com duas tradições na filosofia política críticas ao liberalismo e com expressão forte na alta cultura brasileira e internacional : a tradição da democracia deliberativa, que trabalha criticamente com uma intenção de superação da contribuição habermasiana e a tradição do republicanismo cívico, que busca escavar a importância desta tradição na cultura ocidental.
Este caminho pessoal de reflexão guarda áreas decisivas de contacto com o vasto, erudito e inovador trabalho de reelaboração conceitual empreendido pelo professor Boaventura dos Santos em busca de uma refundação das teorias de emancipação social. O que se pretende fazer no seminário, então, é se estabelecer uma tensão criativa com este campo conceitual e de imaginação da emancipação social, percorrendo de forma sistemática os seus pontos fortes de articulação, as suas tensões internas e os seus silêncios.
Seminários no CES
26 de Julho, 17.00h

Tratamento Jurídico da Violência Doméstica – O Caso Moçambicano

Bela Lithuri
Universidade Técnica de Moçambique

Nota biográfica:
Bela Lithuri, é docente na Área de Formação em Ciências Jurídicas da Universidade Técnica de Moçambique desde 2005; actualmente presta assistência jurídica a mulheres vítimas de violência doméstica e de baixo rendimento, projecto levado a cabo pela Associação Moçambicana de Mulheres de Carreira Jurídica. Para além de estar ligada a questão da violência doméstica tem também trabalhado na divulgação da Lei da Família e da Constituição da República, diplomas legais recentemente aprovados em Moçambique.

Resumo:
A preocupação com os elevados índices de crescimento da violência doméstica e as suas diferentes manifestações coloca-se hoje como uma questão crucial para a sociedade moçambicana. Inúmeras causas são apontadas como factores que contribuem para o aumento da violência, entre eles as imensas desigualdades económicas, sociais e culturais, a disseminação da droga, o alcoolismo e o desemprego. Actualmente, decorrem em Moçambique acções conducentes a elaboração da Lei Contra a Violência Doméstica. Esta acção é levada a cabo pelo Fórum Mulher, Coordenação Para a Mulher Em Desenvolvimento que em Abril último apresentou a respectiva proposta. O objectivo da presente pesquisa é compreender melhor a forma como a violência doméstica é encarada a nível jurídico muito embora se entenda que este é mais um problema social. Pretende-se igualmente recolher alguns dados sobre a tipificação e sancionamento da violência doméstica nalguns países da CPLP como forma de contribuir com subsídios materiais no projecto de elaboração da Lei Contra a Violência Doméstica que actualmente decorre em Moçambique.

A participação pública em C&T e o desenvolvimento de políticas para a implementação da Convenção da Diversidade Biológica (CDB)

Camila Carneiro Dias
Instituto de Geociências da Universidade Estadual de Campinas – UNICAMP, Brasil


Nota biográfica:
Camila Carneiro Dias é Mestre em Administração Pública pela Universidade Federal da Bahia - UFBA e, actualmente, está realizando seu doutorado no programa de pós-graduação do Departamento de Política Científica e Tecnológica – DPCT, do Instituto de Geociências da Universidade Estadual de Campinas – UNICAMP, Brasil, onde é integrante da equipe de pesquisa do projecto "Natureza e Impacto de Parcerias Norte-Sul, Público-Privado em Pesquisa Aplicada à Bioprospecção", "Natureza e Impacto de Parcerias Norte-Sul, Público-Privado em Pesquisa Aplicada à Bioprospecção", apoiado com recursos da CAPES (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior) e do IDRC (International Development Research Centre). Suas áreas de pesquisa compreendem os temas relativos à Política de C&T e os Estudos Sociais de Ciência e Tecnologia, com ênfase para a participação pública em C&T, cooperação internacional e meio-ambiente.

Resumo:
No campo da política de Ciência e Tecnologia, a questão da necessidade de maior sinergia entre a comunidade científica e o público dito "leigo", visando o fomento da chamada "ciência cidadã", é tema recorrente de discussões, tanto na esfera internacional, quanto nos processos de implantação do marcos regulatórios locais. Em vários países (Europa Ocidental, Canadá, Nova Zelândia, Índia, México, entre outros), procedimentos participativos já fazem parte das políticas nacionais de regulação de diversos campos da C&T, a exemplo da biotecnologia, meio ambiente etc.
Para Newell (2002), o envolvimento de membros da sociedade civil destes países em decisões científicas e tecnológicas pode ser visto como uma reacção do público às calamidades ambientais e recentes crises alimentares (mal da vaca-louca, alimentos transgénicos etc.), bem como uma manifestação de descrédito em relação à confiabilidade da chamada "sound science". Entretanto, ainda que a participação pública já tenha apresentado resultados tangíveis em alguns destes países, no que diz respeito a modelos e arranjos institucionais de participação pública, não se pode falar na existência de "melhores práticas", metodologias universais ou soluções genéricas, prontamente replicáveis. Aliás, se há alguma consideração-chave a ser feita quando se trata da participação pública na construção de políticas de C&T, ou em qualquer outro domínio, é que o contexto local (social, político, económico, cultural) realmente importa. Além disso, o simples termo "participação pública" denota uma complexidade epistemológica, e traz consigo uma série de questionamentos, que justificam a ampliação tanto do debate teórico, quanto da investigação empírica do fenómeno.
Recentemente, o processo de institucionalização das actividades de exploração dos recursos da biodiversidade, que teve início em 1992, com a ratificação da Convenção sobre a Diversidade Biológica (CDB), adicionou novas e intrincadas questões ao debate sobre participação pública em C&T. Especialmente, a regulação da prática de bioprospecção _ que corresponde à busca de possibilidades de aplicação científico-comercial dos recursos da biodiversidade, seja na forma de património genético, seja na forma de conhecimento tradicional associado_ traz à tona a questão da percepção da cultura e do conhecimento tradicional tratados como propriedade intelectual.
Desde a publicação da CDB, o acesso e a manipulação do património genético ou do conhecimento tradicional associado devem ser precedidos da negociação do consentimento prévio e informado entre as partes e da elaboração de contrato referente à repartição de benefícios, quando prevista a possibilidade de aferição de ganhos económicos. Estas condições implicam, entre outros desafios, a construção de um regime jurídico sui generis que seja capaz de estabelecer critérios para a definição da titularidade colectiva de direitos intelectuais associados aos conhecimentos tradicionais. Por sua vez, esta questão relaciona-se directamente à necessidade de identificação e reconhecimento das diferentes formas de representação e participação das comunidades indígenas e tradicionais. Mais além, implica também a construção de uma nova ética de pesquisa, exigindo dos pesquisadores uma acção e uma reflexão para além do campo estrito do seu conhecimento.
Isto posto, este seminário tem por objectivo discorrer sobre a temática da participação pública em C&T, relacionando-a aos desafios de construção de novas formas e regimes jurídicos de representação colectiva e de protecção de direitos comunitários de propriedade intelectual, trazidos por uma modalidade específica de pesquisa: a bioprospecção.

Seminário no CES
25 de Julho, 18.00h

Ética, verdade e angulação: A mídia alternativa e seu papel de transformação social

Alderon Costa
Presidente da Associação Rede Rua, Editor do jornal O Trecheiro, Membro da Diretoria da Revista de rua, OCAS

Nota biográfica:
Nascido em Minas Gerais, criado em Brasília e sobrevivente em São Paulo. Fotógrafo, Formação em Filosofia, e Jornalismo. Presidente da Associação Rede Rua, Editor do jornal O Trecheiro, membro da diretoria da revista de rua, OCAS. Tem realizado trabalhos relacionados com a questão das pessoas em situação de rua desde 1982.
Iniciativa
 
17 a 21 de Julho
Organização: Marta Araújo e Tiago Santos Pereira

 
Seminário de pós-graduação
21 de Julho, 18.00h

Cidadania sem Cidadãos

Ednéia Maria Machado
Departamento de Serviço Social da Universidade Estadual de Londrina-Paraná

Nota biográfica:
Ednéia Maria Machado é pós-doutoranda, bolsista da CAPES, do Programa de Pós-Colonialismo e Cidadania Global, (Centro de Estudos Sociais da Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra) orientanda do Prof. Boaventura de Sousa Santos.
. Professora do Departamento de Serviço Social da Universidade Estadual de Londrina-Paraná/Brasil;
. Primeira coordenadora do Programa de Mestrado em Serviço Social e Política Social, do Departamento de Serviço Social da Universidade Estadual de Londrina
. Doutora em Serviço Social e Política Social pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo - São Paulo/Brasil
. Bolsista Produtividade em Pesquisa nível 2 do CNPq edneia@pesquisador.cnpq.br

Resumo:
Historicamente, nas formações sociais capitalistas, os direitos de cidadania têm sido vinculados ao trabalho, ao exercício do trabalho formalmente constituído, com um contrato de trabalho individual que garanta direitos aos trabalhadores, seja no exercício do trabalho, seja quando findo o tempo de vida útil dos trabalhadores para as necessidades do capital.
Para os despossuídos dos meios de produção, só o trabalho poderia lhes garantir a cidadania, entendida esta como o direito a uma  proteção social, coletivamente sustentada quando, individualmente, não pudessem garantir sua sobrevivência.
Os fundamentos iniciais da política social tinham por pressuposto o trabalho e a solidariedade coletiva - o atendimento aos trabalhadores pelos trabalhadores, com contraprestações dos empregadores e do Estado - que, por condições específicas de vida não tinham condições de vender sua força de trabalho: doenças, acidentes, velhice etc. (É importante ressaltar a existência de atendimentos assistencialistas dirigidos àquelas pessoas que não tinham qualquer possibilidade de estabelecer vínculos de trabalho: crianças órfãs, pessoas doentes, pessoas com deficiências físicas e/ou mentais etc.)
Em última análise, a política social nasce como uma contraposição à exploração do trabalhador pelo capitalista. Nasce não de forma espontânea, mas como resultado das lutas dos trabalhadores para ampliarem o preço da sua força de trabalho e, com isto, garantirem melhores condições de vida e de trabalho. Na contraposição entre capital e trabalho, onde o capital tem levado vantagem, os trabalhadores têm, sempre, que continuar lutando - seja para manter direitos já conquistados, seja para ampliarem direitos; em outras palavras, os trabalhadores lutam para ampliar sua participação no produto por eles gerados, entendendo que toda produção é uma produção social, ainda que apropriada de forma privada pelos detentores do capital.
Em tempos de políticas neoliberais, os trabalhadores não têm conseguido garantir a manutenção dos direitos conquistados, além de perderem significativos postos de trabalho. A política neoliberal tem criado o desemprego estrutural e, nas palavras de Boventura, a sociedade civil incivil. Ressalte-se, ainda, que muitos trabalhadores não tem conseguido se inserir no mercado formal de trabalho, submetendo-se a trabalhos precários e informais. São trabalhos que não têm direitos sociais mínimos, onde não se estabelecem contratos de trabalho, e são trabalhadores que, por não terem um vínculo formal de emprego têm quase a impossibilidade de adquirir mercadorias em prestações, em alugar moradias, em alimentar-se, em estudar etc. Em outras palavras, são cidadãos sem cidadania. São estas questões que nos colocam frente a um novo debate sobre a cidadania.
Pois são tempos curiosos estes que correm. Tempos em que avançam os conhecimentos sobre o mundo e sobre os homens no mundo. A natureza, esquecida durante milênios, passa a exigir dos homens o reconhecimento de sua existência, mostrando que dela também depende a vida humana.
Em todas as áreas do conhecimento vivenciamos avanços inimagináveis. Avanços estes que buscam ampliar o tempo de vida das pessoas e a qualidade de vida. Ampliam-se as possibilidades de termos alimentos mais saudáveis; de, num futuro não muito distante, podermos extirpar doenças recriando partes do nosso corpo. São inúmeras as possibilidades colocadas pelos avanços científicos nas áreas do conhecimento.
Mas como são tempos curiosos, temos pestes que a ciência, o conhecimento humano, ainda não conseguiram resolver. A maior de todas as pestes é a fome que tem dizimado milhões de pessoas. Podemos citar muitas outras pestes que atingem milhares de pessoas: moradias a céu aberto; favelas; analfabetismo; sem pátria; expulsos da pátria etc.
Mas também vivemos um tempo em que muito se estuda, se fala, se ouve e se vê a necessidade da cidadania. Assim, os debates sobre a cidadania, a ampliação dos elementos constitutivos da cidadania levam-nos à essência da cidadania e podem mostrar-nos que vivemos tempos de cidadania sem cidadãos.
Conferência no CES
21 de Julho, 15.00h

Do velamento à produção das diferenças: Lugares de fala no cenário mediático contemporâneo

Fernando Resende

Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro

(No âmbito do Programa de Mestrado e Doutoramento "Pós-Colonialismos e Cidadania Global")

Nota biográfica:
Jornalista, Doutor em Ciências da Comunicação (Universidade de São Paulo) e Mestre em Estudos Literários (Universidade Federal de Minas Gerais). Professor e pesquisador do Departamento de Comunicação Social e do Programa de Pós-Graduação em Comunicação (Mestrado) na Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro. Atualmente, pesquisa a problemática das narrativas em jornais diários, nos meios impressos, audiovisuais e na Internet; tem dedicado grande parte de seu trabalho teórico na proposição de reflexões e práticas acerca da comunicação social e da cultura na mídia e nas cidades contemporâneas, enfocando as questões relacionadas à noção de espaço público e levando em consideração as problemáticas acerca da pluralização das identidades e da diversidade cultural. Tem vários artigos publicados em livros e periódicos da área de comunicação social e jornalismo e é autor do livro "Textuações – ficção e fato no Novo Jornalismo de Tom Wolfe" (Ed. Annablume / Fapesp, 2002).

Resumo:
O espaço público contemporâneo que se reconfigura com a ajuda fundamental dos meios de comunicação traz a idéia de conflito como norma possível. Se hoje notamos na mídia uma diversidade de narrativas que visam à representação do mundo, não há dúvidas de que são os próprios meios, produtos-produtores do avanço tecnológico que experimentamos, que estão a nos apresentar um espaço ampliado para a diversidade de representações. No entanto, haveria, do mesmo modo, maior espaço para o reconhecimento? É relevante, no momento atual, chamar atenção para os desafios que nos são impostos pelas experiências singulares em que se inscrevem as sociabilidades contemporâneas e procurar refletir acerca da importância dos meios de comunicação social nas sociedades em desenvolvimento, essas que vivem suas particularidades em um contexto pós-colonial. Se os meios antes se apresentavam fundamentalmente marcados por uma idéia de velamento das diferenças, o que dizer neste momento em que tudo aparentemente pode e merece ser exposto? Se somos hoje acometidos por um processo exacerbado de produção das diferenças, queremos fazer notar algo ambíguo: gerada pela mídia, a produção das diferenças tanto faz parte de uma lógica do capitalismo tardio como contribui para a inscrição de formas variadas de imprimir sentido. Assim, seria este processo mais uma peça que nos prega o desenvolvimento capitalista que pauta os países economicamente dominantes ou seria esta a batalha possível por uma hegemonia cultural? É possível pensar, em um contexto pós-colonial, experiências de resistência (sejam os exemplos inaugurais do Movimento Zapatista, no México, o do MST no Brasil, ou mesmo a entrada dos blogs e das rádios comunitárias) como lugares políticos de fala no contemporâneo, considerando serem eles produtos tanto do avanço tecnológico e da mídia como de práticas de sobrevivência nas sociedades em desenvolvimento? A perspectiva desta conferência é pensar os textos e as imagens como bens simbólicos, porque objetos culturais e ideológicos, que trazem em si alguns dos mecanismos de produção das diferenças, pois queremos sugerir que é na busca de compreensão desses mecanismos que também encontramos alguns caminhos de reflexão para a problemática aqui apontada.

Seminário no CES
20 de Julho, 17.00h

A Diversidade do Islão em Moçambique

Liazzat J.K. Bonate
Faculdade de Letras e Ciências Sociais da Universidade Eduardo Mondlane

Nota biográfica:
Liazzat J.K. Bonate é, desde 1993, professora no Departamento de História, Faculdade de Letras e Ciências Sociais da Universidade Eduardo Mondlane, Moçambique. Actualmente está a terminar o seu doutoramento na Universidade do Cabo, na Africa do Sul. Anteriormente terminou um mestrado em História Mundial com destaque para a História de Ásia e Africa na Universidade Estatal de Kazaquistão, antiga URSS; obteve também o grau de Mestrado em Sociedades e Culturas Islâmicas pelo SOAS (School of Oriental and African Studies), Universiadade de Londres, Inglaterra; em História e Antropologia Sócio-Cultural da África pela Universidade de Northwestern nos Estados Unidos de América. Actualmente a sua investigação centra-se na história das confrarias islâmicas e das transformações identitárias em Moçambique, no século XX.
Tem várias publicações sobre a matrilinearidade, Islão e género no norte de Moçambique; sobre transformações de autoridade ‘tradicional’ e islâmica no período de expansão de comercio de escravos no século dezanove; e sobre a diversidade de concepções islâmicas em Moçambique contemporâneo. 

Resumo:
À semelhança do que acontece noutras partes do Mundo, o Islão em Moçambique caracteriza-se por uma extraordinária diversidade, a qual se expressa através de diferenças e variações dos ritos e de discursos em torno do Islão. A partir do trabalho de investigação que tenho vindo a realizar em Moçambique é possível distinguir três grupos de Muçulmanos, cada um representando uma concepção diferente do Islão: os que seguem o ‘Islão tradicional Africano’; os que seguem o Islão das confrarias, ou Islão esotérico; e os Islamistas.
Neste trabalho a autora assume que cada um destes grupos representa uma camada histórica de mudanças em concepções do Islão em Moçambique. Estas novas concepções levaram ao estabelecimento de novos centro do Islão, que relegaram para um plano marginal as concepções anteriores; todavia, isto não significa que as concepções anteriores desapareceram; pelo contrário, tacitamente continuam a posar uma ameaça para a nova concepção emergente. A partir de uma análise histórica que pretende dar conta da emergência e dos confrontos entre as várias concepções do Islão em Moçambique, esta apresentação pretende fornecer pistas para uma melhor e mais profunda compreensão da paisagem cultural moçambicana.

Seminário no CES
17 de Julho, 14.30h


Ex-Yugoslavia and Iraq: Conflict Management and Missed Opportunities for Peace

Jan Oberg
Director of the Transnational Foundation for Peace and Future Research, TFF, in Sweden

Organizado pelo Núcleo de Estudos para a Paz
Provas de Doutoramento
de José Carlos Marques

Sala dos Capelos

11 de Julho de 2006 – 15.00H
Conferência No CES
30 de Junho, das 18h15

Class Trajectories and Social Networks

Prof.
Fiona Devine
University of Manchester

(No âmbito do Programa de Mestrado e Doutoramento "Pós-Colonialismos e Cidadania Global")

Nota biográfica:
Fiona Devine é uma socióloga internacionalmente prestigiada e reconhecida, sobretudo pelos seus trabalhos de análise comparativa entre os EUA e o Reino Unido, em torno de temas como desigualdades sociais, discriminação sexual, classes e mobilidade social, trajectórias sociais e educação. É Professora de Sociologia e actualmente chefe do Departamento de Sociologia da Faculdade de Ciências Sociais da Universidade de Manchester, membro da Comissão de Avaliação de Financiamento de Pesquisa e Presidente do Comité de Avaliação Internacional e representante do Comité Governamental do Reino Unido na European Science Foundation (ESF/ Network Board of NORFACE ERA-NET).

Publicações Recentes:
Livros: -- (2004) Class Practices: How Parents Help Their Children Get Good Jobs, Cambridge : Cambridge University Press; -- co-editora com Mike Savage , Rosemary Crompton e John Scott (2005) Rethinking Class: Identities. Cultures and Lifestyles, London : Palgrave; -- co-editora com Mary Waters  (2004) Social Inequalities in Comparative Perspective, Oxford : Blackwell.
Artigos: (2005) "Middle-Class Identities in the United States" in Fiona Devine et al.(eds) (Rethinking Class: Identities, Cultures and Lifestyles, London: Palgrave; (2004) "Talking about Class in Britain" in Fiona Devine and Mary Waters (eds.), Social Inequalities in Comparative Perspective, Oxford: Blackwell; co-autora com Mike Savage (2004) "The Cultural Turn, Sociology and Class Analysis", in Fiona Devine et al. (eds.) Rethinking Class: Identities, Cultures and Lifestyles, London : Palgrave; co-autora com P. Halfpenny, N. J. Britton e R. Mellor (2004) "The good suburb’ as an urban asset in enhancing a city’s competitiveness" in M. Boddy e M. Parkinson (eds) City Matters: Competitiveness, Cohesion and Urban Governance, Bristol : The Policy Press.

CURSO DE FORMAÇÃO

Candidaturas e Gestão de Projectos

27 e 28 de Junho de 2006

Programa:

Dia 27 de Junho
 
Sessão 1 – 9:30h às 12:30h:
Tiago Santos Pereira, CES - Preparação de projectos
Programas de financiamento e projectos de investigação: Recursos disponíveis
Maria Ioannis Baganha, CES - Como se prepara uma candidatura

Sessão 2 – Aberta ao Público – 14:00h às 15:30h:
Ana Fonseca, Directora de Serviços de Programas e Projectos, FCT - Concursos e avaliação de projectos na Fundação para a Ciência e Tecnologia

Sessão 3 Aberta ao Público – 16:00h às 17:30h:
Ana Faísca, Assessora Principal, GRICES - O 7º Programa-Quadro Europeu de Investigação e Desenvolvimento Tecnológico

Dia 28 de Junho

Sessão 4 – 9:30h às 13:00h:
João Arriscado Nunes, CES - Comunicar ciência: Metodologias participativas
Ana Correia Moutinho, GAI-UL - Comunicar ciência: Disseminação de resultados

Sessão 5 – 14:30h às 17:30h:
Tiago Santos Pereira, CES - Avaliações e Gestão de Projectos: Orçamentos, Tarefas, Resultados
Tiago Santos Pereira e José Manuel Mendes  - Questões Práticas e Discussão Final
Seminário do Núcleo de Estudos Culturais Comparados
26 de Junho, 18h.00 - CES

Sartre on Bataille: Writing off violence

Françoise Meltzer
Universidade de Chicago

Nota biográfica:
Françoise Meltzer é directora do Departamento de Literatura Comparada e professora do Departamento de Línguas Românicas da Universidade de Chicago. É co-directora da revista Critical Inquiry. Entre a sua vasta obra, pode mencionar-se: Salome and the Dance of Writing: Portraits of Mimesis in Literature (1987); The Trial(s) of Psychoanalysis (1988); Hot Property: The Stakes and Claims of Literary Originality (1994); For Fear of the Fire: Joan of Arc and the Limits of Subjectivity (2001). Tem presentemente em mãos um projecto sobre a noção de ruptura no contexto do ano de 1848 em França. É consultora do projecto "A representação da violência e a violência da representação" do Centro de Estudos Sociais.

Resumo:
O seminário parte de uma leitura da rejeição por Sartre da "experiência interior" de Bataille, em 1943. A argumentação de Sartre de que a prosa de Bataille é demasiado "violenta" marca o ponto em que o pós-modernismo, à falta de melhor palavra, deixa para trás o modernismo. Será necessário perguntar o que é que significa "violento" para Sartre e, por outro lado, qual era a violência almejada por Bataille e em que medida essa violência é inerente a um modo de representação configurado nos termos que Sartre se sentia obrigado a rejeitar. E ainda: em que medida é que a descrição de um acto violento (re)produz a violência?; em que medida a resposta de Sartre é, ela própria, violenta?
Curso de formação
Competência Intercultural para Mobilidade Profissional
23 e 24 de Junho - CES

Objectivos gerais
Esta sessão de formação pretende: (a) preparar profissionais capazes de transformar o potencial para mal-entendidos e conflitos interculturais em contextos profissionais e sociais numa dinâmica produtiva e criativa; (b) tornar consciente a necessidade de uma educação formal nesta área tendo em vista o desenvolvimento de competências de comunicação e de interacção intercultural, bem como o carácter contínuo deste tipo de educação.

Coordenação
- Doutora Manuela Guilherme (Investigadora – CES)
- Doutora Clara Keating (Investigadora – CES)
- Dr. Daniel Hoppe (Investigador Júnior – CES)
- Dr.ª Vivien Burrows (Investigadora Júnior – CES)

Baseado no Projecto:
ICOPROMO – INTERCULTURAL COMPETENCE FOR PROFESSIONAL MOBILITY Financiado pelo Programa Leonardo da Vinci e apoiado pelo European Centre for Modern Languages, Council of Europe.

Organização do Centro de Estudos Sociais

Apoios:
Centro de Estudos e Formação Autárquica
Instituto Pedro Nunes
Conferência No CES
23 de Junho, das 18h15

Colonialidade e Literatura: o caso angolano


Laura Cavalcante Padilha

Universidade Federal Fluminense

(No âmbito do Programa de Mestrado e Doutoramento "Pós-Colonialismos e Cidadania Global")

Nota biográfica:
Doutorada em Letras pela Universidade Federal do Rio de Janeiro e Professora Adjunta IV da Universidade Federal Fluminense, na área de Literaturas de Língua Portuguesa, em particular Literaturas Africanas. Foi presidente da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Letras, vice-presidente da Associação Brasileira de Literatura Comparada, directora da Faculdade de Letras da Universidade Federal Fluminense, dirigiu a Editora da Universidade Federal Fluminense e hoje é representante da sua área no CNPq. Para além de inúmeros artigos é autora de Entre voz e letra - a ancestralidade na literatura angolana (1995), que recebeu o Prémio Mário de Andrade da Biblioteca Nacional como o melhor ensaio do ano.

Publicações Recentes:
com Inocência Mata (orgs.), A Mulher em África: Vozes de uma margem sempre presente (Niterói: EDUFF, 2005); Novos pactos, outras ficções: Ensaios sobre literaturas afro-Iuso-brasileiras (2001), que conta também com uma edição portuguesa.
Conferência no CES
19 de Junho, das 15.00h às 18.00h

Islamismo, Muçulmanos, Globalização

Boaventura de Sousa Santos (Centro de Estudos Sociais)
Shehla Khan (Universidade de Manchester)
AbdoolKarim Vakil (King’s College, Londres)

Programa:

15.00h – 17.00h

Os Direitos Humanos na Zona de Contacto de Globalizações Rivais
Boaventura de Sousa Santos (Centro de Estudos Sociais)

O Fim da História e o Último Muçulmano (The End of History and the Last Muslim)
Shehla Khan (Universidade de Manchester)

Entre a Captura e o Abismo: Islão e muçulmanos nas malhas da Legibilidade, Domesticação, Autenticidade e Representação
AbdoolKarim Vakil (King’s College, Londres)

17.15h - Debate

(No âmbito do Programa de Mestrado e Doutoramento "Pós-Colonialismos e Cidadania Global")
I CICLO ANUAL JOVENS CIENTISTAS SOCIAIS 2005-2006

CONFERÊNCIA
14 de Junho, CES, das 17 às 19 Horas

Trânsitos, Percepção e Modernidade: Alucinogénios no Portugal Contemporâneo

Luís Almeida Vasconcelos

Antropologia, IDT/ICS
Seminário no CES
9 de Junho - 18.15H

Estética e política em Malangatana

Feliciano Mira
Centro de Estudos Sociais

No âmbito do Programa de Mestrado e Doutoramento "Pós-Colonialismos e Cidadania Global"
Seminário de pós-graduação
7 de Junho, 18.15h

Transdisciplinaridade: Reinventos

Cássio Eduardo Viana Hissa
Universidade Federal de Minas Gerais

Nota biográfica:
Professor/pesquisador da Universidade Federal de Minas Gerais / Programa de Mestrado e Doutoramento em Geografia; Bacharel e Licenciado em Geografia pela UFMG; Pós-graduação em Geografia Humana pela PUC.MINAS; Mestre em Demografia pelo Centro de Desenvolvimento e Planejamento Regional da UFMG; Doutor em Geografia pela Universidade Estadual Paulista. Autor de diversos artigos, ensaios, resenhas e crônicas em periódicos científicos e em jornais, relacionados aos saberes socioespaciais, socioambientais, à sociologia à literatura. Coordenador do projeto, intitulado A Subversão da Ética Disciplinar, envolvendo pós-graduandos da UFMG e personagens da vida cotidiana. Autor do livro A Mobilidade das Fronteiras, Editora UFMG, publicado em 2002, reimpresso em 2006.

Resumo:

Ao longo das últimas décadas, no contexto das reflexões que envolvem o caráter da ciência, adquire densidade a discussão acerca das possibilidades de rearticulação dos saberes. Feita de um ansioso e tateante repensar, a ciência, nesse debate, interroga-se e desloca-se, intencionalmente, para o centro. Contudo, todos os saberes, para além da própria ciência, são focalizados à procura de fios de meada e de travessias que possam fazer frente aos limites e aos espaços nodais tecidos pelo conhecimento. Do limite à fronteira: da questionada condição compartimentada da ciência à compreensão dos espaços de atravessamento dos saberes, espraia-se, difusa e incerta, a trajetória desse repensar a razão. A ciência é transdisciplinar, por natureza, estando, sempre, para além de si mesma e dos limites disciplinares que a representa. A ciência é, por isso, também, a negação da própria condição que ela adquire ao longo do processo de especialização disciplinar. Contraditória é a razão. Arrazoada, caprichosamente, projeta e borda limites, crise aprisionada em si mesma. A razão é crise de razão que se exterioriza, na ciência que se redesenha, através do desejo de encontros, de esquinas. Feita de uma ética recuperada, a transdisciplinaridade, ecologia de saberes, é a manifestação da sensação de perda e falta, a imagem da busca do encontro do outro — porque nele se existe. A transdisciplinaridade, ecologia de saberes, é a ciência que, ao se repensar, permite ao homem interrogar a sua condição e existência.  Esvaziado de humanidade é o homem, coberto de razão excludente, pleno de limites e prisões. A ciência da ciência é o saber, falível, frágil, desassossegado, que o homem procura e nele se interroga para se descobrir no outro.
Seminário no CES
5 de Junho, 17.00h

A sociologia das ausências de Boaventura de Sousa Santos e a pesquisa no/do/com o cotidiano escolar

Inês Barbosa de Oliveira
UERJ - Brasil

Nota biográfica:
Inês Barbosa de Oliveira é doutorada em educação pela Universidade de Ciências Humanas de Estrasburgo (França), tendo realizado o seu pós-doutoramento no CES em 2002. Actualmente é Professora do Programa de Pós-graduação em Educação (Proped) da UERJ - Brasil, onde coordena o Grupo de Pesquisa "Redes de Conhecimento e práticas emancipatórias no quotidiano escolar".

Resumo:

Os fundamentos e novidades epistemológicas presentes na sociologia das ausências permitem apontá-la como possível base político-epistemológica para pensar o projeto educativo emancipatório, na medida em que desenha caminhos possíveis da luta contra a dominação social e evidencia alguns dos aspectos de uma ação pedagógica desejável com vistas à ampliação da democracia social. Em seus aspectos epistemológicos, essa sociologia traz uma necessária reflexão a respeito dos conteúdos escolares e da própria estrutura da escola, das hierarquias que eles seguem e definem, das exigências de ordem que a eles se associam, bem como dos valores subliminares que difundem através de sua suposta cientificidade.
Pela multiplicação de práticas tornadas visíveis através da prática dessa "arqueologia das existências invisíveis" em diferentes universos escolares, pode-se buscar credibilizar e legitimar práticas educativas contra-hegemônicas – o saber-fazer que habita os espaços educativos – como potencial contribuição às possibilidades de emancipação social. Por isso, a adoção metodológica dos procedimentos inerentes à sociologia das ausências na pesquisa em educação parece mais do que relevante, fundamental.

Conferência No CES
2 de Junho,18.15h

Movimentos Sociais e Alter Globalização

Hilary Wainright
Universidade de Manchester

No âmbito do Programa de Mestrado e Doutoramento
Pós-Colonialismos e Cidadania Global

Nota biográfica:
Hilary Wainwright é professora e investigadora do International Labour Studies Centre da University of Manchester e do Centre for Global Governance da London School of Economics. Actualmente dedica-se ao estudo dos fenómenos de resistência popular face aos processos de Globalização Hegemónica. É editora da Revista Red Pepper, e é ainda colunista regular do The Guardian. De entre as suas maisprincipais publicações é de destacar: Reclaim The State: experiments in popular democracy (Verso, 2003) e Arguments for a New Left (Blackwell, 1993). Hilary Wainwright participa ainda no Transnational Institute (sediado em Amsterdão), uma rede mundial de académicos comprometidos com a cooperação transnacional na busca de solução possíveis para os actuais problemas globais.
Encontro-Debate
31 de Maio de 2006, 21.00h, CES

Pelos Direitos do Povo Palestiniano e pela Paz

Abdullah Hourani
Membro do Conselho Nacional Palestiniano
(O Parlamento da Organização de Libertação da Palestina - OLP)

Comentários de:
Boaventura de Sousa Santos
Centro de Estudos Sociais
Silas Cerqueira
Movimento Português pelos Direitos do Povo Palestiniano e pela Paz no Médio Oriente
Conferência no CES
29 de Maio,18.15h

Literatura Moçambicana: visão panorâmica

Francisco Noa
Universidade Eduardo Mondlane, Maputo

No âmbito do Programa de Mestrado e Doutoramento "Pós-Colonialismos e Cidadania Global"

Breve Nota
Francisco Noa é Moçambicano, Doutorado em Literaturas Africanas de Língua Portuguesa pela Universidade Nova de Lisboa. Actualmente é Professor de Literatura Moçambicana (Universidade Eduardo Mondlane) e Retórica (ISPU). É também Professor Convidado de Literaturas Africanas de Língua Portuguesa nas Universidades de Abidjan (Costa do Marfim) e Universidade Agostinho Neto (Luanda, Angola).
Tem colaborado em publicações nacionais e estrangeiras. De entre os seus trabalhos destacam-se os livros: Literatura Moçambicana. Memória e Conflito (UEM, 1997); A Escrita Infinita (UEM, 1998) e Império, Mito e Miopia. Moçambique como invenção literária (Caminho, 2002)
Seminário no ces
26 de Maio, 18.00h

The Task of Poetics, the Fate of Innovation,
and the Aesthetics of Criticism

Charles Bernstein
Principal teórico de uma das maiores vanguardas político-poéticos
contemporâneas, a L=A=N=G=U=A=G=E School

No âmbito do Programa de Doutoramento Transdisciplinar FLUC/FEUC/CES "Linguagens, Identidade e Mundialização"

Nota biográfica:
Um dos consultores do programa de doutoramento transdisciplinar FLUC/FEUC/CES, "Linguagens, Identidade e Mundialização", o poeta e filósofo Charles Bernstein, um dos "inventores" do movimento L=A=N=G=U=A=G=E (uma das principais correntes de vanguarda político-literárias contemporâneas, de língua inglesa, mas não só), desloca-se à Universidade de Coimbra, entre os dias 24 e 28 de Maio, para proferir uma conferência, dirigir duas sessões de seminário e fazer uma leitura pública dos seus poemas. Charles Bernstein, que ensina actualmente na Pennsylvania State University, em Filadélfia, esteve já entre nós, por ocasião de dois Encontros Internacionais de Poetas, mas infelizmente, e embora a sua vasta obra se encontre bem representada nas nossas bibliotecas (assim bem se demonstrando o interesse pelo seu trabalho), não foi nunca possível calendarizar qualquer conferência até este momento. Esperamos poder contar com a vossa presença.

PROGRAMA:

24 de Maio, 18h00, TAGV
Leitura de Poemas

26 de Maio, 10h.00, FLUC

Seminário: "Poetics, Listening, Artifice, Absorption"

27 de Maio, 10h, FLUC

Seminário: "The Dialectical Imagination (Poetics of the Americas; Objectivist Blues)"
Seminário no ces
25 de Maio, 18.00h, CES

Immigrant integration in Europe:
Lessons for policy making?

Rinus Penninx
Director do Instituto de Estudos Étnico e Migratórios da Universidade de Amesterdão

Resumo:
Immigrant integration has become a hot topic in all 15 'old' EU-member states during the last years and are rapidly becoming so in the new accessor states. Experience with explicit policies to steer the settlement process of newcomers started in the mid-1970s (Sweden) and early 1980s (The Netherlands). Since then policies in this domain have been introduced in nearly all countries. However, recently the general political mood in many countries is that integration processes and policies have failed, that `multicultural' policies are inherently problematic and that new `realistic' policies are needed to guarantee social cohesion in our societies in general, and in the rapidly changing big cities in particular. This lecture aims to analyse some basic concepts, assumptions and assertions on integration processes and policies: - What are the essential elements of integration processes? - What is integration policy specifically, and how does it relate to general policies? What can it do? What dimensions of the process of integration are targeted, what target groups? - How is integration policy made? By whom? With what consequences? Answers to such questions will be based on practical experience with policies in Western Europe in general and the Netherlands in particular. What lessons can be learned?

Nota biográfica:

Rinus Penninx is professor of Ethnic Studies and director of the Institute for Migration and Ethnic Studies (IMES) of the University of Amsterdam since 1993. Since 1999 he is also co-chair of International Metropolis. In April 2004 he became coordinator of the IMISCOE-Network of Excellence (International Migration, Integration and Social Cohesion in Europe). He has written for many years on migration, minorities’ policies and ethnic studies. His report `Ethnic Minorities’ (1979) for the Dutch Scientific Council for Government Policy (WRR) formed the starting point for integration policies in the Netherlands. >From 1978 to 1988 he worked as a senior researcher in the Research and Development Department of the Ministry of Welfare, Public Health and Culture, particularly for research relating to migration and integration of immigrants in the Netherlands. His recent publications in English include `Newcomers: Immigrants and their descendants in the Netherlands 1550-1995 (with Jan Lucassen), Het Spinhuis Publishers 1997; `Immigrant Integration: the Dutch case (with Hans Vermeulen), Het Spinhuis Publishers 2000; `Trade Unions, Immigration and Immigrants in Europe 1960-1993’ (with Judith Roosblad), Berghahn Books 2000; `Western Europe and its Islam (with Jan Rath, Kees Groenendijk and Astrid Meyer), Brill 2001; `Citizenship in European Cities: Immigrants, Local Politics and Integration Policies’ (with K. Kraal, M. Martiniello and S. Vertovec (eds), Aldershot: Ashgate (2004).
COLÓQUIO INTERNACIONAL
MOVIMENTO ESTUDANTIL: DILEMAS E PERSPECTIVAS

24 e 25 de Maio, AUDITÓRIO DA FACULDADE DE ECONOMIA

PROGRAMA

24 de Maio
 

14H30: Sessão de Abertura

Magnífico Reitor da Universidade de Coimbra
Secretário de Estado da Juventude e do Desporto
Presidente da Câmara Municipal de Coimbra
Presidente do Conselho Directivo da Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra
Director Científico do Centro de Estudos Sociais
Presidente da Direcção Geral da Associação Académica de Coimbra

16H00: Sessão 1

Transformação Social, Culturas Juvenis e Movimentos Estudantis
Colin Barker (Manchester Metropolitan University), Miguel Gómez Oliver (Universidad de Granada), Nina Clara Tiesler (ICS - Universidade de Lisboa) e Elísio Estanque (CES-FEUC, moderador).

25 de Maio,

10H00: Sessão 2

Espacialidades e Dinâmicas
José Manuel Mendes (CES-FEUC), Claudino Ferreira (CES-FEUC), Miguel Cardina (Historiador, doutorando da FLUC), Ana Drago (Deputada, doutoranda da FEUC), Ana Delicado (ICS - Universidade de Lisboa), Ana Paula Marques (Universidade do Minho) e Rui Bebiano (CES-FLUC, moderador).

15H00: Sessão 3
Experiências e Desafios (mesa-redonda)
Rui Namorado, Hélder Costa, Diana Andringa, José Neves, Zita Henriques, Miguel Duarte, Ana Sofia Pinto, Otávio Luiz Machado e Maria Manuela Cruzeiro (CES-CD25 de Abril, moderadora).

17H30: Conclusões e Sessão de Encerramento
I Ciclo Anual Jovens Cientistas Sociais
Conferência No CES
24 de Maio – 17.00h

Dilemas macroeconómicos e política monetária:
O caso da Zona Euro

Manuel Mota Freitas Martins
Economia, CEMPRE/UP
Apresentação do Livro
18 de Maio, 18.30h, no Foyer do Teatro Académico Gil Vicente, Coimbra

E SE EU FOSSE CEGO?

Narrativas silenciadas da deficiência
de Bruno Sena Martins

A obra será apresentada por Boaventura de Sousa Santos e José Guerra.
Seminário no ces
16 de Maio, 17.00h, CES

Patrimonio Cultural y políticas públicas:

El caso de Castilla y León


Eva Vicente
Universidade de Valadollid

No âmbito do Núcleo de Estudos sobre Cidades e Culturas Urbanas (NECCURB)

Nota biográfica:

Eva Vicente é Licenciada em Ciências Económicas e Empresariais pela Universidade de Valladolid (1993) e Doutora em Economia pela mesma Universidade, onde defendeu uma Tese com o título "Economía y Política del Patrimonio Cultural. Un estudio de la política del Patrimonio Arquitectónico en Castilla y León (1985-2002)".
Actualmente é Professora Associada do Departamento de Economia Aplicada da Universidade de Valladolid, onde lecciona as disciplinas de Economia do Sector Público e de Federalismo Fiscal.
Os seus domínios de interesse repartem-se pela Economia Pública, a Economia Regional, a Economia da Cultura e as Políticas Culturais. Participou e coordenou vários projectos de investigação relacionados com estas temáticas, tendo publicado, nacional e internacionalmente, várias publicações nas áreas científicas referidas. Participou na elaboração do II Plano de Intervenção no Património Histórico de Castilla y León "Plan PAHIS 2004-2012".
Actualmente coordena um estudo sobre públicos e impactos económicos no âmbito da exposição "Las Edades del Hombre" que ocorre na Cidade Rodrigo (Salamanca) durante o ano de 2006.
Seminário no ces
12 de Maio, 18,15h, CES

Variações em torno da multiculturalidade: é possível reinterpretar as interpretações sobre o Brasil? - Uma proposta de estudo

João Francisco de Souza
Universidade Federal de Pernambuco
Centro de Educação - Núcleo de Ensino, Pesquisa e Extensão em Educação
de Jovens e Adultos e em Educação Popular

Resumo:
Proponho uma interlocução, no CES/FEUC a fim de iniciar uma discussão sobre a contribuição das ciências sociais brasileiras ao debate da diversidade cultural, enfocando uma concepção de multiculturalidade a partir do pensamento de Paulo Freire e levantar uma hipótese de trabalho, se possível a ser assumida pelo CES e pela UFPE, de reinterpretar a obra de Gilberto Freyre, Darcy Ribeiro,  Octávio Ianni à luz dessa noção de multiculturalidade.
A grande pergunta que se pode formular é sobre as possibilidades do diálogo entre as diferentes culturas (interculturalidade) que vão se conformando a partir de diversos recortes para se conseguir construir uma comunidade nacional e internacional multiculturais. A diversidade cultural provoca, no interior de todas as configurações culturais dos diferentes grupos humanos, uma diferenciação substantiva intragrupal, tanto entre os indivíduos como entre os subgrupos possíveis no interior de um mesmo grupo cultural, além, também e especialmente, intergrupal no interior de uma mesma cultura e entre culturas.
A questão da diversidade cultural evidencia, portanto, o problema das (im)possibilidades da convivência inter e intragrupal das diferenças etno-culturais, de gênero, de religiões, de perspectivas políticas, da redução das diferenças econômico-sociais e superação das exclusões histórico-culturais. No limite, tratar-se-ia de uma democracia ou construção de processos de democratização cuja expressão seria uma sociedade intermulticultural crítica.
É importante salientar que não se está a buscar uma convivência sem conflitividade; mas a entrar em uma luta pela redução, ao máximo, das desigualdades econômico-sociais e exclusões histórico-culturais, provocadoras de violências e antagonismos que estão se tornando insuportáveis. Portanto, temos que pensar uma identidade cultural, seja de um individuo seja de uma coletividade, não importa o tamanho, como uma construção a partir da convivência com as diferenças singularizadoras e não desequalizadoras de todas e quaisquer naturezas (SANTOS, 1995).
Em uma pergunta, talvez se pudesse formular o problema da seguinte maneira: a pluriculturalidade pode proporcionar a interculturalidade e, a partir dessa, configurar sociedades nacionais e uma sociedade internacional multiculturais, nas quais os indivíduos e os grupos desenvolvam ao máximo suas identidades e o prazer da convivência dos diferentes enriquecendo a todos material e simbolicamente?
Trata-se, na verdade, da realização de confrontos entre as diferentes culturas que conformam a diversidade cultural da pós-modernidade/mundo, em nível local, regional, nacional e internacional. Especificamente no nível local, um espaço privilegiado para esse confronto é a educação, inclusive a educação escolar. Nessa, nos processos de ensino-aprendizagem, deve se estabelecer o confronto entre a cultura científica, a cultura de massa e a cultura popular, na busca de construir novos saberes, novas instituições e novas subjetividades, novas sociedades.
Seminário no ces

Iº Seminário da Missão Exploratória Brasil-Portugal de Estudos Urbanos
Cidades, Património e Consumo Cultural em Perspectiva Comparada


De 9 a 11 de Maio

PROGRAMA


09 de Maio

9 horas, Abertura
9:30, I Sessão pública de apresentação de trabalhos 
Irlys Barreira (Universidade Federal do Ceará)
Rogerio Proença Leite (Universidade Federal de Sergipe)
Carlos Fortuna (CES/Universidade de Coimbra)

10 de Maio
9 horas, II Sessão pública de apresentação de trabalhos 
Lúcia Bógus (Pontifica Universidade Católica de São Paulo)
Silvana Rubino (Universidade Estadual de Campinas)
Paulo Peixoto (CES/Universidade de Coimbra)

11 de Maio
9 horas, III Sessão pública de apresentação de trabalhos
Heitor Frúgoli (Universidade de São Paulo)
Sérgio Braga (Universidade Federal do Amazonas)
Paula Abreu (CES/Universidade de Coimbra)
Claudino Ferreira (CES/Universidade de Coimbra)

No âmbito do Núcleo de Estudos sobre Cidades e Culturas Urbanas (NECCURB)
Seminário no ces
10 de Maio, 17.00h

Implicações do novo método aberto de coordenação na implementação da Estratégia Europeia para o Emprego.
Reflexões a partir do caso português

Carla Valadas

No âmbito Ciclo de Seminários do Núcleo de Cidadania e Políticas Sociais

Resumo:
No início dos anos noventa, num clima de crise económica, social e política generalizado nos países da União Europeia, o reconhecimento do carácter estrutural dos problemas de emprego levou os estados-membros a procurar definir uma abordagem integrada com o objectivo, designadamente, de enfrentar as consequências negativas do desemprego. Uma das características mais marcantes da chamada Estratégia Europeia de Emprego diz respeito ao novo método aberto de coordenação adoptado (MAC). A análise das vantagens e desvantagens da aplicação do MAC no contexto específico das políticas de emprego, bem como das suas potencialidades enquanto novo modo de governação à escala europeia tem reunido a atenção de vários cientistas sociais (de la Porte e Pochet, 2003, Goetschy, 2000, Radaeli, 2003, Rodrigues, 2003, Streeck, 1995 e 1998). O contributo que pretendemos trazer para o debate em torno destas questões consiste, especificamente, em analisar o modo como a EEE influência as políticas de emprego desenvolvidas em Portugal. Tendo em conta o carácter suave dos instrumentos adoptados, propomo-nos abordar, designadamente, as mudanças (e a sua intensidade) registadas ao nível da forma e dos conteúdos das políticas, os resultados obtidos tendo em conta os objectivos e as metas definidos, as eventuais alterações no papel dos actores envolvidos na elaboração e execução das políticas

Obra analisada:
Henman, Paul and Fenger, Menno (eds.) (2006), Administering Welfare Reform: International transformations in welfare governance. Great Britain: The Policy Press.
Iº Seminário da Missão Exploratória Brasil-Portugal de Estudos Urbanos
De 9 a 11 de Maio

Cidades, Património e Consumo Cultural em Perspectiva Comparada

PROGRAMA
09 de Maio
9 horas, Abertura
9:30, I Sessão pública de apresentação de trabalhos 
Irlys Barreira (Universidade Federal do Ceará)
Rogerio Proença Leite (Universidade Federal de Sergipe)
Carlos Fortuna (CES/Universidade de Coimbra)

10 de Maio
9 horas, II Sessão pública de apresentação de trabalhos 
Lúcia Bógus (Pontifica Universidade Católica de São Paulo)
Silvana Rubino (Universidade Estadual de Campinas)
Paulo Peixoto (CES/Universidade de Coimbra)

11 de Maio
9 horas, III Sessão pública de apresentação de trabalhos
Heitor Frúgoli (Universidade de São Paulo)
Sérgio Braga (Universidade Federal do Amazonas)
Paula Abreu (CES/Universidade de Coimbra)
Claudino Ferreira (CES/Universidade de Coimbra)

No âmbito do Núcleo de Estudos sobre Cidades e Culturas Urbanas (NECCURB)
Seminário no ces
8 de Maio, 18.00h

Imagens para a paz
A experiência do Nós do Cinema


Luís Carlos Nascimento

Coordenador da ONG ‘Nós do Cinema’

No âmbito do Núcleo de Estudos para a Paz (NEP)

Resumo:
A ONG brasileira Nós do Cinema regressa a Coimbra (um ano depois da apresentação e debate, na FEUC, do filme Quase Dois Irmãos) a convite do Núcleo de Estudos para a Paz/CES. Neste seminário pretendemos conhecer a experiência de trabalho desta organização e identificar nela bases e propostas de boas praticas na prevenção e redução de violência(s).
Seminário
5 de Maio, 18.00h

Políticas migratórias

Manuel Jarmela Palos
Director dos Serviços de Estrangeiros e Fronteiras
Seminário
28 de Abril, 18.00h, CES

(Dis)topias urbanas:
Sobre a sociedade e a cidade do futuro


Márcio Moraes Valença
Professor da Universidade Federal do Rio Grande do Norte

Resumo:
Uma reflexão sobre a visão de sociedade e cidade na literatura e no cinema, de Thomas More a Kafka, de Lang a Winterbottom.

Nota biográfica:

Márcio Moraes Valença é professor da Universidade Federal do Rio Grande do Norte. É arquiteto e urbanista (DAU-UFPE, 1982), com especialização em desenvolvimento urbano e regional (MDU-UFPE, 1988), mestrado em estudos urbanos e regionais (Sussex, 1990), doutorado em geografia humana (Sussex, 1997) e pós-doutorado no Department of Geography and the Environment (LSE, 1998-2000). Tem artigos publicados em journals como Urban Studies, Latin American Studies, Capital & Class etc. Tem vários livros publicados, entre os mais recentes "Brasil Urbano", Mauad Editora, 2004 (co-organizador, com Edesio Fernandes) e "Espaço, Cultura e Representação, EDUFRN, 2005 (co-organizador com Maria Helena Braga e Vaz da Costa).
Conferência
27 Abril, 17.00h, CES

Estranheza entre mundos:
O mundo da escola e o mundo da vida


Sofia Marques Silva

Ciências da Educação, CIIE/UP

No âmbito do I Ciclo Anual Jovens Cientistas Sociais
WORKSHOP

19 e 20 de Abril
Workshop Priority Setting and Development of New Initiatives, da rede NORFACE, organizado em colaboração com a Fundação para a Ciência e a Tecnologia e com Research Council of Norway.
                      
20 e 21 de Abril
Reunião do Management Teamda rede NORFACE.

Breve nota:
A Rede NORFACE (www.norface.org) reúne doze agências de financiamento que visa a coordenação dos programas nacionais em Ciências Sociais a nível europeu, com vista à criação de um Espaço Europeu de Investigação. A parceria envolve as agências financiadoras das Ciências Sociais na Estónia, Dinamarca, Finlândia, Alemanha, Islândia, Irlanda, Holanda, Noruega, Portugal, Eslovénia, Suécia e Reino Unido. O Canadá participa na NORFACE como parceiro associado.
Debate
7 de Abril, 18.00h, FEUC

O desenho das civilizações: Dos cartoons às conversas difíceis

Com a participação de:
José Pacheco Pereira, ISCTE, Ex-deputado, Historiador
Isabel Allegro Magalhães, Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Univ. Nova de Lisboa
Mostafa Zekri, Investigador livre (Antropólogo e Islamólogo)
Adel Sidarus, Instituto de Investigação Científica Tropical (Lisboa)
Boaventura Sousa Santos, Centro de Estudos Sociais e Faculdade de Economia da Univ. de Coimbra

Moderação:
Maria Irene Ramalho, Centro de Estudos Sociais e Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra

Organização: Marta Araújo, Marisa Matias, Hélia Santos e Bruno Sena Martins
Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra

Singularmente célebres, os cartoons inicialmente publicados no jornal dinamarquês Jyllands-Post suscitaram importantes ondas de indignação e violência em vários países islâmicos, na Europa, em África e na Ásia. A publicação e republicação dos cartoons, onde surge representada a figura de Maomé, e as inflamadas respostas surgidas desenham um fenómeno com uma magnitude social e política já incontornável na arena internacional. Perante a sequência dos eventos e na tentativa de captar as suas implicações, várias dissenções se vêm esboçando. Grosso modo, e de forma bastante central, surge o debate entre quem, defendendo a publicação dos cartoons, advoga a liberdade de expressão enquanto património intocável devido à história civilizacional do Ocidente, e quem sustenta uma leitura informada pelas sensibilidades culturais, religiosas e históricas das comunidades islâmicas, dentro e fora da Europa. Porém, várias outras questões podem ser colocadas. Haverá limites para a liberdade de expressão? Quem define o que constitui ofensa ou blasfémia? Que modelo de multiculturalismo estarão as sociedades Europeias dispostas a seguir? Em sociedades auto-representadas laicas, qual o espaço da religião na esfera pública e na construção das identidades? As posições que aqui se jogam, a partir de eventos ainda recentes, convocam questões de rara profundidade epistemológica e pertinência sociopolítica, pelo que constituem fundamento bastante para o debate vivo e preocupado que assim propomos discutir. 
conferência
28 de Março,17.00h, Sala Keynes (FEUC)

Third-Wave Sociology

Michael Burawoy

U. California, Berkeley

No âmbito do Programa de Mestrado e Doutoramento "Pós-Colonialismos e Cidadania Global"



Abstract:
Sociology’s standpoint is the constitution and defense of civil society against the tyranny of markets. In its first utopian wave sociology was tied to emergent local communities (cooperatives, trade unions, friendly societies) to defend labor against 19th. century marketization. In its second wave sociology supported the alliance of civil society and the state to forge the extension of social rights (unemployment benefits, welfare, health benefits, pensions, labor law), as fortifications against surging international markets of the 1920s. Where state reaction to the market became despotic (fascism, Stalinism), sociology disappeared. Where the new form of state became social democratic, sociology turned toward policy science, which in turn called for new levels of scientism. Propelled by a critique of positive science and countering a third resurgence of the market (neoliberalism) sociology has now entered its third wave. Sociology either withdraws or is cast out from the corridors of power as the state, from being a regulator and restrainer of markets, becomes their promoter. Thus, third-wave sociology turns away from the state to re-embed itself within civil society, as it did in the 19th. century -- only now the battlefield moves beyond the local and even the national to the global terrain, while the defense of labor and social rights are incorporated under the more universal rubric of human rights. Armed with the accumulated resources of its first two waves, third-wave sociology is marked by its engagement with publics on a global scale.

Nota biográfica:
Michael Burawoy é Professor e Chefe do Departamento de Sociologia da University of California, Berkeley.
Michael Burawoy dedicou-se ao estudo de locais de trabalho industrial em diferentes partes do mundo através de observação participativa. É reconhecido pela sua capacidade de tornar perceptíveis – partindo do ponto de vista dos trabalhadores – diversos fenómenos relacionados com a globalização. Actualmente tem-se dedicado ao estudo da peculiar forma de capitalismo que surgiu na Rússia. Tem desenvolvido metodologias teóricas que lhe permitem retirar amplas conclusões da sua investigação etnográfica e dos estudos de caso. Burawoy é autor de numerosos e importantes trabalhos de vanguarda. Em 1972 produziu The Colour of Class on the Copper Mines: From African Advancement to Zambianization (Manchester University Press). Da sua autoria é ainda o clássico fundamental, Manufacturing Consent: Changes in the Labor Process Under Monopoly Capitalism (1979, University of Chicago Press). Mais recentemente partilhou a co-autoria de Global Ethnography (2000). Esta obra mostra como a globalização pode ser estudada ‘a partir de baixo’ através da participação nas vidas daqueles que a experienciam. Ao longo da sua carreira como sociólogo tem utilizado o marxismo, procurando reconstrui-lo à luz da sua pesquisa e dos desafios históricos dos finais do século XX.
Seminário No CES
21 de Março, 15 horas

Actores institucionais, perícias e paternidades no sistema judicial português

Susana Costa
Investigadora do Centro de Estudos Sociais
Doutoranda da FEUC

Resumo:
Em países como Portugal, iniciativas judiciais para accionar o direito constitucionalmente garantido de qualquer criança conhecer o seu pai biológico é reconhecido como uma parte dos deveres do Estado para proteger os direitos das crianças. Quando o pai não é identificado no registo de nascimento, o Estado inicia compulsivamente a procura desse laço biológico, primeiro, investigando a viabilidade desse laço, na designada Acção Oficiosa de Paternidade (AOP) e, de seguida, caso seja viável, prossegue com uma Acção de Investigação de Paternidade (AIP). Quer num caso quer noutro, o número de casos mal sucedidos nessa busca da verdade biológica são significativos, em especial, porque essa busca da verdade não é pedida pelos principais interessados ou intervenientes: pai (pretenso pai), mãe, filho/a, mas por uma entidade externa, o Estado - por intermédio do Ministério Público. A origem destes insucessos podem ser várias, destacando-se neste estudo, por um lado, o papel desempenhado pela perícia forense, mas não podendo deixar de se olhar em simultâneo para o uso e a avaliação que se faz de diferentes tipos de evidência, por diferentes actores institucionais.
Seminário No CES
17 de Março, 18.00h

Políticas de Integração em Portugal

Rui Marques
Alto-comissário para a Imigração e Minorias Étnicas

Resumo:
Com o intuito de promover o acolhimento e a integração dos imigrantes e das minorias étnicas em Portugal, definiram-se três prioridades para a linha de actuação do ACIME: fazer do Estado o principal aliado da integração dos imigrantes, promover o combate à exclusão social dos mais vulneráveis e sensibilizar a opinião pública para o acolhimento e a tolerância no quadro de um Portugal intercultural. Estas prioridades concretizam-se com o trabalho em parceria e em regime de co-responsabilidade com as Associações de Imigrantes e as ONG, numa ponte permanente entre o Estado e a sociedade civil.

Nota biográfica:
Rui Marques exerce o cargo de Alto Comissário para a Imigração e Minorias Étnicas. É licenciado em Medicina e mestre em Ciências da Comunicação, sendo autor das obras "Uma Mesa com lugar para Todos – para uma visão humanista da Imigração" e "Timor Leste – O Agendamento Mediático".
Conferência No CES
I Ciclo Anual Jovens Cientistas Sociais
15 de Março – 17.00h

O Direito de Imigração Europeu em Emergência

Constança Urbano de Sousa
Direito, Universidade Nova de Lisboa
Seminário no CES
13 de Março, 17.00h

Mulheres Angolanas em Contexto de Pós-Conflito: Algumas reflexões

Rute Caldeira
Núcleo de Estudos para a Paz

Organizado pelo Núcleo de Estudos para a Paz (NEP)

Resumo:
O tema da apresentação aborda a problemática do papel das mulheres que sobreviram a situações de conflito armado - em contextos de pós-conflito. Sobretudo procurar-se-á indagar e o impacto socio-psicologico de tal experiência na actual vivência, neste caso, das mulheres angolanas.

Nota biográfica:
Rute Caldeira é licenciada em sociologia pela FCSH-Universidade Nova de Lisboa, tendo um Mestrado Europeu realizado em conjunto nas seguintes universidades Europeias: Manchester Metropolitan University, UK; Tilburg University, The Netherlands; Flemish Free University of Brussels, Belgium; Helsinki University of Art and Design, Finland. O seu doutoramento foi feito sobre a área temática dos 'Estudos para o Desenvolvimento'. Actualmente está a desenvolver um projecto de pós-doutoramento no CES. Fora do ambito academico, trabalhou em ONGs.
Seminário no CES
8 de Março, 18.00h, CES

Patrimonializações do Mar: Uma reinvenção de localismos globalizados?

Elsa Peralta

Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas

No âmbito da Semana Cultural da Universidade de Coimbra

Co-organizado pelo Centro de Estudos Sociais e pela Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra

Resumo:
A aparente estandardização dos modos de vida à escala global é concomitante com o ressurgimento de diversas formas de localismo cultural que encontra expressão num fascínio neo-romântico por motivos tradicionais e vernáculos e consubstancia-se, frequentemente, na activação dos mais variados repertórios patrimoniais. Mais do que uma reacção contra as consequências da modernidade, o progressivo investimento nos patrimónios locais traduz uma articulação complexa e inédita entre processos aparentemente paradoxais de globalização cultural e de valorização pública da localização, convertendo as identidades dos locais numa importante ferramenta de intervenção política. Trata-se de uma nova concepção do local, enquanto espaço fluido e relacional, constituído e concretizado na sua relação com o global. Projectando-se num contexto de abertura ao exterior e de modernização, os referentes de singularização são recuperados mediante a fétichização dos recursos morais da comunidade, permitindo a afirmação da diferença no novo palco global. Tal poderá encerrar um potencial de regeneração cultural, decorrendo do fortalecimento de uma economia simbólica susceptível de constituir a imagem ideal da localidade em ingrediente de identidade quando argumentos identitários anteriores começam a desvanecer. Neste seminário procurar-se-á debater estas questões, tendo por base o tema "Mar" como elemento substantivo da ficcionação do "eu colectivo" e a interpretação das dinâmicas de activação patrimonial de memórias marítimas observadas em Ílhavo.

Nota biográfica:
Assistente no ISCSP. Doutoranda em Ciências Sociais vertente Antropologia Cultural no ISCSP, tem procurado analisar a configuração da memória contemporânea, abordando a formalização do passado pelo presente enquanto instrumento ao serviço da (re)localização da cultura no contexto do novo nexo local-global. Tem-se interessado especialmente pela activação de patrimónios marítimos em terrenos portugueses. Organizou e coordenou o "I Congresso Internacional de Patrimónios e Identidades", que decorreu no ISCSP. Organizou, juntamente com Marta Anico, o volume Patrimónios e Identidades: Ficções Contemporâneas, publicado em 2006 pela Celta Editora. Actualmente está envolvida na preparação de uma investigação que versará sobre um tema da memória pública nacional e que integrará um estudo comparado sobre as memórias da Europa, sob orientação da Professora Sharon Macdonald da Universidade de Sheffield. Áreas de Investigação: Memória Cultural, Património, Políticas Culturais, Identidade e Globalização.
Seminário no CES
1 de Março, 18.00h, CES

A nova tendência para a activação nas políticas sociais portuguesas

Pedro Hespanha
Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra
Centro de Estudos Sociais

(No âmbito do Ciclo de Seminários do Núcleo de Cidadania e Políticas Sociais)

Resumo:
Até há pouco tempo, a activação era um conceito quase desconhecido tanto na legislação quanto no discurso político em Portugal. Hoje os principais instrumentos legais que regulam a proteção social integram esta preocupação de obrigar os beneficiários das políticas sociais a darem algo em contrapartida da ajuda recebida (de preferência trabalho).

Por toda a Europa, a falta de uma resposta adequada das políticas de carácter compensatório ao risco persistente de insegurança e às novas formas de vulnerabilidade social suscitou as maiores críticas a essas políticas e também o aparecimento e a popularização das políticas sociais activas capazes de se ajustarem às necessidades individuais. Ao mesmo tempo, a activação veio a tornar-se a palavra chave destinada a mobilizar os beneficiários das políticas e os serviços que as executam  para os novos métodos de intervenção.

Contudo, a activação revelou-se um instrumento de política muito ambíguo. Aberta aos objectivos mais díspares ela pôde ser apropriada por projetos políticos e ideológicos e assumir uma configuração mais ou mais menos compulsória para os destinatários. Procurarei discutir esta ambiguidade e mostrar como a crescente ênfase posta na activação em Portugal foi usada para legitimar as políticas neoliberais mais impopulares, ao mesmo tempo que, por razões sociais, políticas e também económicas, o lado compulsório da activação foi suavizado.
Seminário no CES
24 de Fevereiro, 17.15h, CES

Intelectuais e política: Dos intelectuais engajados ao silêncio dos intelectuais

Marilena Chauí
Faculdade de Filosofia da Universidade de São Paulo

Nota biográfica:
Marilena Chaui é professora no Departamento de Filosofia da Faculdade de Filosofia da Universidade de São Paulo, onde lecciona Filosofia Política e História da Filosofia Moderna. Seus principais trabalhos são dedicados às filosofias de Espinosa e de Merleau-Ponty, à crítica das ideologias e às questões da democracia e da universidade contemporânea. Foi Secretária Municipal de Cultura de São Paulo de 1989 a 1992, durante o primeiro governo municipal do Partido dos Trabalhadores. Actualmente é conselheira do Conselho Nacional de Educação.
Entre seus livros estão: "A nervura do real: imanência e liberdade em Espinosa"; "Experiência do pensamento: ensaios sobre a obra de Merleau-Ponty", "Cultura e democracia: o discurso competente e outras falas", "Brasil: mito fundador e sociedade autoritária", "Política em Espinosa", "A universidade em ruínas".
Seminário
21 de Fevereiro, 17.00h, CES

A Inquisição e a repressão à Homossexualidade no mundo luso-brasileiro

Luiz Mott
Universidade Federal da Bahia, Brasil

(Organizado pelo Núcleo de Estudos de Democracia, Cidadania Multicultural e Participação)

Resumo:
Depois dos Cristãos-Novos, os "sodomitas" foram as principais vítimas da  Inquisição Portuguesa (1536‑1821), e o "abominável crime nefando", considerado "o mais torpe, sujo e desonesto pecado", punido com o mesmo rigor das heresias, do regicídio e da traição nacional. O lesbianismo, "sodomia faeminarum" foi descriminalizado pelo Santo Ofício nos meados do século XVII, embora continuasse perseguido pela Justiça Real. Mais de quatro mil portugueses  e colonos daquém e dalém mar foram denunciados, aproximadamente 500 presos,  30 queimados. O Tribunal da Inquisição criou e alimentou no mundo luso‑afro-indo-brasileiro um clima de terror e denuncismo contra os amantes do mesmo sexo, fazendo das próprias famílias, agentes da repressão, na medida em que os que acobertassem os praticantes do "mau pecado" também podiam ser punidos e por sete gerações, os descendentes e colaterais dos condenados por sodomia ficavam inabilitados para o exercício de cargos públicos. Para sobreviver nesta sociedade extremamente homofóbica, e pour cause, os "fanchonos" e "somítigos" criaram uma "cripto-subcultura gay", que incluía códigos secretos de disfarce, linguajar cifrado e espaços reservados de socialização e encontros homoeróticos.

Nota biográfica:
Luiz Mott, formado em Ciências Sociais pela Universidade de São Paulo (USP), Mestrado em Etnologia na Sorbonne, Paris; Doutorado em Antropologia pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Professor Titular de Antropologia da Universidade Federal da Bahia, Brasil.
Decano do Movimento Homossexual Brasileiro; fundador do Grupo Gay da Bahia e do Centro Baiano Anti‑AIDS. Especialista nos estudos sobre a Etno-História da Inquisição Portuguesa e repressão à Homossexualidade.
Principais livros: O Sexo Proibido; O Lesbianismo no Brasil; Gays, Virgens e Escravos nas garras da Inquisição; Rosa Egipcíaca: Uma santa africana no Brasil; Violação dos Direitos Humanos dos Homossexuais no Brasil; Causa-Mortis: Homofobia.
PRÉMIO Ensaio Ezequiel Martínez Estrada 2006

O livro A universidade no século XXI. Para uma reforma democrática e emancipatória da universidade (São Paulo: Editora Cortez, 2005), de Boaventura de Sousa Santos, ganhou o Prémio de Ensaio Ezequiel Martínez Estrada 2006, da Casa de las Américas, Cuba.
Nos termos da acta da concessão do Prémio: "Por abordar polémicamente un tema de preocupación universal aunque ejemplificado sobre todo con la experiencia brasileña, en que se condensan algunas de las disputas más intensas en el campo de las actuales políticas públicas" http://www.casa.cult.cu/premios/literario/premios.php
LANÇAMENTO DA REVISTA OFICINA DE POESIA

Lançamento dos números 5 e 6 da Revista Oficina de Poesia que ocorrerá no próximo dia 7 de Fevereiro de 2006,  terça-feira, pelas 18 horas, no foyer do Teatro Académico de Gil Vicente.
A apresentação das Revistas estará a cargo de Graça Capinha que é a coordenadora da Oficina de Poesia e directora da Revista.

A sessão contará ainda com a leitura de poemas pelos membros da Oficina de Poesia.
SEMINÁRIO
17 de Fevereiro, CES

Identidades, colonizadores e colonizados

(No âmbito do projecto "Identidades, colonizadores e colonizados – Portugal e Moçambique")

PROGRAMA

SESSÃO 1 -
10 horas
Boaventura de Sousa Santos (CES), "Revisitando ‘Entre Próspero e Caliban’"
Anna Maria Gentili (U. Bologna), "Democratização, cidadania e etnicidade"

Discussão

SESSÃO 2 - 15 horas
Francisco Noa (ISPU), "O Apelo da Diferença: para uma Pedagogia da Alteridade"
Maria Paula Meneses (CES), "Medicinas e ciência: conflitos e ligações no Moçambique colonial"

Discussão

Comentadores:
João Arriscado Nunes (CES)
Margarida Calafate Ribeiro (CES)
I Ciclo Anual Jovens Cientistas Sociais
Conferência No CES
15 de Fevereiro – 17.00h

Respostas Institucionais de Combate à Corrupção: Notas de investigação sobre o papel das Agências Anti-Corrupção (ACAs)

Luís de Sousa
Sociologia da Política, CIES/ISCTE
Seminário
14 de Fevereiro, 15.00h, CES

A cegueira em Moçambique: Etnografia no encontro de sentidos

Bruno Sena Martins
Doutorando da Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra

(No âmbito do Ciclo de Seminários do Núcleo de Estudos sobre Ciência, Tecnologia e Sociedade)

Resumo:
Os termos da produção de conhecimento e as incidências do vivido são frequentemente omitidos em favor do estatuto dos saberes adquiridos. Confrontando essa tentação, e partindo de uma experiência etnográfica recentemente realizada em Moçambique, recupera-se um conjunto de eventos que reconstroem e problematizam uma passagem pessoal marcada pelo encontro com a diferença do sul. Um sul sedeado na cidade da Beira, à beira do Índico, entre as pessoas cegas. A investigação em torno das pessoas cegas tentou percorrer fronteiras que a um tempo se prendem com a cultura e com o corpo. Os ecos de um quotidiano feito de relações e incorporações humanas do sul são também propostas para deslocar a produção de ciência para os terrenos do vivido.
Programa de Mestrado e Doutoramento Pós‑Colonialismos e Cidadania Global
Aula inaugural
3 Fevereiro, 17.00h, Auditório da FEUC

Culturas Políticas, Cidadania e Movimentos Sociais na África Pós‑colonial

Elikia M'Bokolo
Directeur D'etudes, École des Hautes Etudes en Sciences Sociales

Breve Nota :
Elikia M'bokolo é Directeur d'études na l'Ecole des Hautes Etudes en Sciences Sociales (França). Como historiador, tem-se debruçado sobre a África contemporânea, nos planos político, cultural, social e diplomático.
O Professor M’Bokolo é membro do Conselho Científico do 'Institut des Peuples Noirs, do Instituto Francês da África do Sul, do Conselho Científico da Universidade paraaPaz das Nações Unidas. É também director da Radio France Internationale, Presidente do DEFIS (Grupo de reflexão dos intelectuais congoleses em França) e Presidente Honorário do Espaço África.
De entre os livros que mais recentemente publicou destacam-se:
(1992) L’Afrique noire. Histoire et civilisation. Paris, Hatier (2 volumes – estão editados em português pela Vulgata)
(1995) L’Afrique entre l’Europe et l’Amérique, la place de l’Afrique dans la rencontre des deux mondes. Paris, UNESCO.
(1999) Au cœur de l’ethnie:ethnie, tribalisme et État en Afrique (editado por Elikia M’Bokolo e Jean-Luc Amselle), Paris, La Découverte.
(2002). Afrique, une histoire sonore : 1960-2000. (comentada por Elikia M'Bokolo e Philippe Sainteny) 7 CDs que cobrem um período entre 30 de Janeiro de 1944 e 12 de Julho de 2000).
(2004). Afrique Noire. Histoire et civilisations (coordenado por Elikia M’Bokolo). Paris, Hatier (2 volumes). 
Seminário no CES
Programa de Mestrado e Doutoramento Pós-Colonialismos e Cidadania Global
2ª Conferência
27 de Janeiro de 2006 – 17.00h

Os Enganos do Olhar

Helder Macedo
Emeritus Professor King’s College, Londres
Seminário no CES
25 de Janeiro de 2006 – 17.00h

Autonomia do Rendimento

e Auto-Determinação Feminina

Lina Coelho
Investigadora do Núcleo de Cidadania
e Políticas Sociais do CES
Conferência na FEUC
20 de Janeiro, 14.30h, Sala Keynes

Como a Ciência transformou
a Tecnologia e a Economia


JOÃO CARAÇA
Fundação Calouste Gulbenkian

(No âmbito do Programa de Doutoramento Governação, Conhecimento e Inovação)

BREVE NOTA:
Doutorado em Física Nuclear (Oxford), JOÃO CARAÇA é Director do Serviço de Ciência da Fundação Calouste Gulbenkian, Professor Catedrático Convidado do ISEG, e Consultor para a Ciência do Presidente da República.
Tendo exercido cargos de chefia em várias organizações nacionais e internacionais, é autor de mais de oito dezenas de trabalhos científicos, centrando-se presentemente os seus interesses nas áreas da política científica e tecnológica e da prospectiva. É de destacar a recente edição revista e aumentada do seu livro "Do Saber ao Fazer: Porquê Organizar a Ciência", Gradiva, inicialmente publicado em 1993.
Conferência No CES
I Ciclo Anual Jovens Cientistas Sociais
18 Janeiro de 2006 – 17.00h

Representações Sociais sobre a Política em Moçambique:
Hipóteses de investigação empírica


Gabriel Mithá Ribeiro
Estudos Africanos, CEA/ISCTE
 
 
  Centro de Excelência - Processo de Avaliação de Unidades de Investigação do Ministério da Ciência e da Tecnologia, 2005
  CES Centro de Estudos Sociais