Sinopse

O presente volume reúne 21 textos que retratam o diálogo de investigadores de todos os continentes que nos confrontam com temas e realidades sociais, convidando-nos a pensar o lugar dos direitos humanos nas lutas contra o capitalismo, o colonialismo e o patriarcado. Por meio dos textos reunidos, comparece nas páginas deste livro um pluriverso de linguagens, geografias e corpos em luta que mostram como a concepção hegemónica, nortecêntrica, dos direitos humanos está hoje num impasse enquanto linguagem de transformação emancipatória das sociedades.

Sobre os organizadores

Boaventura de Sousa Santos
Professor Catedrático da Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra e Distinguished Legal Scholar da Faculdade de Direito da Universidade de Wisconsin-Madison e Global Legal Scholar da Universidade de Warwick. É igualmente Director do Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra e do Centro de Documentação 25 de Abril da mesma Universidade; Coordenador Científico do Observatório Permanente da Justiça e membro do Núcleo Democracia, Cidadania e Direito (DECIDe). Paralelamente às atividades de docência e investigação é presença regular na imprensa nacional onde escreve artigos de opinião sobre diversas questões de atualidade.

Bruno Sena Martins
Licenciado em Antropologia pela Universidade de Coimbra e Doutorado em Sociologia pela mesma instituição. Tem dedicado o seu trabalho de investigação aos temas do corpo, deficiência, colonialismo e conflito social. Em 2005 foi agraciado com o Prémio do Centro de Estudos Sociais para Jovens Cientistas Sociais de Língua Oficial Portuguesa, distinção atribuída ao livro E se Eu Fosse Cego: narrativas silenciadas da deficiência (2006). É investigador do Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra (CES/UC). É Co-coordenador do Programa de Doutoramento Human Rights in Contemporary Societies e Co-coordenador no Programa de extensão académica "O Ces vai à Escola". É docente no Programa de Doutoramento "Pós-colonialismos e cidadania global". No âmbito da sua pesquisa realizou trabalho de campo em Portugal, na Índia e em Moçambique, mantendo ainda estreitas ligações com a academia Brasileira. Realizou dois filmes documentais de divulgação científica.