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O termo “rede” é hoje abundantemente usado na linguagem corrente, académica ou política. Longe de ser um neologismo, a palavra foi-se distanciando dos objetos que servia inicialmente para descrever e ganhando uma dimensão de abstração que a fez penetrar nos mais diversos domínios: no território, nas empresas, no Estado, no mercado, na sociedade civil, nas universidades, na investigação, na prestação de serviços.

O desenvolvimento extraordinário das comunicações está, seguramente, na origem da popularidade do conceito de rede e, talvez, ainda mais, do seu congénere “rede social”, dada a atual relação estreita deste último com a comunicação na internet. O conceito de rede social, no entanto, tem também uma história antiga, que nos permite uma reflexão sobre dois campos: as relações de sociabilidade e o acesso a recursos.

Uma reflexão sobre a organização das sociabilidades a partir do conceito de rede social permite questionar a ideia generalizada de que as sociedades urbanas contemporâneas são dominadas pelo individualismo e pela “perda da comunidade”. Os estudos realizados sobre redes sociais mostram a persistência dos laços primários na estruturação das sociabilidades e revelam que os habitantes das grandes cidades continuam a ativar um vasto conjunto de laços sociais no seu quotidiano, embora estes já não tenham uma base geográfica de proximidade. Também as pesquisas sobre redes sociais virtuais vêm mostrar que estas podem desenvolver o mesmo tipo de funções das redes territorializadas, usando um ambiente virtual.

As redes sociais (face a face ou online) são fundamentais para a mobilização de recursos. A estrutura das redes e o posicionamento dos indivíduos no seu interior configuram oportunidades e constrangimentos. As relações construídas no interior das redes são geradoras de capital social e têm uma influência decisiva no acesso a recursos materiais e imateriais, bens, serviços, informação, apoio efetivo e emocional. A perspetiva construída a partir das redes sociais permite integrar uma dimensão tradicional e uma dimensão progressista, conjugando particularismo e universalismo. Oferece, deste modo, um potencial emancipatório que importa discutir e valorizar.

 

Sílvia Portugal

Observatório sobre Crises e Alternativas
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