Resumo

Em 20 de maio de 2012 fará 10 anos que Timor-Leste viu internacionalmente reconhecida a sua Independência e instaurou um regime político de cariz democrático que, apesar de alguns sobressaltos, parece caminhar no sentido de se consolidar nas eleições presidenciais e legislativas previstas para a primeira metade do ano.

Importa começar por compreender a conjugação de fatores, tanto de índole interna como do contexto internacional, que contribuíram para que a ideia de democracia estivesse presente no arranque da Independência timorense, para de seguida mergulharmos na discussão das tensões surgidas entre vários modelos e formas de entender o conceito de Democracia que continuam a coexistir, mais ou menos pacificamente, numa sociedade plural.

Nota biográfica

Rui Graça Feijó - Licenciado em História (U. Coimbra, 1978) e doutorado pela Universidade de Oxford (1984), tem dedicado a sua atenção a Timor-Leste desde 2004, data da primeira estadia como professor no programa da FUP. Residiu em Dili em 2005 e 2006, tendo sido Assessor do Presidente da República, Xanana Gusmão. Nos anos seguintes, efetuou numerosas viagens a Timor (incluindo uma como membro da missão de observação eleitoral da CPLP). Escreveu o livro de ensaios "Timor-Leste: Paisagem Tropical com Gente Dentro" e vários artigos sobre o regime político e a consolidação da democracia e questões de identidade através da análise das práticas de nomeação e uso dos “nomes portugueses”.

Nota: Atividade no âmbito do Núcleo de Estudos sobre Democracia, Cidadania e Direito (DECIDe).