Oficina

Iconografia, Colagens e Descolonização: Recontando a História dos Povos Indígenas do Brasil Presente nos Livros Didáticos de História Portugueses

Francisco Alfredo Morais Guimarães (Universidade Federal da Bahia)

3 de junho de 2013, 10h15 e 12h00

Escola Básica e Secundária Quinta das Flores – Sala de artes

 

 

 

 

 

 

 

 

 


Resumo

A oficina integra uma proposta pedagógica intercultural no ensino de História, desenvolvida no âmbito da formação de professores indígenas e não indígenas na Universidade do Estado da Bahia-UNEB e que será desenvolvida com professores e estudantes portugueses considerando o seguinte questionamento:

As transformações no campo político e o estabelecimento de políticas públicas de caráter afirmativo, como o sistema de cotas e os cursos de licenciatura intercultural indígena no Brasil levaram a produção de um consenso: a necessidade de ampliação de projetos de formação continuada para suprir lacunas teóricas e metodológicas, além da revisão dos currículos das Licenciaturas, o incremento da pesquisa e a produção de livros de autoria indígena, bem como a crítica à produção dos Livros Didáticos Nacionais. Considerando esse como um capítulo atual de uma história que tem como um de seus momentos mais dramáticos o processo de conquista e colonização portuguesa, como pensar na sua escrita sem incluir em seu contexto de coautoria a interlocução com historiadores, professores de História e estudantes em Portugal?

Tomo como base para a realização da oficina a abertura acadêmica para o estabelecimento de diálogos interculturais, onde o primado da razão cada vez mais cede espaço para as intersubjetividades, possibilitando a desestabilização/desestruturação de paradigmas centrados no “eu”, ao se convergir par perspectivas focadas no todo, incluído aí o “eu” e o “outro” enquanto sujeitos sociais plenos, a megabiodiversidade de vida presente em diferentes ecossistemas em todo o mundo e a diversidade de modelos de conhecimento, sistemas explicativos e produtivos que buscam dar conta, cada qual a seu modo, de questões que envolvem a existência e a sobrevivência humana.


Nota biográfica

Francisco Alfredo Morais Guimarães é doutorando do Programa Multidisciplinar de Estudos Étnicos e Africanos da Universidade Federal da Bahia (PÓS-AFRO-UFBA) e doutorando visitante no CES-UC, bolsista do Programa Institucional de Doutorado Sanduíche no Exterior – PDSE da CAPES. Possui mestrado em Educação pela Faculdade de Educação da UFBA (1996), é graduado em História pela Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas da UFBA (1984). É professor no Curso de História do Departamento de Educação do Campus II da Universidade do Estado da Bahia-UNEB. Tem experiência em indigenismo, com ênfase em educação escolar indígena, atuando como formador no Curso de Magistério Indígena na Bahia- SEC-BA, na Licenciatura Intercultural em Educação Escolar Indígena -LICEEI-UNEB, coordenando projetos de produção de livros didáticos de autoria indígena e atuando com pesquisador no Observatório da Educação Escolar Indígena- Núcleo Yby Yara (CAPES/INEP/SECAD/ PÓS-AFRO-UFBA). Trabalha ainda com poesia e performance no âmbito do ensino de história.


Nota: Atividade no âmbito do Núcleo de Estudos sobre Democracia, Cidadania e Direito (DECIDe)