Mesa-Redonda

Restituição e Memorialização no rescaldo da Descolonização  

29 de janeiro de 2021, 15h00-17h00 (GMT)

Evento em formato digital

Notas biográficas

Ana Lucia Araujo é Professora Catedrática na Universidade de Howard, em Washington DC, uma das universidades historicamente Negras dos Estados Unidos da América. As suas monografias mais recentes incluem Slavery in the Age of Memory: Engaging the Past (2020), Reparations for Slavery and the Slave Trade: A Transnational and Comparative History (2017), e Brazil Through French Eyes: A Nineteenth-Century Artist in the Tropics (2015). Pertence ao Comité Científico Internacional do Projeto da Rota do Escravos da UNESCO. Faz parte do quadro de editores da American Historical Review e do conselho editorial da Slavery and Abolition. É membro do conselho executivo da Association for the Study of the Worldwide Diaspora (ASWAD), do consellho de revisão editorial da African Studies Review, e da diretoria do blog Black Perspectives. Twitter: @analuciaraujo_

Beatriz Gomes Dias é deputada à Assembleia da República Portuguesa (2019 – ), deputada municipal de Lisboa e membro da Assembleia de Freguesia de Arroios. Licenciada em biologia pela Universidade de Coimbra, trabalhou previamente como professora de ciências no ensino primário e secundário. É membro da associação SOS Racismo e fundadora da DJASS – Associação de Afrodescendentes.

Dan Hicks é Professor de Arqueologia Contemporânea na Universidade de Oxford, Curador de Arqueologia Global no Museu Pitt Rivers e membro do St. Cross College, Oxford. Foi professor convidado no musée du quai Branly de Paris (2017 – 2018), e recebeu a Medalha Rivers da Royal Anthropological Society, em 2017. O último livro de Dan, The Brutish Museums: the Benin Bronzes, Colonial Violence and Cultural Restitution foi listado como um dos Melhores Livros de Arte de 2020, pelo New York Times, com a seguinte recomendação: “Se você se importa com museus e o mundo, leia este livro.” Twitter: @ProfDanHicks  

George Mahashe trabalha no campo da fotografia, interessando-se particularmente pelas intersecções da antropologia com as práticas arquivísticas e artísticas. Neste momento dedica-se ao projeto ‘––contexto defunto,’ uma série de intervenções que emanaram das suas contemplações sobre o Museu de Antropologia da Universidade de Witwatersrand, em Joanesburgo, na África do Sul. Mahashe é doutorado em Belas Artes pela Universidade da Cidade do Cabo, onde leciona na Michaelis School of Fine Art. Na Michaelis, Mahashe está a expandir o ‘––contexto defunto’ no âmbito do programa de mestrado em curadoria do Centro para a Curadoria dos Arquivos. O seu projeto museológico mais recente é contexto defunto: Ejaradini (2019), em coautoria com o coletivo MADEYOULOOK, que decorreu no Museu de Antropologia em Joanesburgo. Recentemente, Mahashe contribuiu como membro docente no Curso Intensivo de Curadoria da Bienal de Lagos, organizado pela segunda Bienal de Lagos, na Nigéria.  

Gaia Giuliani  é investigadora do CES - Universidade de Coimbra (CES/UC), onde é IP do “(De)Othering - Desconstruindo o Risco e a Alteridade: guiões hegemónicos e contra-narrativas sobre migrantes/refugiados e “Outros internos” nas paisagens mediáticas em Portugal e na Europa”. Entre as suas publicações, encontram-se: as monografias Environmental Disasters, Migrations and the War on Terror: A Postcolonial Investigation of Cultural Constructions of Monstrosity (2020), Race, Nation, and Gender in Modern Italy. Intersectional Representations in Visual Culture (2018), Zombie, alieni e mutanti. Le paure dall’11 settembre ai giorni nostri (2016), Bianco e nero. Storia dell'identità razziale degli italiani, em co-autoria com Cristina Lombardi-Diop (2013).

João Figueiredo é licenciado em antropologia e doutorado em história pela Univesidade de Coimbra. De momento é investigador associado ao projeto ‘LEGALPL: Legal pluralism in the Portuguese Empire (18th–20th century)’ na Faculdade de Direito da Universidade Nova de Lisboa.

Maria Elena Indelicato é investigadora CEEC/FCT (2019) no CES da Universidade de Coimbra. Para além de se dedicar ao projeto ‘A colonial history of anti-racism in education,’ colabora com os projetos UNPOP e (De)Othering como investigadora e consultora. Pertence ao Grupo Inter-Temático sobre Migração (ITM) e ao COST Working Group Decolonize Development Knowledge. Indelicato obteve o seu doutoramento em 2014 no Departamento de ‘Gender and Cultural Studies,’ da Universidade de Sydney.