Andreia Barbas
Nota biográfica
Sou uma alentejana de 34 anos, licenciada (2012) e mestre (2014) pela Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra. Durante o mestrado, desenvolvi a minha dissertação na área da Sociologia das Famílias, dedicando-me a estudar o impacto dos estilos educativos parentais na configuração das relações entre irmãos e irmãs. Em 2014, iniciei o programa de Doutoramento em Sociologia na mesma instituição, com o projeto «"São coisas de irmãos": recortes sociológicos das fratrias contemporâneas», sob a orientação de Sílvia Portugal e financiado pela Fundação para a Ciência e Tecnologia (2018-2022). As relações entre irmãos e irmãs têm sido frequentemente desvalorizadas na análise sociológica, sobretudo em Portugal. A minha tese propõe, por isso, recentrar as fratrias no campo da sociologia das famílias, evidenciando a sua relevância e especificidade. Esta investigação segue uma abordagem qualitativa, baseada em entrevistas semi-diretivas e com recurso à foto-elicitação, o que me permitiu explorar estes laços familiares de forma mais rica e aprofundada. Costumo dizer que o meu percurso de investigação é feito de diferentes retalhos, como um tecido que vou costurando com dedicação e curiosidade. Participei em vários projetos que me ajudaram a alargar a minha perspetiva e a trabalhar de forma interdisciplinar. Destaco o "Violência Zero_2" (2013-2015), focado na violência doméstica; o "FINFAM" (2014-2015), sobre as famílias portuguesas a gerir as suas finanças em tempo de crise; o estudo "Mobilidade Migratória de Cidadãos Nacionais Emigrantes" (2016), que me levou a refletir sobre a diáspora enquanto forma de organização coletiva; o projeto "URBiNAT" (2023-2024), que explorou soluções baseadas na natureza para a regeneração urbana; e, mais recentemente, o "TRANS-lighthouses" (2024-2026), que procura repensar e ressignificar o desenho e a implementação de soluções sociais e ecologicamente justas. Ao longo destes anos, tenho vindo a dominar várias ferramentas que me ajudam a organizar o dia a dia da investigação de forma mais eficiente: para gestão bibliográfica, uso o Mendeley; para análise de dados qualitativos, o MAXQDA; para classificação de dados, o Excel; para criação de questionários, o LimeSurvey; e para apresentações interativas, o Mentimeter. Gosto de dizer que "não sei, mas aprendo". Trabalhar com equipas interdisciplinares e pessoas de diversas áreas científicas tem reforçado essa minha abertura ao desconhecido, que me motiva a continuar a aprender. Procuro sempre aliar um repertório de natureza teórico-prática, integrando conceitos sociológicos com a sua aplicação concreta na investigação e análise de dados. Enquanto Assistente Convidada na FEUC, dedico-me a unidades curriculares que abordam o domínio das técnicas e metodologias suportadas por estes softwares. Sempre que possível, tento ligar a minha prática de investigação ao ensino, partilhando exemplos concretos que ajudam a clarificar as discussões teóricas e a demonstrar a utilidade prática das ferramentas. Para além disto, tenho duas preocupações transversais. A primeira prende-se com as questões éticas e com a forma como a minha prática de investigação pode refletir sobre si mesma e procurar melhorar continuamente. A segunda relaciona-se com a disseminação do conhecimento fora do meio académico; sempre que possível, participo em iniciativas que me permitem partilhar os projetos em que participo de forma mais informal e acessível.
Projetos
TRANS-Lighthouses
Últimas Publicações
Artigo em Revista Científica
Barbas, Andreia (2023), "Fratrias e intimidade(s): Coabitação e práticas familiares na construção das relações entre irmãs e irmãos", SOCIOLOGIA ON LINE, 32, 91-111
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Barbas, Andreia; Portugal, Sílvia (2021), "Fratrias e relações entre irmãs/os ao longo da vida: uma perspetiva sociológica", Revista Brasileira de Sociologia - RBS, 9, 23, 76-96
Ler maisArtigo em Revista Científica
Barbas, Andreia; Portugal, Sílvia (2021), "Ressonâncias metodológicas para a investigação qualitativa: o estudo das fratrias", Revista Latina de Sociología, 9, 2, 4-23
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