Resumo

As crises econômicas e financeiras desencadeiam discussões e reformas – quanto maior é a crise, mais acirradas tendem a ser as discussões e mais substanciais são as reformas. Por isso, as crises não constituem apenas um desafio prático para dirigentes governamentais, autoridades monetárias, gestores públicos, parlamentares, empresários, executivos de bancos, advogados corporativos, analistas financeiros, empresas de consultoria, acionistas, investidores e lideranças sindicais. As crises econômicas constituem também um desafio de caráter teórico, na medida em que ultrapassam os territórios disciplinares tradicionais, apontando dessa maneira nossa incapacidade de tratar conceitual e analiticamente de disfunções sistêmicas não conhecidas, não previstas ou subestimadas na literatura especializada.

Nota biográfica

José Eduardo Faria é professor titular da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP), onde fez o mestrado (1977) e doutorado (1981), coordenou o curso de pós-graduação (1996/2000), participou da criação do Centro Direito e Sociedade (1985/1990) e onde dirige o Departamento de Filosofia e Teoria Geral do Direito. Fez pós doutorado na Wisconsin Law School, nos Estados Unidos, e lecionou na Universidad Internacional de Andaluzia e na Universidad Pablo Olavide, na Espanha, além de ter dado palestras em várias instituições de pesquisa e ensino superior. Pertenceu ao comitê assessor do Conselho de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), entre o final da década de 1990 e início da década de 2000 e integrou a Coordenadoria de Ciências Humanas da Fundação de Amparo à Pesquisa de São Paulo (1985/1992). É membro do Conselho Acadêmico da Fundação Getúlio Vargas (SP), onde também é responsável pela disciplina "Direito e Conjuntura Econômica", na pós-graduação. Integra o conselho editorial de nove revistas e foi ganhador do prêmio Melhor Orientador de Ciências Sociais (1992), na USP.

Nota: Atividade no âmbito do Núcleo de Estudos sobre Democracia, Cidadania e Direito (DECIDe)