Comentador: Hugo Dias (CES)

Resumo

Este Seminário pretende debater o campo de tensões existente ao redor da ação sindical docente, visto que essa se exerce em nome de um direito laboral dos professores e professoras, mas tem impacto evidente sobre um direito social do público, direito este, que está vinculado ao próprio sentido de acesso a cidadania na modernidade. Ao procurar identificar os elementos estruturantes do serviço público e da política educacional, base para a ação do movimento sindical docente, e as condições concretas de relações sociais e políticas que os professores estabelecem com a comunidade escolar – em sentido amplo, que inclui outros técnicos de ensino, pais, alunos e demais atores sociais –, busca-se separar as características universalizáveis do sindicalismo de professores e as peculiaridades conjunturais que demarcam experiências singulares. Para tanto, parte-se de dados empíricos do sindicalismo docente brasileiro e algumas impressões iniciais do sindicalismo português.

Nota biográfica

Marcos Ferraz é professor da Universidade Federal da Grande Dourados - UFGD, no Brasil; e, atualmente, desenvolve investigação de pós-doutoramento no Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra, sob orientação de Hermes Augusto Costa. É doutor em sociologia pela Universidade de São Paulo - USP, e pesquisador na área de sociologia do trabalho e sindicalismo. É autor do livro "Disritmia: sindicalismo e economia solidária no interior da CUT", e organizador do livro "Educação e Conflito: luta sindical docente e novos desafios", entre outros. Nos últimos anos, tem se dedicado especificamente aos estudos sobre o sindicalismo de professores.
 

Nota: Atividades no âmbito do Núcleo de Estudos sobre Políticas Sociais, Trabalho e Desigualdades (POSTRADE)