Teses Defendidas

From Urban Dystopias to a Better Ecology in the Americas. Harry Harrison's Make Room! Make Room!, Ignacio de Loyola Brandão's Não verás país nenhum, and Homero Aridjis's La leyenda de los soles

Maria Sousa

Data de Defesa
1 de Fevereiro de 2022
Programa de Doutoramento
Estudos Americanos
Orientação
Isabel Caldeira e Maria José Canelo
Resumo
As narrativas distópicas e toda a literatura que se envolve com questões ambientais podem ter um impacto surpreendente nos leitores. Ao chamar a sua atenção para cenários inimagináveis, elas abrem novas linhas de pensamento e podem incentivar a adoção de maneiras diferentes de viver na Terra. Neste estudo comparativo, demonstro que as preocupações ecológicas que permeiam Make Room! Make Room! (1966), de Harry Harrison, Não verás país nenhum (1981), de Loyola Bandão, e La leyenda de los soles(1993), de Homero Aridjis, podem gerar mais discussões sobre os temas abordados e mostrar a necessidade urgente de encontrar estilos de vida alternativos sustentáveis, no Antropoceno. Embora as representações distópicas de cenários distorcidos e horripilantes nestes romances possam causar fortes sentimentos de inquietação nos leitores, resultantes de um tom ambiental apocalíptico, elas fornecem um recurso ímpar para explorar, reconsiderar, redirecionar e recriar a relação dos seres humanos com o mundo não humano. Pretendo, assim, contribuir para uma compreensão mais profunda e trazer à tona as perspetivas destes autores, pois contribuem inquestionavelmente para perceber que os problemas ambientais estão enredados em questões sociais, económicas e políticas. Fundamentada no referencial teórico da ecocrítica e das humanidades ambientais, ilustro que, ao mesclar discursos literários e científicos, as narrativas distópicas podem sensibilizar os leitores de muitas outras maneiras além da ciência.

Palavras-chave: Narrativas Distópicas, Cenários Inimagináveis, Harry Harrison, Loyola Brandão, Homero Aridjis, Estilos de Vida Sustentáveis, Antropoceno, Apocalipticismo Ambiental, Ecocrítica, Humanidades Ambientais