PRÉMIO DE HISTÓRIA CONTEMPORÂNEA VICTOR DE SÁ

Inês Rodrigues agraciada com Menção Honrosa no âmbito do Prémio Victor Sá de História Contemporânea 2019

Novembro de 2019

Inês Nascimento Rodrigues, investigadora em pós-doutoramento do Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra, foi agraciada com Menção Honrosa no âmbito da 28.ª edição do Prémio Victor Sá de História Contemporânea 2019, com a obra “Espectros de Batepá: Memórias e narrativas do «Massacre de 1953» em São Tomé e Príncipe”. O anúncio foi feito pelo Conselho Cultural da Universidade do Minho.

«Espectros de Batepá» resulta de um projeto de doutoramento elaborado no âmbito do programa de ‘Pós-Colonialismos e Cidadania Global’ (CES/FEUC) e do trabalho desenvolvido no projeto de investigação “CROME - Memórias Cruzadas, Políticas do Silêncio: as guerras coloniais e de libertação em tempos pós-coloniais”, do qual Inês Nascimento Rodrigues é investigadora.

Nesta obra, segundo a premiada, o acontecimento é «encarado não apenas como um evento histórico, mas como um evento cuja dimensão simbólica necessita de ser trazida para o centro da investigação». «Na impossibilidade de aceder totalmente ao que constituiu a experiência do massacre, é através da imaginação e das representações que se podem contar múltiplas memórias do evento»: as que «legitimam as narrativas públicas e/ou oficiais» e outras, «que fazem parte de um processo mais inclusivo, em que se criam espaços discursivos, simbólicos e políticos que permitem articular memórias não-dominantes sobre os referidos acontecimentos».

O júri do Prémio de História Contemporânea, presidido por Viriato Capela, professor catedrático de História da Universidade do Minho, contou como vogais com o Professor António Pires Ventura, da Universidade de Lisboa e o Professor João Paulo Avelãs Nunes, da Universidade de Coimbra. Trata-se de um Prémio instituído há 28 anos pelo Doutor Victor Sá, para premiar trabalhos de investigação sobre História Contemporânea de Portugal, que distingue jovens investigadores e que se tornou o mais prestigiado Prémio nesta área a nível nacional. 
A concurso estiveram 12 obras, na sua maioria teses de doutoramento, numa edição muito participada como aliás já se vem tornando um hábito, o que demonstra quer o prestígio alcançado quer a vitalidade da historiografia portuguesa contemporânea.

O Prémio será entregue em sessão pública, presidida pelo Reitor, no próximo mês de dezembro em data a anunciar. Na ocasião as autoras farão uma apresentação das obras premiadas,